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NOTICIA

03/07/2025

'Já estamos tomando o trabalho da IA', ironiza brasileiro que imita vídeos doidos gerados por inteligência artificial

'Inteligência artesanal?' Will Forlan viralizou ao reproduzir com humor as bizarrices e falhas típicas de vídeos criados com Veo 3, tecnologia de IA do Google. Brasileiro imita vídeos gerados por inteligência artificial e viraliza nas redes O TikTok foi tomado por vídeos bizarros e hilários criados com inteligência artificial. As produções usam o Veo 3, modelo do Google por trás de plataformas como o Gemini e o Flow, que permite gerar filmes completos com IA, incluindo imagem, som e diálogo. Em meio a esse universo de falhas visuais, roteiros desconexos e cenas esquisitas, o humorista baiano Will Forlan, de 28 anos, teve uma sacada: começou a imitar os vídeos feitos por IA com a ajuda da esposa, da avó e de amigos (veja no vídeo acima). ? IA no celular: o que vale a pena usar? Will conta que a ideia surgiu no mês passado, ao testar o Veo 3. Depois de mostrar as imitações para os amigos, que caíram na risada, levou o conteúdo para o Instagram, onde tem mais de 1 milhão de seguidores. "Eu resolvi focar no jeito robótico, nas falas padrões, nas falhas e na qualidade de imagem", contou ele ao g1. Vídeos que viralizaram do humorista Will Forlan imitando IA. Reprodução/TikTok Um dos vídeos que mais bombaram mostra Will como um repórter de TV que pergunta a uma senhora se a cidade está cheia de buracos. Ao fundo, outra mulher se joga em um buraco na rua ? e repórter e entrevistada saem correndo, rindo da situação. Curiosamente, vídeos com esse estilo criados com a IA do Google têm feito sucesso no TikTok. Em outra publicação, que já ultrapassou 1 milhão de visualizações no TikTok, Will mostra os bastidores de uma gravação. Na cena real, a pessoa que participa do vídeo se confunde com a orientação passada por Will. Na legenda, o humorista brinca: "Quando a IA não entende meu prompt" (veja abaixo). Initial plugin text o . (veja no víde "Tem gente dizendo que a IA vai substituir os humanos. A gente chegou zoando e acabou dando a volta por cima da tecnologia. Já tomamos o trabalho da IA?, brinca. Nos comentários, o público também entra na onda: "O Brasil sendo o primeiro lugar no mundo onde a gente é que substitui a IA", escreveu uma pessoa. "Então isso que é a inteligência artesanal?", disse outra. ?IA imitando os humanos e os humanos imitando a IA. Enfim, paradoxo?, comentou mais um. Segundo Will, os vídeos imitando a IA já bateram 15 milhões de visualizações em apenas duas semanas. Ele não divulga quanto tem faturado com as postagens, mas diz que já está negociando parcerias com algumas marcas após o sucesso. Vídeos doidos de IA estão inundando o TikTok Por que a nova IA do Google virou a queridinha dos vídeos bizarros e bobos no TikTok A popularidade do Veo 3 pode ter relação com uma promoção do Google que oferece acesso gratuito à IA por até 15 meses para estudantes universitários no Brasil. A empresa também está concedendo um mês sem custo para todo mundo, o que ajudaria a explicar a enxurrada desses vídeos bizarros no TikTok. Além da qualidade das cenas, o modelo se destaca pelo nível de controle criativo, permitindo definir personagens, falas, ângulos e até manter continuidade entre as cenas. Para Cleber Zanchettin, professor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e estudioso de IA, a ferramenta dá ao usuário um papel semelhante ao de um diretor de cinema. "Essa tecnologia do Google representa um avanço importante por conseguir criar vídeos hiper-realistas com áudio sincronizado ? um desafio que antes exigia várias ferramentas diferentes", diz Cleber. LEIA TAMBÉM: Criador de 'Marisa Maiô' fala sobre a repercussão de programa criado com IA nas redes: 'Estou muito surpreso' Por que a nova IA do Google virou a queridinha dos vídeos bizarros e bobos no TikTok ? mesmo sendo paga China faz primeiro campeonato de futebol de três contra três entre robôs humanoides; veja VÍDEO Windows decreta fim da temida 'tela azul'; veja como será nova versão Robô que aprende com vídeos começa a ganhar espaço em fábricas e indústrias Como criar uma senha forte, difícil de ser violada, e proteger suas contas

03/07/2025

Fábricas de golpes digitais: veja como escapar de falsas ofertas de emprego

Centros de fraudes online estão expandindo a sua atuação, segundo a Interpol. Vítimas são atraídas por promessas enganosas de trabalho e acabam sendo coagidas a participar de esquemas criminosos. Veja 5 dicas de como não cair em golpes de falsas vagas no LinkedIn Um relatório da Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol), divulgado nesta semana, alertou para a expansão das fábricas de golpes cibernéticos que exploram vítimas de tráfico humano. Essas pessoas são atraídas por falsas ofertas de emprego e acabam sendo coagidas a participar de esquemas criminosos online. Inicialmente concentradas no Sudeste Asiático, essas operações agora atingem vítimas de, ao menos 66 países, incluindo o Brasil, segundo a organização. A Interpol classifica a situação como uma ?crise global?. As armadilhas costumam ser aplicadas em plataformas populares, como o LinkedIn e o WhatsApp. Com o aumento desses crimes, proteger-se contra falsas ofertas de trabalho se tornou essencial. Veja a seguir dicas para evitar cair nesse tipo de golpe. ?? Como se proteger de golpes de falsas vagas de emprego Desconfie de propostas 'boas demais' Segundo o LinkedIn, promessas de bônus antecipados ou benefícios fora do padrão são sinais de alerta. Golpes costumam usar esse tipo de isca para despertar interesse rápido e driblar o senso crítico. Sempre confirme a vaga no site oficial da empresa Vale a pena verificar diretamente no site oficial da companhia se a vaga realmente está aberta. A dica é de Marco De Mello, diretor-executivo da empresa de segurança digital PSafe, e foi dada em uma reportagem do Fantástico. Evite responder a números desconhecidos no WhatsApp O WhatsApp é um dos meios preferidos por golpistas, justamente por ser amplamente usado. Ao iniciar uma conversa, criminosos tentam coletar o máximo de informações pessoais com perguntas sutis. "Eles conseguem dados suficientes sobre você, como contas bancárias, endereço, muitas coisas", afirmou Verónica Becerra, especialista em cibersegurança, à BBC. Ative a verificação em duas etapas Trata-se de um mecanismo que exige mais de um fator de verificação de identidade, como a senha e um código enviado por e-mail. Essa camada extra funciona como uma proteção adicional contra acessos não autorizados. Por isso, seja no WhatsApp, no LinkedIn ou no e-mail, vale a pena ativar a verificação em duas etapas. Como ativar autenticação de dois fatores em contas de WhatsApp, Instagram, Google e mais Fique atento a erros gramaticais Segundo o LinkedIn, ofertas de vagas com muitos erros ortográficos ou gramáticas são sinal de que o recrutador pode ser falso. Desconfie se pedirem pagamento ou compra de equipamento Golpistas podem pedir dinheiro com justificativas como ?taxas de contratação? ou exigir que o candidato compre equipamentos ? como computadores, celulares ou tablets. Cuidado: esse tipo de pedido é um forte indício de golpe. BDBR - Senha celular Rede Globo Saiba como evitar o golpe do falso emprego

02/07/2025

Anatel diz que 1.025 municípios já têm cobertura de internet 5G

Tecnologia de quinta geração já alcança mais de mil municípios e é apontada pelo governo como ferramenta de inclusão e desenvolvimento; Brasília foi a primeira capital a receber o 5G, em julho de 2022. A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) contabiliza, até maio deste ano, 1.025 municípios brasileiros cobertos pelo 5G, tecnologia que completa três anos de implementação neste mês. Brasília foi a primeira capital do país a ter faixa de 3,5 GHz liberada para o 5G em 6 de julho de 2022. Para o ministro das Comunicações, Frederico de Siqueira Filho, a expansão do 5G "representa mais que avanço tecnológico, é inclusão, desenvolvimento e oportunidade". A pasta tem apostado no apoio financeiro para ajudar na implementação do 5G através de linhas de crédito do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (FUST). Até o momento, segundo o ministério, já foram contratadas mais de R$ 2,5 bilhões em operações com recursos do fundo, sendo R$ 2 bilhões viabilizados em parceria com o BNDES. Segundo dados da Conexis Brasil Digital, sete em cada dez brasileiros já têm acesso à nova geração de conectividade móvel. Processo de implantação da rede de telefonia 5G chega ao estágio final O que é o 5G e quando começou a operar no Brasil O 5G é a quinta geração de redes móveis e oferece velocidades de conexão muito superiores às do 4G, além de menor tempo de resposta e maior capacidade para múltiplos dispositivos conectados simultaneamente. A tecnologia é vista como essencial para impulsionar setores como saúde, educação, agricultura e indústria, além de viabilizar inovações como carros autônomos e cidades inteligentes. No Brasil, o 5G começou a operar oficialmente em julho de 2022. Desde então, a cobertura tem se expandido gradualmente, chegando a mais de mil municípios em três anos.

02/07/2025

PF abre inquérito para apurar ataque a sistemas de instituições financeiras; BC não foi afetado

Segundo o Banco Central, hackers invadiram sistemas da empresa que presta serviços tecnológicos e conecta instituições financeiras ao próprio BC. Detalhes sobre a invasão ainda estão sendo apurados. BC informa ataque hacker contra C&M Software, que interliga bancos aos seus sistemas e ao PIX A Polícia Federal (PF) abriu nesta quarta-feira (2) um inquérito para investigar um ataque hacker a sistemas de instituições financeiras que tiveram as contas invadidas por meio da C&M Software ? empresa que presta serviços tecnológicos e conecta instituições financeiras ao Banco Central (BC). A informação foi confirmada à GloboNews pelo diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues. O BC informou mais cedo nesta quarta que a C&M Software comunicou um ataque à sua infraestrutura e que determinou o desligamento do acesso das instituições às infraestruturas operadas pela empresa. ? A C&M, alvo do ataque, é uma empresa que presta serviços de tecnologia da informação (TI) para instituições participantes do PIX. Ela é homologada pelo BC para essa função, assim como outras oito empresas no país. 'Brasil tem expertise em fazer esse tipo de ataque', diz especialista sobre tentativa de invasão ao sistema do BC Acesso a sistemas do BC Em nota, o diretor comercial da C&M Software, Kamal Zogheib, afirmou que a empresa foi vítima direta de uma ação criminosa, que envolveu o uso indevido de credenciais de clientes para tentar acessar seus sistemas e serviços de forma fraudulenta. "A CMSW confirma que colabora ativamente com as autoridades competentes, incluindo o Banco Central e a Polícia Civil de São Paulo, nas investigações em andamento", disse. Zogheib acrescentou que a empresa não comentará detalhes do processo por orientação jurídica e em respeito ao sigilo das investigações, mas reforçou que todos os sistemas críticos da companhia permanecem ?íntegros e operacionais? e destacou que todas as medidas previstas nos protocolos de segurança foram ?integralmente executadas?. Uma das empresas afetadas, a BMP, que fornece infraestrutura para plataformas bancárias digitais, o incidente envolvendo a C&M permitiu o acesso indevido a contas de reserva de pelo menos seis instituições financeiras. O BC não informou quais instituições foram afetadas. ? As contas reserva são mantidas diretamente no BC e utilizadas exclusivamente para liquidação interbancária ? processo pelo qual instituições financeiras realizam transferências de recursos entre si. Dessa forma, segundo a BMP, o ataque não teve relação com as contas de clientes finais nem com os saldos mantidos dentro da instituição. ?Reforçamos que nenhum cliente BMP foi impactado ou teve seus recursos acessados?, afirmou em nota oficial, destacando que o incidente envolveu exclusivamente recursos depositados em sua conta de reserva no BC. ?A instituição já adotou todas as medidas operacionais e legais cabíveis, e conta com colaterais suficientes para cobrir integralmente o valor impactado, sem prejuízo à sua operação ou aos seus parceiros comerciais?, informou a BMP em nota, reiterando que continua a operar normalmente. Banco Central anuncia novas regras contra fraudes no PIX Veja as notas sobre o caso, na íntegra Banco Central do Brasil (BC) A C&M Software, prestadora de serviços de tecnologia para instituições provedoras de contas transacionais que não possuem meios de conexão própria, comunicou ataque à sua infraestrutura tecnológica. O Banco Central determinou à C&M o desligamento do acesso das instituições às infraestruturas por ela operadas. CMSW (C&M Software) A CMSW [C&M Software] confirma que colabora ativamente com as autoridades competentes, incluindo o Banco Central e a Polícia Civil de SP, nas investigações em andamento. A empresa é vítima direta da ação criminosa, que incluiu o uso indevido de credenciais de clientes para tentar acessar de forma fraudulenta seus sistemas e serviços. Por orientação jurídica e em respeito ao sigilo das apurações, a CMSW não comentará detalhes do processo, mas reforça que todos os seus sistemas críticos seguem íntegros e operacionais, e que as medidas previstas nos protocolos de segurança foram integralmente executadas. Grato Diretor Comercial da CMSW BMP NOTA OFICIAL ? INCIDENTE DE SEGURANÇA NA INFRAESTRUTURA DA C&M SOFTWARE A BMP informa que, nesta segunda-feira, foi identificada uma ocorrência de segurança envolvendo a C&M Software ? empresa autorizada e supervisionada pelo Banco Central do Brasil, responsável pela mensageria que interliga instituições financeiras ao Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB), incluindo o ambiente de liquidação do Pix. O incidente de cibersegurança comprometeu a infraestrutura da C&M e permitiu acesso indevido a contas reserva de seis instituições financeiras, entre elas a BMP. As contas reserva são mantidas diretamente no Banco Central e utilizadas exclusivamente para liquidação interbancária ? sem qualquer relação com as contas de clientes finais ou com os saldos mantidos dentro da BMP. Reforçamos que nenhum cliente da BMP foi impactado ou teve seus recursos acessados. No caso da BMP, o ataque envolveu exclusivamente recursos depositados em sua conta reserva no Banco Central. A instituição já adotou todas as medidas operacionais e legais cabíveis e conta com colaterais suficientes para cobrir integralmente o valor impactado, sem prejuízo à sua operação ou aos seus parceiros comerciais. A C&M Software foi imediatamente desconectada do ambiente do Banco Central, e as autoridades competentes, incluindo o próprio BC, já estão conduzindo uma investigação detalhada sobre o ocorrido. A BMP segue operando normalmente, com total segurança, e reforça seu compromisso com a integridade do sistema financeiro, a proteção dos seus clientes e a transparência nas suas comunicações. Para mais informações, nossa equipe de comunicação institucional está à disposição. São Paulo, 2 de julho de 2025 BMP

02/07/2025

Microsoft anuncia demissão de milhares de funcionários, diz agência

Cortes atingem áreas como vendas e Xbox; só em maio, empresa já havia dispensado 6 mil funcionários em diferentes regiões, segundo a agência Associated Press. Sede da Microsoft em Issy-les-Moulineaux, perto de Paris, na França, em 18 de abril de 2016 REUTERS/Charles Platiau A Microsoft está demitindo milhares de funcionários nesta quarta-feira (2), em sua segunda demissão em massa em meses, segundo informações da Associated Press. Em junho de 2024, a Microsoft tinha 228 mil funcionários, segundo seu último relatório anual. Segundo a empresa, os cortes recentes representam cerca de 4% do quadro de funcionários de um ano atrás ? o equivalente a aproximadamente 9 mil pessoas. Mas já houve pelo menos três demissões neste ano, e não está claro se os outros cortes estão incluídos nessa conta. Somente em maio, a empresa demitiu 6.000 funcionários. A Microsoft também demitiu outros 300 funcionários de sua sede em Redmond, Washington, em junho. No mês anterior, cerca de 2 mil já haviam sido dispensados na região de Puget Sound. A empresa afirmou que os cortes afetarão diversas equipes ao redor do mundo, incluindo sua divisão de vendas e a divisão de videogames Xbox. "Continuamos implementando as mudanças organizacionais necessárias para melhor posicionar a empresa e as equipes para o sucesso em um mercado dinâmico", afirmou a empresa em um comunicado. Um memorando enviado os funcionários da divisão de jogos pelo CEO do Xbox, Phil Spencer, afirmou que os cortes posicionariam a divisão de videogames "para um sucesso duradouro" e permitiria ao setor "focar em áreas estratégicas de crescimento". O g1 questionou a Microsoft sobre a presença de brasileiros entre os demitidos. Até a última atualização desta reportagem, a empresa não havia respondido. Leia também: Microsoft diz que criou IA quatro vezes melhor que médicos Windows decreta fim da temida 'tela azul'; veja como será nova versão Windows decreta fim da temida 'tela azul'; veja como será nova versão

02/07/2025

Como venda de armas 3D está se espalhando pela internet ? e como são usadas em crimes pelo mundo

Anúncios nas redes sociais promovem o uso da tecnologia de impressão 3D para a construção de armas de fogo. Venda de armas 3D está se espalhando pela internet Getty Images via BBC As armas criadas em impressoras 3D podem se tornar o padrão utilizado por criminosos e extremistas violentos em todo o mundo, segundo um especialista entrevistado pela BBC. Estas armas de fogo artesanais não rastreáveis já foram recuperadas em diversos crimes recentes, como uma arma parcialmente impressa em 3D, supostamente utilizada no assassinato do executivo-chefe da seguradora de saúde americana United Healthcare, Brian Thompson. A BBC Trending investigou o aumento global das armas 3D nas plataformas de redes sociais, como o Telegram, Facebook e Instagram, além de websites que oferecem guias para sua produção. As armas impressas em 3D são frequentemente descritas como uma espécie de armas "fantasmas", que não podem ser rastreadas. Elas podem ser montadas com uma impressora 3D, usando moldes disponíveis para download e alguns materiais básicos. Projetada para burlar as leis de controle de controle de armas, esta tecnologia avançou rapidamente na última década. Os modelos mais recentes podem disparar diversas rajadas sem quebrar seus componentes de plástico. Nick Suplina, da organização americana de controle de armas Everytown, afirma que as armas 3D podem se tornar o "padrão" para o planejamento de atos violentos. "Os materiais ficaram melhores, o custo caiu e a facilidade de acesso a esses moldes é muito grande", explica ele. Veja também: Quais crimes obrigam redes sociais a remover posts por conta própria Vazamento de dados: como criar senhas fortes e proteger suas contas Como criar uma senha forte, difícil de ser violada, e proteger suas contas A investigação da BBC Trending partiu de anúncios de armas publicados no Instagram e no Facebook. Em outubro de 2024, a organização sem fins lucrativos Tech Transparency Project (que monitora as empresas de tecnologia) encontrou centenas de anúncios de armas nas plataformas da Meta, violando as políticas da empresa. Eles incluem armas 3D e outros tipos de armas fantasmas. Na época, a Meta não comentou as descobertas. E, vários meses depois, a BBC descobriu que anúncios de armas ainda constam como ativos no banco de dados de anúncios da empresa. Muitos desses anúncios de armas levavam os possíveis clientes para canais do Telegram ou do WhatsApp. No Telegram, encontramos canais que exibem diversos tipos de armas para venda. Algumas delas parecem ter sido impressas em 3D. Anúncios de venda de armas seguem constando como ativos no banco de dados da Meta, segundo investigação da BBC Meta/BBC Uma das contas presentes no Telegram tem mais de 1 mil assinantes e promete enviar as armas para qualquer lugar do mundo. A BBC entrou em contato com o responsável pela conta, identificado como "Jessy", para confirmar se ele estaria disposto a enviar armas impressas em 3D para o Reino Unido, o que é proibido por lei. Depois de uma hora, Jessy nos ofereceu uma pistola Liberator ou um conversor Glock. O conversor Glock (glock switch ou auto sear, em inglês) é uma peça pequena, às vezes impressa em 3D, que transforma uma pistola em uma arma automática. A Liberator, projetada em 2013 pelo "criptoanarquista" Cody Wilson, é a primeira arma 3D do mundo disponível para venda. Ela consegue disparar um único tiro. Jessy afirmou que conseguiria liberar a arma na alfândega britânica. Ele pediu 160 libras (cerca de R$ 1,2 mil) em bitcoins e depois sugeriu o pagamento por transferência bancária, para uma conta no Reino Unido que não conseguimos identificar. Posteriormente, voltamos a entrar em contato com Jessy e nos identificamos como sendo da BBC. Ele admitiu que a venda de armas no Reino Unido é ilegal, mas não pareceu arrependido. "Tenho meu negócio, vendo algumas armas online", disse ele. Jessy ofereceu à reportagem da BBC partes de pistolas impressas em 3D BBC Leia também: IA vira aliada de pastor para criar sermões e ampliar missão da igreja O desgastante trabalho humano por trás do ChatGPT A reportagem não deu prosseguimento à transação para testar as afirmações de Jessy. Sua postura casual sugere que ele pode ser um golpista. Mas sua capacidade de anunciar na Meta e operar no Telegram demonstra a aparente existência de brechas que podem ser exploradas pelos verdadeiros comerciantes de armas. Em resposta à consulta enviada pela BBC, a Meta declarou que os anúncios que destacamos haviam sido "desativados automaticamente, seguindo nossas políticas". A empresa afirma que sua inclusão na biblioteca de anúncios "não significa, necessariamente, que o anúncio ainda seja válido ou visível". Já o Telegram declarou que a conta de Jessy foi removida proativamente por desrespeitar suas políticas. Um porta-voz da plataforma destacou que "a venda de armas é explicitamente proibida pelos termos de serviço do Telegram e é removida sempre que descoberta". "Moderadores equipados com ferramentas de IA e aprendizado de máquina específicas monitoram proativamente as partes públicas da plataforma e aceitam denúncias para retirar milhões de mensagens com conteúdo pernicioso todos os dias, incluindo a venda de armas", segundo o porta-voz. Mas o mais preocupante é que as pessoas que buscam armas 3D não precisam comprar o produto pronto pelas redes sociais. Elas podem montar suas próprias armas. Modelos como a carabina semiautomática FGC-9 são projetados usando apenas plástico impresso em 3D e componentes metálicos adaptados, sem necessidade de usar partes de armas comercialmente disponíveis. "Você, essencialmente, se torna um fabricante de armas artesanal", afirma o pesquisador Rajan Basra, do King's College de Londres. Mas ele destaca que "não é fácil como imprimir uma folha de papel A4 na impressora do escritório". Existem websites que oferecem guias detalhados gratuitos e moldes de construção de armas 3D para download. Um desses manuais foi escrito pelo advogado defensor do porte de armas Matthew Larosiere, da Flórida, nos Estados Unidos. Larosiere faz parte de uma comunidade global que defende a impressão de armas 3D, com muitos membros nos Estados Unidos. Eles consideram o direito ao porte de armas estabelecido pela Segunda Emenda à Constituição americana como um direito humano. A BBC questionou Larosiere sobre o motivo que o levou a divulgar informações que ajudam as pessoas a construir uma arma mortal. "É apenas informação", respondeu ele. "São números 1 e 0." "Sobre o fato de que a informação tem um caso de uso que deixa você desconfortável, eu compreendo e me solidarizo com isso, mas não altera o fato de que é apenas informação." Questionado sobre o risco de uso dessa "informação" para um massacre ou um ataque em uma escola, o advogado respondeu "graças a Deus que não aconteceu". Ele mencionou Mianmar como um país onde, na sua opinião, as armas 3D serviram para uma causa positiva. Até o momento, Mianmar é o único caso conhecido de uso de armas 3D em um conflito militar ativo. Houve amplos relatos do emprego de FGC-9s pela resistência que combate a junta militar do país. As forças da resistência produziram centenas de FGC-9s entre 2022 e 2023. Seu custo é mais de 10 vezes menor que o das metralhadoras no mercado negro. Mas a jornalista Hnin Mo, do Serviço Birmanês da BBC, descobriu que muitos desses grupos já deixaram de usar armas impressas em 3D. Mo conversou com líderes rebeldes, que mencionaram o rígido controle dos militares sobre a importação de materiais essenciais para a sua produção, como cola e metal. Além disso, os grupos passaram a ter mais armas convencionais à sua disposição, como lançadores de granadas e metralhadoras. O exemplo de Mianmar demonstra as limitações das armas 3D atuais para uso militar. Mas sua disseminação pelo mundo é visível. Diversos países estudam a criação de leis para criminalizar a posse dos moldes para sua construção. Existem também apelos para que os fabricantes de impressoras 3D bloqueiem a impressão de partes de armas, da mesma forma que as impressoras convencionais restringem a impressão de dinheiro. Resta saber se estas medidas trarão algum efeito. Com colaboração de Hnin Mo, do Serviço Birmanês da BBC. Fim das robocalls? Veja se seu celular é compatível com ferramenta contra golpes

02/07/2025

Interpol alerta para 'crise global' de fábricas de golpes digitais

Organização afirma que centros de fraudes cibernéticas que exploram vítimas de tráfico humano se tornaram globais. Criminosos usam cada vez mais ferramentas de IA para aplicar golpes. Saiba como evitar o golpe do falso emprego Fábricas de golpes cibernéticos que exploram vítimas de tráfico humano expandiram significativamente em todo o mundo, segundo um relatório sobre tendências criminais divulgado nesta semana pela Organização Internacional de Polícia Criminal, a Interpol. Os centros onde as vítimas são forçadas a participar de fraudes on-line surgiram inicialmente em alguns países do Sudeste Asiático. Um deles é o KK Park, em Mianmar, de onde dois brasileiros conseguiram escapar em fevereiro deste ano. Países como Camboja e Laos também lidam há anos com quadrilhas especializadas em golpes digitais. Saiba como evitar o golpe do falso emprego Como detectar ofertas falsas de emprego no WhatsApp Segundo a Interpol, operações similares agora foram identificadas em pelo menos mais quatro países asiáticos. Há evidências de que o modelo também está se espalhando para outras regiões, como a África Ocidental, onde crimes financeiros cibernéticos já são comuns, o Oriente Médio, e a América Central. Milhares de vítimas foram resgatadas de centro de golpes cibernéticos em Mianmar Kyodo News/IMAGO A agência policial descreve o problema como uma "crise global". As vítimas, originárias de ao menos 66 países de todos os continentes, são frequentemente atraídas por ofertas falsas de emprego e depois mantidas em cativeiro nos complexos de golpes. Muitas são chantageadas por dívidas, espancadas, exploradas sexualmente e, em alguns casos, torturadas. Enquanto os primeiros relatos da Interpol apontavam majoritariamente vítimas de língua chinesa, atualmente pessoas traficadas para esses centros de fraude também são oriundas de regiões como América do Sul, África Oriental e Europa Ocidental. "Enfrentar essa ameaça que se globaliza rapidamente requer uma resposta internacional coordenada", disse Cyril Gout, chefe interino dos serviços policiais da Interpol. Imagens de satélite mostram expansão do KK Park, em Mianmar, entre 2020 e 2024 Maxar Technologies provided by European Space Imaging Cresce o uso de inteligência artificial Dentro desses centros, as vítimas são obrigadas a executar golpes on-line, principalmente visando pessoas no exterior para roubar dinheiro. Uma operação liderada pela Interpol em 2024 revelou dezenas de casos como este. No mesmo ano, a polícia desmantelou um centro de golpes em escala industrial nas Filipinas e outro na Namíbia, onde 88 jovens eram forçados a aplicar golpes. Já no caso do KK Park, cerca de 7 mil pessoas foram resgatadas após algumas vítimas fugirem do local e o caso ganhar repercussão em 2025. Tecnologias emergentes estão impulsionando ainda mais essa tendência. A Interpol destaca o aumento do uso de inteligência artificial para a geração de anúncios falsos de emprego ou mesmo criação de perfis deepfake para aplicar golpes como o da "sextorsão". Neste tipo de crime, por exemplo, criminosos usam imagens falsas para simular pessoas reais e chantageiam as vítimas com imagens íntimas. Uso de rotas de tráfico Em suas conclusões, a Interpol alerta que a expansão dessas redes criminosas exige ação urgente e coordenada para interromper as rotas do tráfico e apoiar as vítimas. O relatório destacou que esses polos criminosos estão cada vez mais entrelaçados com outros grandes crimes transnacionais, demandando uma resposta global coordenada. Rotas usadas para tráfico em centros de golpes também estão sendo exploradas para o contrabando de drogas, armas de fogo e espécies ameaçadas de extinção, afirmou a Interpol. Por que a nova IA do Google virou a queridinha dos vídeos bizarros e bobos no TikTok Windows decreta fim da temida 'tela azul'; veja como será nova versão IA vira aliada de pastor para criar sermões e ampliar missão da igreja

01/07/2025

Entenda por que o WhatsApp deixa de funcionar em celulares mais antigos

Meta, dona do app, revisa anualmente os sistemas operacionais que suportam o serviço, mas não divulga a lista dos aparelhos onde ele deixará de funcionar. Veja como saber se o seu celular pode perder o suporte. Whatsapp deixa de funcionar em iPhones antigos De tempos em tempos, o WhatsApp faz revisões dos sistemas que serão compatíveis com o seu serviço. A medida faz com que o app de mensagens deixe de funcionar em alguns aparelhos antigos. Isso porque a Meta, dona do WhatsApp, prioriza uma lista de versões mais recentes de sistemas operacionais e que tenham mais usuários. A última atualização do tipo aconteceu no início de maio, quando o WhatsApp deixou de funcionar em iPhones antigos e passou a suportar apenas modelos que rodem com o sistema operacional iOS 15.1 ou mais recente. Embora essas mudanças possam assustar alguns usuários, a empresa diz que a suspensão do suporte para o app não acontece "do nada". Qualquer mudança é informada com antecedência, para ajudar as pessoas afetadas a não perderem acesso ao aplicativo. Mas a Meta não divulga uma lista oficial dos aparelhos que deixarão de suportar o app de mensagens. O que ela informa é com quais sistemas ele é compatível. O Google, criador do sistema Android, o mais popular no mundo, e a Apple, responsável pelo iOS, que roda nos iPhones, costumam lançar uma nova versão todo ano, que é disponibilizada para modelos mais recentes. E mantêm, por algum tempo, versões anteriores, que atendem a aparelhos que não são tão novos. Atualmente, o WhatsApp é compatível com os sistemas: Android versão 5.0 e posterior iOS versão 15.1 e posterior Leia também: Por que a nova IA do Google virou a queridinha dos vídeos bizarros Microsoft diz que criou IA quatro vezes melhor que médicos Blog mostra o que fazer caso o WhatsApp não consiga receber e enviar informações pelo Wi-Fi. REUTERS/Thomas White Como verificar o sistema operacional do seu celular ? No Android, siga este passo a passo (os termos podem ter algumas mudanças conforme a marca): Clique no ícone de "Configurações" do celular; Em seguida, toque em "Sobre o dispositivo" e, depois, "Versão do Android"; Por fim, verifique a "Versão do Android". ? No iPhone (iOS), siga este passo a passo: Toque no ícone "Ajustes"; Depois, clique em "Geral" e "Atualização de Software"; Em seguida, verifique a última versão instalada. Por que celulares antigos perdem suporte? O WhatsApp deixa de oferecer suporte para softwares mais antigos e com menos usuários porque, segundo a Meta, eles podem não abranger as atualizações de segurança mais recentes do aplicativo ou não incluir funcionalidades necessárias para operar o WhatsApp. Celular antigo ou com defeito? Saiba se é hora de trocar de aparelho No caso dos iPhones, o WhatsApp terá suporte em aparelhos que estão, pelo menos, na versão 15.1 do iOS, que não é a mais nova (a mais recente, atualmente, é a iOS 18.5, que ficou disponível em maio deste ano para iPhone XS e posteriores). O iOS 15 é compatível com celulares da Apple entre o iPhone 6s e o iPhone 13. Assim, o WhatsApp é compatível com os modelos neste grupo e todos os outros lançados pela marca desde então. Como saberei quando meu celular não for mais compatível? A lista de versões de sistemas operacionais que são compatíveis com o WhatsApp é mantida na Central de Ajuda do app e atualizada anualmente. A Meta diz ainda que, antes de deixar de oferecer suporte para um sistema operacional, exibirá uma notificação no WhatsApp. "Também exibiremos alguns lembretes solicitando que você atualize o sistema", informa o app. Windows decreta fim da temida 'tela azul'; veja como será nova versão

01/07/2025

Dá para identificar texto gerado por inteligência artificial?

Evolução dos modelos, inclusive em língua portuguesa, e a facilidade de refinar os resultados iniciais, tornam praticamente impossível saber o que foi gerado por humanos ou robôs. Alunos fazem pesquisa com apoio de IA em laboratório do Departamento de Ciência da Computação da UFMG UFMG/Divulgação O professor de Ciência da Computação da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Adriano Machado, 47 anos, comemorou, no último 12 de junho, o 28º dia dos namorados com sua esposa, Maira Pereira. Decidiu, para surpreendê-la, dar uma joia e uma carta de amor. Na hora de começar a escrever vieram muitas lembranças da trajetória do casal, mas lhe faltaram palavras para elaborar um texto mais romântico, como ele queria. Ele decidiu, então, entregar parte da tarefa para o ChatGPT. "Coloquei todo o meu pensamento, com começo, meio e fim. Deu uma página. Mas eu não estava inspirado e queria alguma coisa mais poética, como se estivesse narrando essa história de 28 anos de namoro. E queria terminar com o texto de um autor que eu gosto muito." Ele foi ajustando a resposta gerada, pedindo novas versões para alguns trechos, até chegar a um resultado que o agradou. E então mandou imprimir. O desgastante trabalho humano por trás do ChatGPT: 'Não é tão emocionante quando descobrimos o que envolve' Maira adorou o presente e disse que a carta estava "linda". Mas achou estranho. O marido confessou: "Eu escrevi o conteúdo, mas pedi ajuda para uma IA". Ela respondeu na hora que já tinha percebido algo diferente. "Me conhecendo, ela sabia. Ou eu tinha estudado e me tornado mais romântico e poético do dia pra noite, ou tinha usado alguma ferramenta." Adriano usa essa história pessoal para discutir, na vida profissional, os desafios que ele e outros professores enfrentam para distinguir, de maneira clara, qual conteúdo foi gerado por humanos e qual foi gerado por inteligência artificial ? e a necessidade de se fazer uso ético dessas ferramentas, com transparência. O uso genérico desse tipo de IA pode deixar impressões claras de que o conteúdo foi gerado por uma máquina, como falta de criatividade, frases óbvias, ausência de erros gramaticais e estruturas parecidas, diz Machado. Mas a evolução dos modelos, inclusive em língua portuguesa, e a facilidade de refinar os resultados iniciais, como no exemplo da carta, tornam praticamente impossível saber o que foi gerado por humanos ou robôs. Existem diversos tipos de programas no mercado que dizem conseguir identificar a escrita gerada por IA. Alguns prometem acurácia de 99%. Na prática, não é tão simples. "É possível detectar indícios do uso, mas com uma certeza relativa, não absoluta", diz o professor. Para Machado, o maior desafio não é saber se o conteúdo foi ou não gerado por IA, mas se seus alunos estão ou não aprendendo. "Se eu tenho conhecimento do que eu preciso e souber usar a IA a meu favor, isso pode poupar muito tempo. Mas a maior preocupação hoje é com os alunos, porque tenho de ensiná-los a avançar na linha de conhecimento." Um dos presentes dados pelo professor Adriano Machado à esposa, a bioquímica Maira Pereira, junto à carta editada pelo ChatGPT Acervo pessoal IA no celular: o que vale a pena usar? g1 testou funções no iPhone 16e, Moto Razr 60 Ultra e Galaxy S25 Edge O que esperar da inteligência artificial em 2025 'Engenharia de prompt' O ato de "refinar" as respostas geradas pela IA, como fez Adriano ao escrever sua carta, praticamente inviabiliza a detecção do que foi escrito por um chatbot ou por um humano. A BBC News Brasil testou uma popular ferramenta do mercado para analisar três textos diferentes, todos escritos por uma IA. O primeiro foi gerado a partir de uma solicitação genérica: escrever alguns parágrafos (cerca de 100 palavras) sobre o impacto da IA na educação. O rascunho foi detectado facilmente pelo software, que apontou problemas como "precisão mecânica" e "tom impessoal". Pedimos então à IA para refazer o texto, dessa vez escrevendo "como um humano, de forma menos robótica". Dessa vez o detector apontou apenas 30% de conteúdo gerado por IA. Gretchen consegue na Justiça que X exclua vídeo falso feito com IA 'Todo mundo está usando' "Pelo bem ou pelo mal, é muito difícil hoje alguém dizer se é ou não (gerado por IA) se não tiver um parâmetro anterior", avalia a professora de sociolinguística da Universidade Federal do Sergipe (UFS) Raquel Freitag. "É uma região muito nebulosa para tomar uma decisão", diz. O motivo, diz, está na própria evolução das ferramentas. Freitag diz que os modelos dessas tecnologias são aprimorados constantemente com a inclusão de amostras de mais variações linguísticas, tornando-os cada vez mais precisos. "Hoje há um volume de dados em português e as pistas que antes podiam ajudar hoje não são mais suficientes. Quanto mais diversidade de dados linguísticos para treinar o modelo, mais fidedigno ele fica para a sensibilidade humana." A especialista defende que a educação precisa se adaptar a essa nova realidade. "A questão não é mais usar ou não usar. Todo mundo está usando. E sempre esteve usando. O corretor ortográfico do Word, por exemplo, é um tipo de IA, o que não significa que a gente não deva aprender sobre ortografia", lembra. "Posso gerar textos pela IA? Sim, mas se eu não for uma leitora proficiente, isso não quer dizer nada." Na ausência de diretrizes claras, educadores têm buscado soluções práticas. Freitag lembra que ainda não há regras definidas sobre o uso dessas tecnologias em sala de aula. "Professores estão adaptando suas práticas. Em um primeiro momento houve a reação de voltar a fazer prova escrita, à mão. Mas isso não faz tanto sentido se depois eu tiver de lidar com a IA em outras esferas da formação profissional." O professor da Faculdade de Ciências Aplicadas da Unicamp Leonardo Tomazeli Duarte, que é coordenador de um centro de referência de IA na mesma instituição, diz que os modelos de linguagem natural têm avançado muito em questões de estilo de escrita, o que também dificulta a identificação. "Eu já fiz uns testes tentando fazer com que eles usem o meu estilo. E usam muito bem. Eu mesmo tenho dificuldade de descobrir se fui eu que escrevi o texto ou não." E o travessão? Se você usa o LinkedIn com alguma frequência, é possível que já tenha se deparado com alguma das centenas de publicações que discutiam se o uso de travessões é indício de que um texto foi produzido por inteligência artificial, tema que ficou em destaque na plataforma por semanas. A conversa não se resume ao contexto brasileiro ? em abril, o jornal americano The Washington Post tratava do mesmo assunto em uma reportagem. Uma porta-voz da OpenAI, criadora do ChatGPT admitiu ao jornal que "é possível que a escrita produzida pelo ChatGPT favoreça os travessões ("em dash", em inglês)", mas que isso "não é uma regra rígida" e que o resultado é "fortemente influenciado pela forma como os usuários respondem aos resultados (gerados pela ferramenta)." A professora da Faculdade de Letras da UFMG Adriana Pagano diz que também percebe um uso mais frequente de travessões em textos. "O texto do modelo de linguagem é quase 100% correto. Tem um uso do travessão que é mais frequente, de fato. A gente imagina que isso seja impacto de um treinamento, provavelmente com língua inglesa", diz. Mas a simples presença de um ou outro elemento não é o que vai diferenciar o texto gerado pela IA, afirma ela. "Detectar se um texto foi feito por modelo de linguagem, não é qualquer um que detecta. Quando se trabalha muito com produção de texto, muito hábito de ler e corrigir, fica mais fácil de perceber isso. Mesmo assim as últimas versões têm avançado muito em formas coloquiais." Para Rodrigo Nogueira, fundador e CEO da Maritaca AI, empresa que desenvolve inteligência artificial em português, o avanço do uso desse tipo de tecnologia nos textos é inevitável ? e não necessariamente deve ser encarado como problema. "Se eu escrevo um e-mail informal, cheio de erros, e peço para a IA organizar melhor as ideias, ela vai inserir um pouco da inteligência dela. Vai usar palavras ou estruturas que talvez eu não usasse. No fim, não é mais 100% meu. As IAs já estão presentes nas nossas frases e, consequentemente, nas nossas ações." Ele acredita que a distinção entre o que é humano e o que é artificial tende a se dissolver. "Mesmo com ferramentas precisas para detectar IA, a discussão real é: quem gerou esse pensamento, o humano ou a IA? Vai ficar tudo mesclado. Essa é a beleza da coisa. E se em 2025 já é assim, imagine no futuro." Comissão de IA nas universidades Departamento de Ciência da Computação da UFMG: universidade criou comissão para avaliar uso de inteligência artificial por professores, funcionários administrativos e alunos UFMG/BBC Instituições de ensino de todo mundo têm discutido diretrizes de como ferramentas de inteligência artificial podem ser incorporadas, tanto por professores quanto por funcionários da administração e alunos. Na UFMG está instalada, desde o ano passado, a Comissão Permanente de IA, que debate seu uso ético na universidade, a elaboração de uma política para este tipo de tecnologia, dentre outras ações. "Percebemos que havia risco em ter uma atitude meramente proibitiva, sobretudo porque as pessoas estão usando IA das formas mais variadas", disse o presidente da comissão, o professor do Departamento de Ciência Política Ricardo Fabrino Mendonça. A primeira missão da comissão foi mapear políticas usadas por outras instituições de ensino. Mas o grupo logo percebeu que pouco havia sido publicado sobre o assunto. O primeiro material produzido foi justamente uma lista de recomendações. Dentre elas, transparência no uso de IA em trabalhos acadêmicos e a inclusão de debates em sala de aula sobre impactos da IA, positivos e negativos, para seu uso no ambiente acadêmico. Outra recomendação é não usar sistemas de IA para identificar se o conteúdo foi ou não gerado por um humano. Por duas razões, diz Mendonça: a falta de acurácia adequada na detecção e a necessidade de dar privacidade às informações, que podem fazer parte, por exemplo, de uma pesquisa ainda não publicada. A 'geração LLM' Professor avalia que o desafio dos próximos anos será educar uma geração de 'nativos LLM', que já cresceram usando tecnologias como o ChatGPT BBC/Getty Images Leonardo Tomazeli Duarte, professor da Unicamp, avalia que o desafio dos próximos anos será educar uma geração de "nativos LLM" ? jovens que cresceram em meio a grandes modelos de linguagem, como o ChatGPT. "O uso vai ficando mais natural pela disponibilidade, pela convivência. Não dá pra fechar os olhos ou dizer para não usar." "Paradoxalmente, nós, das gerações anteriores, tivemos um aprendizado mais crítico, estruturado na busca por informação." Ele já incorpora o uso de IA em alguns exercícios em sala, com a condição de que os alunos expliquem como usaram a ferramenta. "Quero saber o processo. Se não pedir isso, vão usar do mesmo jeito e não me contar." Duarte acredita que, em breve, a IA será integrada ao currículo de diversas áreas, como já ocorre com a estatística. "Logo vai ter aula de IA em Biologia, como já existe bioestatística. O ganho é aproximar essas técnicas de outras áreas, desmistificar e deixar claro o que a tecnologia pode ou não fazer." Um artigo publicado no ano passado por pesquisadores da Universidade da Pensilvânia (e outras instituições) reforça a preocupação com o aprendizado apoiado por IA. Em um experimento com cerca de mil alunos do ensino médio, pesquisadores constataram que estudantes que usaram o ChatGPT para resolver exercícios de matemática tiveram desempenho significativamente melhor, mas pioraram nas provas feitas sem ajuda da IA. A explicação, segundo os autores, é que os alunos passaram a usar a IA como "muleta", deixando de aprender conceitos fundamentais. Quando a IA foi programada para apenas dar dicas, em vez de respostas completas, o efeito negativo desapareceu. "Para manter a produtividade no longo prazo, é preciso cautela ao utilizar IA generativa, garantindo que os humanos continuem a aprender habilidades essenciais", escreveram os autores. IAs treinadas em português brasileiro Lançado em 2024, o Plano Brasileiro de Inteligência Artificial (2024?2028) tem entre suas metas o desenvolvimento de modelos de linguagem em português, com dados nacionais "que abarcam nossa diversidade cultural, social e linguística." Rodrigo Nogueira, fundador da Maritaca AI, vê duas razões principais em discussão para apostar nesse caminho. "A primeira é a soberania. Uma vez que essas IAs estão cada vez mais participando do nosso dia a dia, o que você quer é dominar esse stack (conjunto) de tecnologia para não depender lá de fora. Imagina se você é um órgão de justiça do Brasil, ou uma empresa que toma decisões com ajuda de IA. Não é legal depender 100% de uma inteligência que vem de fora. Você está mandando todo seu conhecimento para uma empresa estrangeira." O segundo ponto, destaca, é o conhecimento contextual. "Se eu treino a IA com base nas leis brasileiras, ela já nasce sabendo de cabeça todas as nossas normas. Como essas IAs estão se atualizando cada vez mais rápido, uma IA feita no Brasil já vai nascer sabendo onde está, quais são as regras, os problemas, as instituições locais. Isso dá uma vantagem enorme em relação a um modelo genérico feito para o mundo todo. Pode até saber de tudo, mas não tão bem quanto a nossa." Veja mais: Vídeos feitos com IA do Google bombam nas redes sociais IA vira aliada de pastor para criar sermões e ampliar missão da igreja

01/07/2025

Por que a nova IA do Google virou a queridinha dos vídeos bizarros e bobos no TikTok ? mesmo sendo paga

Veo 3, motor da plataforma Flow, do Google, gera vídeos hiper-realistas com diálogos e cenas conectadas, fazendo com que o usuário vire um 'diretor de cinema'. Por que a nova IA do Google virou a queridinha dos vídeos bizarros e bobos no TikTok Em vídeos que circulam no TikTok, moradores reclamam de buracos no asfalto ? e, logo depois, se jogam dentro deles. Em outro, uma senhora pergunta se o ônibus passa por Interlagos, e o veículo literalmente entra no autódromo, entre carros de Fórmula 1. ??Nada disso é real. Os conteúdos são criados com o Veo 3, ferramenta de IA do Google que serve como "motor" da plataforma Flow, onde o conteúdo é gerado. O acesso é pago e está disponível no plano Google AI, a partir de R$ 96,99 por mês. ? IA no celular: o que vale a pena usar? Desde o início do mês, muita gente tem usado a ferramenta para criar vídeos "bobos" que se espalham rápido nas redes. Um dos exemplos mais famosos é o da "Marisa Maiô", uma apresentadora fictícia de humor ácido que, mesmo criada por IA, já apareceu fazendo publicidade para marcas reais. Apesar do custo da ferramenta ? que pode chegar a R$ 1.209,90 mensais no plano mais avançado ?, não está claro por que o TikTok foi inundado por vídeos feitos com o Veo. Um dos motivos pode ser a oferta de 15 meses grátis do Google AI, que inclui o Veo 3, para estudantes universitários no Brasil. O que explica o sucesso da ferramenta? Fames de vídeos virais no TikTok criados no Flow, do Google. Reprodução/TikTok Diferente dos modelos anteriores e até rivais, como o Sora, da OpenAI, o Veo 3 gera não só as imagens, mas também diálogos, trilhas e efeitos sonoros coerentes com a cena, explica Cleber Zanchettin, especialista em IA e professor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), que também testou a tecnologia. Segundo ele, todo esse poder da tecnologia transforma o usuário final em um diretor de cinema. "Esse novo modelo do Google se destaca por produzir cenas hiper-realistas com áudio sincronizado, algo bem complexo de fazer", diz. O que torna o Veo 3 diferente de outros geradores de vídeo, como o Sora, é o nível de controle oferecido. A tecnologia do Google permite criar sequências de cenas conectadas, manter personagens ao longo da narrativa e definir ângulos, enquadramentos e até os diálogos. Cena de um dos vídeos criados no Flow que viralizou no TikTok. Reprodução/TikTok Os vídeos criados são curtos, com até 8 segundos, mas é possível montar histórias mais longas a partir de sequências que depois podem ser unidas. Já o Sora funciona de forma mais limitada: ele gera vídeos a partir de um único comando de texto, ou seja, que são "independentes" e não em sequência como o Flow. Segundo Cleber, os vídeos que mais viralizam tendem a explorar o equilíbrio entre o realismo e o absurdo, e isso é um prato cheio para a criatividade das mídias sociais. "Seja um personagem de ficção vivendo situações mundanas, pessoas comuns falando coisas estranhas, ou cenários completamente surreais apresentados de forma realista", analisa. Área onde o usuário pode inserir comandos para criar seus vídeos. Reprodução/Google Flow O Veo 3 foi lançado durante o Google I/O 2025, conferência da companhia para desenvolvedores. A convite do Google, o g1 acompanhou o anúncio da tecnologia diretamente da Califórnia (EUA). Na ocasião, a empresa apresentou também o Flow, a plataforma que usa o Veo por trás das criações. Já naquele momento, o Google falava em produções com qualidade cinematográfica feitas com essas ferramentas. Timeline do Google Flow, onde são criados vídeos de meme postados no TikTok Reprodução/Google Flow O g1 testou o Flow: a ferramenta funciona como um editor de vídeo, mas, em vez de ter uma linha do tempo ("timeline", em inglês) para editar imagem e som, traz uma caixa onde o usuário insere o comando ("prompt") da criação. Nos testes do g1, o Flow ainda não aceitava comandos em português ? apenas em inglês. Mesmo assim, conseguiu gerar muito bem diálogos em português do Brasil. Poder da tecnologia gera preocupação Google lança ferramenta que transforma texto em vídeo cinematográfico Durante o anúncio no Google I/O, muitas pessoas questionaram, nas redes sociais, como a big tech alimenta o banco de dados dessas criações. Outros alertaram para o risco de impacto no mercado audiovisual profissional. "Quantos bilhões de dólares em propriedades de outras pessoas você roubou para que isso acontecesse?", perguntou uma pessoa ao Google. "Uau... qualquer um pode ser um cineasta agora", ironizou outra. "Tecnologias como o Veo 3 precisam ter aprendido praticamente o mundo inteiro em vídeo. Mas, não fica claro como foi o licenciamento dos dados usados em seu treinamento, sua representatividade, estereótipos e transparência", diz Cleber Zanchettin. O g1 procurou o Google para comentar a popularidade e as polêmicas em torno da tecnologia. A empresa afirmou ver na IA um potencial para impulsionar a criatividade e democratizar a produção de conteúdo. A big tech também destacou que proíbe o uso dos modelos para fins violentos, sexuais ou odiosos (leia a nota ao final da reportagem). No último dia 19, o canal norte-americano CNBC revelou que o Google tem usado vídeos publicados no YouTube para treinar seus modelos de inteligência artificial, incluindo o Veo 3. A informação foi fornecida por uma fonte que preferiu não se identificar. Segundo a emissora, o Google afirmou confiar em seu acervo do YouTube para esse tipo de treinamento. A empresa disse ainda que utiliza apenas um "subconjunto de vídeos" e que tem acordos com criadores de conteúdo e empresas de mídia para esse uso. "Sempre usamos o conteúdo do YouTube para melhorar nossos produtos, e isso não mudou com o advento da IA", disse um porta-voz do YouTube à CNBC. Ainda assim, vários criadores ouvidos pelo canal disseram não saber que seus vídeos poderiam ser usados para esse fim. A preocupação também se estende a outras empresas. A OpenAI, por exemplo, foi alvo de críticas de um grupo com mais de 400 atores, cineastas e músicos, que acusaram a companhia de tentar "enfraquecer ou eliminar" proteções de direitos autorais para treinar seus sistemas de inteligência artificial. O que diz o Google "Acreditamos que a IA tem um grande potencial para possibilitar novas formas de criatividade, democratizar a produção criativa e ajudar as pessoas a expressarem suas visões artísticas. Nossas políticas restringem o uso de nossos modelos para atividades sexualmente explícitas, violentas, odiosas ou prejudiciais, como discurso de ódio ou bullying, e para desinformação, deturpação ou atividades enganosas, incluindo fraudes, golpes ou outras ações enganosas como a falsificação de identidade, entre outras. É importante ainda que as pessoas possam saber a origem do conteúdo online. Nossa tecnologia SynthID insere marcas d'água digital em todos conteúdos gerados por modelos de IA generativa do Google. Também adicionamos uma marca d'água visível a todos os vídeos gerados por Veo. Os modelos de linguagem fundamentais do Google são treinados principalmente em dados disponíveis publicamente na web aberta. Além disso, Veo é treinado em pareamentos de vídeo-descrição de alta qualidade. Pareamentos de vídeo-descrição são um vídeo e a descrição associada do que acontece nesse vídeo". Inteligência artificial no celular Sósia de Bezos posa para fotos em Veneza e confunde turistas Bloqueio de celular por PM e previsão de chuva com IA: veja 3 anúncios do Google Robô que aprende com vídeos começa a ganhar espaço em fábricas e indústrias

30/06/2025

Microsoft diz que criou IA quatro vezes melhor que médicos para descobrir casos complexos

MAI-DxO ainda não está disponível ao público, mas acertou até 85,5% dos diagnósticos de casos em que foi testada. Segundo a empresa, a ferramenta pode ser uma aliada em um momento em que custos com saúde aumentam. Fachada da Microsoft em Los Angeles. REUTERS/Lucy Nicholson A Microsoft revelou nesta segunda-feira (30) um sistema de inteligência artificial capaz de dar diagnósticos para doenças complexas. A ferramenta é até quatro vezes mais eficiente que médicos, segundo a empresa. O Microsoft AI Diagnostic Orchestrator (MAI-DxO) ainda não está disponível ao público, mas funciona ao selecionar uma das versões de cinco grandes modelos de linguagem: GPT, Llama, Claude, Gemini, Grok e DeepSeek. Após a integração, ele simula um painel de médicos que colaboram entre si por meio de agentes virtuais. Eles são responsáveis por criar hipóteses e indicar exames para pacientes, por exemplo. O MAI-DxO "conversa" em busca de sintomas e do perfil do paciente. No caso de um paciente com tosse e febre, ele pediria para um médico solicitar exames de sangue e radiografias de tórax antes de estar confiante para dizer que é um caso de pneumonia. O sistema foi testado a partir 304 casos complexos apresentados na revista científica New England Journal of Medicine (NEJM), que apresenta registros detalhados em suas edições semanais. O material da revista foi transformado em um formato que permite fazer perguntas e pedir exames. A partir dessas interações, o MAI-DxO e médicos que participaram do teste poderiam se aproximar do diagnóstico final. Segundo a Microsoft, o sistema apresentou os melhores resultados ao ser testado com o o3, da OpenAI, acertando 85,5% dos diagnósticos indicados na revista científica. Como comparação, 21 médicos convidados pela Microsoft acertaram 20% dos casos. O grupo inclui clínicos gerais dos Estados Unidos e do Reino Unido que têm entre 5 e 20 anos de experiência. Como youtuber descobriu localização de deputada a partir de um vídeo Aliada contra custos altos em saúde Para a Microsoft, a nova ferramenta é uma aliada mais eficiente que modelos de IA individuais e pode ser útil à medida em que custos com saúde aumentam, criando barreiras para bilhões de pessoas. Além do diagnóstico, o MAI-DxO foi desenvolvido para operar dentro de restrições de orçamento. A ideia é reduzir custos desnecessários com saúde. "Sem essas restrições, um sistema de IA poderia solicitar todos os testes possíveis, independentemente do custo, do desconforto do paciente ou dos atrasos no atendimento", explicou a Microsoft. A Microsoft disse que seu método pode remodelar a área da saúde, já que o sistema de inteligência artificial consegue combinar amplitude e profundidade de conhecimento de uma forma que nenhum médico humano é capaz. A empresa destacou que os médicos que participaram do experimento não recorreram a colegas, livros ou inteligência artificial. E admitiu que ainda é necessário testes o seu novo sistema em casos mais comuns, e não só em condições complexas. "Precisamos de evidências extraídas de ambientes clínicos reais, juntamente com governança e estruturas regulatórias adequadas para garantir confiabilidade, segurança e eficácia", disse a Microsoft. LEIA TAMBÉM: Os maiores influenciadores do mundo em 2024, segundo a Forbes Dono do Telegram diz que vai deixar herança para seus mais de 100 filhos Vazamento de dados expõe 16 bilhões de senhas, diz site; especialistas contestam número Windows decreta fim da temida 'tela azul'; veja como será nova versão

30/06/2025

Procon-SP multa Uber e 99 em mais de R$ 17 milhões por oferecerem serviço de mototáxi de forma irregular na cidade de SP

Segundo o órgão, as plataformas mantiveram a função ativa, sem regulamentação e enquanto estava em vigor decisão judicial que impedia a oferta do serviço. A Associação Brasileira de Mobilidade e Tecnologia (Amobitec), que representa as empresas, 'esclarece que não houve descumprimento de decisões e que suas associadas atuam respeitando a Legislação'. Uber e 99 Divulgação O Procon-SP multou as empresas Uber e 99 em mais de R$ 17,3 milhões por oferecerem, de forma irregular, o serviço de transporte de passageiros com motocicletas na cidade de São Paulo. Segundo o órgão, a multa para a Uber do Brasil Tecnologia foi no valor de R$ 13,7 milhões e para a 99 Tecnologia, a penalidade foi de R$ 3,5 milhões. As infrações foram calculadas de acordo com o Código de Defesa do Consumidor, o porte econômico da empresa e a gravidade da infração. As empresas podem recorrer. ? Clique aqui para se inscrever no canal do g1 SP no WhatsApp O Procon-SP alega que as duas empresas ofereceram transporte de passageiros por motocicleta (mototáxi) sem regulamentação da Prefeitura, mantendo a atividade mesmo diante da decisão da Justiça que determinava a suspensão do serviço em toda a cidade de São Paulo, o que fere o Código de Defesa do Consumidor. O órgão diz que, em maio, as duas plataformas foram notificadas em razão do problema, mas continuaram oferecendo o serviço. ?O argumento das empresas, reproduzido em matérias publicadas em diversos veículos de imprensa, de que mantêm o serviço enquanto aguardam esclarecimentos, não é justificável?, disse, o diretor Executivo do Procon-SP Luiz Orsatti Filho à época para as duas empresas. Em nota, a Associação Brasileira de Mobilidade e Tecnologia (Amobitec), que representa as empresas, "esclarece que não houve descumprimento de decisões e que suas associadas atuam respeitando a Legislação". Após os esclarecimentos referentes à decisão judicial sobre o serviço de motoapps na cidade de São Paulo, em maio de 2025, as empresas cumpriram a determinação de suspender a oferta do serviço no município. Serviços de moto por aplicativo saem de operação em SP após decisão da Justiça O serviço de transporte de pessoas por moto por meio de aplicativos (motoapp) é uma realidade em todo o país e traz benefícios para milhões de brasileiros, que muitas vezes precisam desse serviço para se deslocar pela cidade, principalmente em regiões onde o transporte público é menos presente. Além de preço justo, os aplicativos oferecem camadas de proteção e segurança, ao contrário de serviços clandestinos que continuam a operar na cidade. A Amobitec reitera que o serviço de transporte de passageiros por motos via aplicativos (motoapp) é uma atividade privada, legal, regida pela Política Nacional de Mobilidade Urbana e sustentada pela Lei Federal n° 13.640. Desta forma, os aplicativos têm autorização legal para atuar em todo o território nacional, entendimento apoiado por dezenas de decisões judiciais no país", diz a nota. Última suspensão judicial O prefeito Ricardo Nunes (MDB), que conseguiu liminar na Justiça suspendendo os serviços de moto da 99 e da Uber na capital paulista. Montagem/g1/Reprodução/Redes Sociais Após várias idas e vindas em decisões judiciais, no último dia 26 de maio a Justiça de São Paulo voltou a determinara suspensão do transporte de moto por aplicativo, oferecido pela Uber e 99, na cidade de São Paulo. Do dia 16 até esta segunda, as empresas seguiram ofertando o serviço. Em razão disso, a Polícia Civil instaurou um inquérito policial contra as empresas para apurar o crime de desobediência. "A 99 Tecnologia Ltda e Uber do Brasil Tecnologia Ltda deverão se abster, por ora, da prestação dos serviços de transporte remunerado de passageiros por motocicletas na cidade de São Paulo, sob pena de aplicação de multa diária no valor de R$30.000,00 (trinta mil reais), em caso de desobediência", diz a decisão do desembargador Eduardo Gouvêa, da 7ª Câmara de Direito Público. Em notas na ocasião, a 99 e a Uber afirmaram que vão suspender temporariamente o serviço na cidade de São Paulo em respeito à decisão desta segunda. Como começou a disputa judicial? Em 14 de janeiro, a 99 começou a oferecer a modalidade de transporte por moto na capital paulista. O serviço já era uma realidade em cidades da Grande São Paulo e em capitais como Salvador e Rio de Janeiro. Entretanto, o prefeito Ricardo Nunes (MDB) afirma que a atividade é ilegal e desde então determinou uma fiscalização rigorosa a fim de coibir a atuação de motociclistas por app. Em 2023, Nunes publicou um decreto municipal proibindo o serviço após a Uber tentar oferecê-lo naquela época. O prefeito, então, pediu a suspensão judicial imediata da modalidade de transporte e falou que multaria a 99 em R$ 1 milhão por dia em caso de descumprimento. A Uber foi incluída no processo posteriormente, sob a mesma acusação. As empresas, por sua vez, argumentam que estão respaldadas pela Política Nacional de Mobilidade Urbana (PNMU), uma lei federal, que regulamenta o serviço. Na sequência, para continuar oferecendo as corridas de moto, a 99 entrou na Justiça, dando início a uma longa disputa judicial com a prefeitura que se estende até hoje. Abaixo, entenda o que dizem as legislações e a briga entre a prefeitura e a empresa. O que diz legislação federal O serviço de transporte oferecido por aplicativos no Brasil é regulamentado por duas leis federais. A primeira é a lei nº 12.009 de 2009, que regula o serviço de mototáxi e motofrete (transporte de cargas) e define os requisitos para o exercício da profissão, como o uso de capacete e colete identificador. A lei também estipula a obrigatoriedade de cadastro junto aos órgãos municipais de trânsito. A segunda legislação é o Plano Nacional de Mobilidade Urbana, instituído pela lei n° 12.587 de 2012. Ela foi modificada em 2018 (pela lei 13.640) para incluir um trecho que regulamenta especificamente os serviços de aplicativos de transporte. A lei, aprovada no governo Michel Temer, ficou popularmente conhecida como "Lei do Uber". O que diz a legislação municipal A Prefeitura de São Paulo editou um decreto municipal em janeiro de 2023 que suspende na cidade o serviço de transporte de moto por aplicativo. Com um texto bem sucinto, o decreto nº 62.144, de 6 de janeiro de 2023, suspendeu "temporariamente a utilização de motocicletas para a prestação do serviço de transporte individual remunerado de passageiros por meio de aplicativos". O texto não informa o prazo da suspensão, tampouco lista possíveis punições em caso de descumprimento nem menciona nada sobre a apreensão de motos. Jovem em moto de aplicativo morre atropelada após passageiro abrir porta de carro e arreme

30/06/2025

Gretchen vence processo contra YouTube por vídeos que a associavam a figuras demoníacas

Na sentença, o Google Brasil, empresa responsável pela plataforma, também é obrigado a fornecer os endereços de IP dos responsáveis pelos canais que publicaram os conteúdos. Gretchen vence processo contra YouTube por vídeos em que é chamada de ?Prefeita de Sodoma? A cantora Gretchen venceu na Justiça de São Paulo um processo contra o YouTube que pedia a exclusão definitiva de vídeos que a associavam a figuras demoníacas. O conteúdo, segundo a decisão judicial, foi publicado sem autorização e de forma vexatória à imagem da artista. A sentença é de 9 de junho e foi publicada no último dia 23. Além da exclusão definitiva, o juiz Rogério Aguiar Munhoz Soares, da 45ª Vara Cível, também obriga o Google Brasil, empresa responsável pela plataforma, a fornecer os endereços de IP dos responsáveis pelos canais que publicaram os conteúdos. Segundo a ação, obtida pelo g1, a artista foi chamada de ?Imperatriz de Gomorra?, ?Prefeita de Sodoma? e ?Profeta da Lascívia?, além de ser ligada a figuras demoníacas, como a cobra. Gretchen ganha processo e YouTube exclui vídeos que a ligavam a figuras demoníacas Reprodução/Redes sociais Gretchen argumentou que teve sua imagem usada de forma indevida em vídeos de teor ofensivo. "As cidades de Sodoma e Gomorra, foram cidades antigas, destruídas por Deus, em razão dos muitos pecados de seus habitantes, assim, o objetivo dos referidos vídeos é associar a imagem da requerente como Imperatriz ou Prefeita das cidades dos pecadores sexuais, o que deu causa a diversos comentários maldosos, ofensivos e constrangedores", explica a defesa de Gretchen no processo. A defesa da cantora também afirma que "a internet não pode se transformar em um território livre para a realização de publicações sem qualquer controle". LEIA TAMBÉM: Gretchen consegue na Justiça que X exclua vídeo falso feito com IA; rede terá que revelar quem divulgou Em decisão anterior, a Justiça já havia concedido uma liminar obrigando o YouTube a remover os vídeos indicados no processo. A empresa cumpriu a ordem, mas argumentou que não é responsável pelo conteúdo gerado por terceiros e que não poderia fornecer dados dos autores sem decisão judicial específica. Também afirmou que não cabe à plataforma julgar previamente o conteúdo publicado, em respeito à liberdade de expressão. No entanto, o juiz rejeitou os argumentos da empresa e ainda afirmou que plataformas como o YouTube têm responsabilidade pela remoção de conteúdos ilícitos de suas plataformas, desde que devidamente notificados pela parte interessada ou por determinação judicial. Procurado, o Google afirmou que não irá se manifestar. STF amplia a responsabilidade das plataformas digitais pelo que publicam Vídeos

30/06/2025

IA no celular: o que vale a pena usar? g1 testou funções no iPhone 16e, Moto Razr 60 Ultra e Galaxy S25 Edge

Cada marca diz que as funções de inteligência artificial do seu smartphone é algo imprescindível de usar. Mas é mais comum esquecer que o recurso está disponível. Inteligência artificial no celular Já percebeu que toda propaganda de celular fala de inteligência artificial? Parece que é algo imprescindível, que vai mudar a vida de quem tiver aquele aparelho de última geração. Na prática, está mais para esquecível. Por exemplo: usar a IA para resumir mensagens longas pode ser útil. Mas é mais fácil ler ou lembrar que a função de resumo está lá disponível? Por outro lado, tem coisas úteis ou divertidas que a IA das marcas pode ajudar a fazer no smartphone. Dá para apagar ou modificar partes de fotos, gerar imagens artificiais para mandar no WhatsApp e gravar e transcrever ligações telefônicas. Ou pedir para um robô de chat, como o ChatGPT ou Gemini, falar com você e descrever o ambiente ao redor. Apple, Motorola, Samsung e quase todos os fabricantes apostam em IAs próprias para dizer que são mais "espertas" que a dos concorrentes. Por que a nova IA do Google virou a queridinha dos vídeos bizarros e bobos no TikTok ? mesmo sendo paga ?Clique aqui para seguir o canal do Guia de Compras do g1 no WhatsApp Para complicar ainda mais a situação das marcas de celulares, os próprios robozinhos de chat por IA ? ChatGPT, Gemini, Copilot e tantos outros ? têm suas versões que rodam em qualquer smartphone, até mesmo os mais antigos. O Guia de Compras testou as funcionalidades de IA presentes em três celulares diferentes lançados em 2025 (iPhone 16e, Moto Razr 60 Ultra e Galaxy S25 Edge) para entender o que é legal, o que é útil e o que não é legal nelas. Apple iPhone 16e O iPhone 16e vem com a Apple Intelligence integrada ao sistema operacional do telefone e aos aplicativos da própria marca, como e-mail, mensagens, notas, Pages (editor de texto) e galeria de fotos. Mas dá para copiar e usar as informações geradas ou modificadas em outros apps, como o WhatsApp e redes sociais. A filosofia da Apple para IA é bastante parecida com a da Samsung. Ambas inseriram muitas funcionalidades similares (edição de fotos e texto, transcrições, resumos, assistentes de voz) nos seus aparelhos. O iPhone 16e é o mais barato dos três modelos avaliados. Saía por R$ 4.000 nas lojas da internet em junho. O que é legal? A função Limpeza, presente no app Fotos, serve para qualquer imagem ? a foto não precisa ter sido feita pelo iPhone. Ela funciona muito bem para detalhes pequenos, como pessoas ao fundo em uma paisagem, detectando de forma automática que tem algo indesejado no local. Para remover outros itens, basta selecionar na tela e as coisas desaparecem. Montagem com a foto original (no topo, à esquerda) com edições feitas no iPhone (topo à direita), Motorola (embaixo à esquerda) e Samsung (embaixo à direita) Henrique Martin/g1 Para itens maiores ? como uma mão na frente do rosto ? a Limpeza não funciona direito e borra a imagem. O app Playground serve para criar imagens geradas por IA: basta descrever o que você quer ou usar uma foto como base e adicionar temas, fantasias, acessórios e lugares. Nem sempre adianta selecionar novos itens ? se a IA não souber como lidar com aquilo, ela diz que não consegue. O resultado é formado por imagens com aquele ?jeitão artificial? que só as IAs conseguem, mas pode ser algo divertido. Depois, é só salvar e compartilhar nas redes sociais ou no WhatsApp. Recorte do app Playground, da Apple, capaz de gerar imagens Reprodução O que é útil? A Apple Intelligence entende comandos e mostra resultados em português. Quando você escreve um texto no app de notas, por exemplo, é possível usar a IA para revisar os textos e ajustar o tom (profissional, amigável ou conciso). A IA da Apple até reescreve ou resume em tópicos toda a informação do texto. Veja na imagem abaixo: Estilos de texto da Apple Intelligence: de cima para baixo, amigável, profissional e conciso. Reprodução Nas funções de telefone e no aplicativo gravador de voz, uma ferramenta muito útil é a de gravação (de ligações ou de conversas) e transcrição automática do texto. Dá até para transcrever depois da gravação, se quiser. O ChatGPT serve como um complemento à Apple Intelligence. O robô de conversas da OpenAI está integrado à assistente digital Siri. Basta pressionar o botão de liga e desliga (ou falar ?E aí, Siri??) e fazer a pergunta. A resposta pode ser via ChatGPT ou uma busca no Google. A Inteligência Visual é uma das coisas mais interessantes para utilizar e descobrir. Não é um app, é apenas um atalho na Central de Controle do iPhone. Ao ser ativada, a função abre a câmera, com duas opções abaixo: perguntar (ao ChatGPT) ou buscar (no Google). Optando por perguntar, a resposta será a foto com uma descrição do que tem ali. Não precisa falar, é automático. Inteligência Visual no iPhone 16e: ChatGPT responde sobre planta Henrique Martin/g1 É uma função que deve ser muito útil em viagens, para entender sobre locais turísticos, ou mesmo no supermercado, para avaliar ingredientes em um produto. Ou ver o chat elogiando seu gato. É uma função similar ao Gemini Live, do Google, nos celulares com sistema Android. Só que a versão dos concorrentes perrmite "bater papo" com a IA em tempo real ? com perguntas, respostas e comentários. O que não é legal? A Apple Intelligence classifica as notificações quando o iPhone está com a tela bloqueada, mas parece que não diferencia nada direito. O app Mensagens permite criar emojis personalizados com IA (chamados de Genmojis), mas não dá para compartilhar no app de mensagens mais usado pelos brasileiros (WhatsApp). Motorola Razr 60 Ultra No Moto Razr 60 Ultra, a ferramenta integrada se chama Moto AI. É um aplicativo que já veio instalado no celular dobrável e que ajuda em duas áreas principais: criatividade e produtividade. A fabricante optou por oferecer mais recursos integrados a parceiros de IA (como Meta e Perplexity.ai) em comparação com os concorrentes. O smartphone é o mais caro entre os testados, sendo vendido por R$ 10 mil nas lojas on-line em junho. O que é legal? Na parte de criatividade do Moto AI, a ferramenta de imagens (Image Studio) é bastante completa. Ela permite gerar imagens a partir de descrições em textos, criar figurinhas e avatares (a partir de fotos) e desenhar para criar ilustrações automáticas. Tudo é bem fácil de salvar e compartilhar em redes sociais e apps de mensagens. Cria umas coisas meio doidas, mas essa é a intenção, certo? Ilustrações de IA generativa feitas com o iPhone, Motorola e Samsung baseadas em fotos Reprodução O que é útil? A parte de produtividade é bastante objetiva. A ferramenta Anota Aí grava e transcreve recados para você mesmo, a Guarde para Depois salva textos, fotos e capturas para usar no futuro. Já a O que rolou? é um resumo de notificações. E a Pergunte ou Pesquise é uma central dos outros recursos e com busca universal nos apps e dados do próprio celular. Essas funções dependem muito do uso diário do celular. Conforme os dias se passam, a Moto AI aprende com a utilização e pode dar melhores respostas. Além disso, o Gemini, do Google, vem instalado e pode ser acionado pelo botão de liga-desliga do celular. A ferramenta Gemini Live, que permite abrir a câmera do aparelho e conversar com o robô, pedindo informações em tempo real, é ótima para lembrar de tarefas e itens. Numa das conversas, o pedido começou localizando itens em um quarto ? onde estava a TV ? e o Gemini sugeriu procurar programas para assistir. A ferramenta ainda localizou um umidificador próximo e, após o pedido, ainda deu dicas de limpeza do equipamento. Mas é uma IA de terceiros (Google) instalada no telefone. Não é algo da própria Motorola. O que não é legal? Falta um editor de fotos melhor, capaz de apagar ou gerar objetos nas imagens, como fazem os concorrentes. É preciso usar a função de apagar coisas no app Google Fotos, mas ele não é tão completo como o da Samsung ou da Apple. A função Playlist Studio da Moto AI também sofre com a limitação de parcerias. A ideia de personalizar playlists em apps de streaming de música é legal, mas só funciona para o Amazon Music. Se não tiver uma conta no serviço, não tem como usar. Samsung Galaxy S25 Edge O Galaxy S25 Edge utiliza os recursos da Galaxy AI, uma das primeiras tecnologias do tipo a chegar aos celulares ? lançada em 2024 em português, com a linha Galaxy S24. Aos poucos, a fabricante adicionou novas funções à inteligência artificial, que é desenvolvida pela marca e também em parceria com o Google. O S25 Edge custava R$ 7.300 nas lojas da internet no final de junho. O que é legal? O editor de fotos com inteligência artificial complementa alguns recursos que a Samsung já oferecia em modelos antigos, como um ?apagador de objetos? nas imagens. Esse editor utiliza a IA para gerar ?pedaços? de imagens. Basta selecionar o recurso, desenhar com o dedo em torno do item que será modificado e mover, aumentar, reduzir ou até excluir o item. Dá também para rabiscar coisas e inseri-las nas fotos, incluindo elementos artificiais nas imagens. Acima, foto original. Abaixo, edição generativa aumentando um item da imagem feita no Samsung Henrique Martin/g1 A IA preenche, de forma automática, as partes que foram removidas ou ampliadas na imagem. Os resultados são bastante aceitáveis ? mas a imagem nova ganha um selinho para dizer que foi modificada, como ocorre em todos os celulares ao gerar imagens. A câmera do Galaxy S25 Edge também utiliza recursos de IA ? como ajuste automático de contraste nas fotos. Mas isso era comum em versões antigas da linha Galaxy S e A, a tecnologia já existia, mas não era chamada de inteligência artificial. A câmera ainda apresenta a função Eliminador de Ruído para vídeos. A IA consegue remover o ruído do ambiente em gravações externas, sem microfone. Outro recurso útil é a edição automática para Reels ? se fizer muitos vídeos de um tema (como uma viagem ou um pet), pode pedir para a IA criar um vídeo automatizado, pronto para compartilhar. O que é útil? Algumas funções da Galaxy AI são similares ao que a Apple Intelligence faz, como ajudar com formatos e tons de texto, gravar e transcrever ligações. Permite ainda ? embora com certa lentidão ? traduzir idiomas em tempo real no Intérprete. O Google Gemini também está presente como no modelo da Motorola, e oferece os mesmos recursos, como o Gemini Live para informações em tempo real. Gemini Live: identificou a planta, elogiou o gato e disse que ela não é tóxica para o felino. Reprodução Um destaque, que surgiu primeiro na Samsung e agora está disponível para outras marcas, é o Circular para Pesquisar. Ativado com um toque na base da tela, o recurso permite fazer buscas no Google circulando palavras ou imagens, com resultados bastante rápidos. Precisa copiar a chave Pix de uma foto? Só ativar o recurso. Circular para pesquisar: basta tocar na base da tela, marcar o que quer procurar e o Google encontra Reprodução É algo que um app do buscador também faria, mas com a vantagem de apenas rabiscar na tela e ter uma resposta quase imediata. O que não é legal? O recurso Now Brief é um resumão de atividades físicas, sono e de saúde, previsão do tempo e compromissos do dia. Pode ser útil, mas nem todo dono de um celular da marca também tem tem acessórios dela (como smartwatches e fones de ouvido). O app Notas também consegue gerar imagens a partir de desenhos, mas os resultados são, digamos, menos criativos do que os do Image Studio da Motorola. A partir de um desenho de rabisco parecido nos dois celulares, a Motorola gerou imagens completas. O Samsung criou algo que lembra uma batata com palitos. A partir de um desenho parecido, Samsung e Motorola geraram soluções bem distintas Reprodução Conclusão Inteligência artificial no celular não é algo que todo mundo vai utilizar o tempo todo. Vale a pena para funções específicas, dependendo do que cada fabricante oferece. Então, não precisa ter exatamente o modelo mais novo por causa da IA de qualquer marca. Os apps de conversação como Gemini e ChatGPT cumprem bem a função de entender e explicar o mundo ao redor, o que é bem legal. E funcionam na maioria dos celulares mais antigos, vale ressaltar. Esta reportagem foi produzida com total independência editorial por nosso time de jornalistas e colaboradores especializados. Caso o leitor opte por adquirir algum produto a partir de links disponibilizados, a Globo poderá auferir receita por meio de parcerias comerciais. Esclarecemos que a Globo não possui qualquer controle ou responsabilidade acerca da eventual experiência de compra, mesmo que a partir dos links disponibilizados. Questionamentos ou reclamações em relação ao produto adquirido e/ou processo de compra, pagamento e entrega deverão ser direcionados diretamente ao lojista responsável. Por que a nova IA do Google virou a queridinha dos vídeos bizarros e bobos no TikTok Quem são os novos fabricantes chineses que vendem celulares no Brasil?

29/06/2025

'Indústria do sexo me recrutou quando era adolescente': como modelos de países pobres são aliciadas com promessa de dinheiro fácil

Uma mulher colombiana descreve para a BBC como foi recrutada para trabalhar com vídeos sexuais aos 17 anos e incentivada a transmitir ao vivo da escola. Keiny começou a trabalhar como modelo de webcam quando tinha 17 anos de idade. Agora, ela tem 20 anos Jorge Calle / BBC Importante: esta reportagem contém detalhes de exploração sexual que podem ser perturbadores para alguns leitores. Certa tarde, quando Isabella (nome fictício) saía da escola após o final das aulas, alguém deixou um folheto na sua mão. "Você quer ganhar dinheiro com a sua beleza?", questionava o papel. Ela conta que um estúdio procurando modelos aparentemente estava abordando estudantes adolescentes da sua região, na capital da Colômbia, Bogotá. Com 17 anos de idade e um filho de dois anos para sustentar, Isabella precisava de dinheiro desesperadamente. Por isso, ela foi até lá para saber mais. Ela conta que, quando chegou, encontrou um estúdio de sexcam, administrado por um casal em um bairro degradado da cidade. A casa tinha oito cômodos decorados como quartos de dormir. Os estúdios variam de pequenas operações de baixo custo até grandes empresas, com quartos individuais equipados com iluminação, computadores, webcams e conexão à internet. As modelos realizam atos sexuais que são transmitidos para espectadores de todo o mundo. Eles enviam mensagens e fazem pedidos por intermediários, conhecidos como monitores. Isabella conta que começou a trabalhar no dia seguinte, mesmo sendo ilegal na Colômbia que os estúdios empreguem modelos de webcam com menos de 18 anos de idade. Ela contou ao Serviço Mundial da BBC que não havia contrato por escrito, detalhando quanto ela iria receber ou quais eram os seus direitos. "Eles me puseram no streaming sem me ensinar nada", afirma ela. "Eles disseram 'aqui está a câmera, vamos lá.'" Isabella conta que o estúdio logo sugeriu que ela fizesse uma transmissão ao vivo na escola. Por isso, enquanto seus colegas de classe estudavam inglês, ela pegou silenciosamente seu celular e começou a filmar a si própria na sua carteira. Ela relembra que os espectadores começaram a pedir que ela fizesse atos sexuais específicos. Por isso, ela pediu ao professor permissão para ir ao banheiro. E, trancada em um cubículo, ela atendeu aos pedidos dos clientes. Seu professor não tinha ideia do que estava acontecendo. "Por isso, comecei a fazer aquilo em outras aulas", ela conta. "Fiquei pensando, 'é pelo meu filho, estou fazendo isso por ele'. Isso me deu força." Ativistas em Bogotá, na Colômbia, reivindicam proteção dos direitos e das modelos de webcams, com regulamentação mais rigorosa do setor BBC Leia também: Casamento de Bezos gera protestos em Veneza; moradores dizem que cidade virou 'parque dos ricos' Contas recicladas e IDs falsas A indústria global das sexcams está em grande expansão. O número de visualizações mensais das plataformas de webcams em todo o mundo mais que triplicou desde 2017, atingindo cerca de 1,3 bilhões de visualizações em abril deste ano, segundo a empresa de análises Semrush. Estima-se que a Colômbia seja o país com mais modelos ? 400 mil, ao todo, com 12 mil estúdios de sexcams, segundo a organização Fenalweb, que representa o setor de webcams adultas do país. Esses estúdios filmam e alimentam o conteúdo para as plataformas globais de webcams. Elas transmitem as imagens para milhões de espectadores pagantes de todo o mundo, que fazem pedidos, oferecem gorjetas e compram presentes para as modelos. Muitas delas trabalham nos estúdios porque, em casa, não têm privacidade, equipamento ou conexão estável à internet ? principalmente quando são pobres ou jovens que moram com seus pais. Elas declararam à BBC que os estúdios costumam tentar atrair as pessoas com a promessa de ganhar dinheiro fácil, em um país onde um terço da população vive na pobreza. As modelos explicaram que, embora alguns estúdios sejam bem administrados e ofereçam apoio técnico, entre outros, os abusos pelos operadores inescrupulosos são frequentes. O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, descreveu os donos de estúdios como "senhores de escravas", que iludem mulheres e meninas, como Isabella, e as fazem acreditar que podem ganhar um bom dinheiro. As quatro maiores plataformas de webcams que transmitem material desses estúdios ? BongaCams, Chaturbate, LiveJasmin e StripChat, sediadas na Europa e nos Estados Unidos ? mantêm verificações que, supostamente, garantem que as pessoas que se apresentam nos vídeos tenham 18 anos ou mais. As leis da União Europeia e dos Estados Unidos proíbem a distribuição de material sexualmente explícito que envolva qualquer pessoa com menos de 18 anos. Mas as modelos contaram à BBC que é possível evitar essas verificações com muita facilidade, se um estúdio quiser empregar meninas menores de idade. Elas afirmam que uma forma de fazer isso é "reciclar" velhas contas de modelos maiores de idade que não se apresentam mais e oferecê-las a meninas mais jovens. Isabella conta que foi assim que ela conseguiu aparecer no Chaturbate e no StripChat quando tinha 17 anos. "A dona do estúdio disse que ser menor de idade não era problema", relembra Isabella, agora com 18 anos. "Ela usava a conta de outra mulher e comecei a trabalhar com aquela identidade." Outras modelos entrevistadas pela BBC também disseram que receberam IDs falsas dos estúdios. Uma delas, Keiny, afirma que isso permitiu que ela aparecesse na plataforma BongaCams quando tinha 17 anos. A representante da plataforma BongaCams na Colômbia, Milley Achinte, afirma que visita os estúdios para inspecionar as condições de trabalho BBC A representante do BongaCams na Colômbia, Milley Achinte, declarou à BBC que a plataforma não permite que menores de 18 anos se apresentem e as contas que desrespeitarem esta norma são fechadas. Achinte destacou que a plataforma verifica as IDs em um site do governo colombiano e, se uma "modelo entrar em contato conosco e soubermos que ela deixou o estúdio, nós damos a ela sua senha para que ela possa fechar a conta". Em declaração à BBC, a plataforma Chaturbate afirmou que suspendeu "categoricamente" o uso de IDs falsas e que as modelos devem apresentar regularmente imagens ao vivo de si próprias ao lado de seus documentos de identidade oficiais com foto, que são verificados digital e manualmente. A plataforma afirma que possui, "em média, um revisor a cada menos de 10 pessoas" e qualquer tentativa de reciclar contas "irá fracassar" porque "o processo de verificação de idade é contínuo, pois todas as transmissões são analisadas e verificadas constantemente". O StripChat também enviou uma declaração, afirmando que mantém "política de tolerância zero em relação às modelos menores de idade" e que as pessoas que se apresentam "devem passar por um processo rigoroso de verificação da idade". A plataforma acrescenta que sua equipe de moderação própria trabalha com serviços de verificação externos para "verificar a identidade das modelos". O site declarou que contas recicladas não podem ser usadas na plataforma e que mudanças recentes das suas normas estabelecem que a dona da conta deve estar presente em todas as transmissões. "Por isso, se uma modelo se mudar para uma nova conta para trabalhar de forma independente, a conta original ligada a elas fica inativa e não pode ser usada pelo estúdio." A plataforma LiveJasmin não respondeu ao pedido de comentários enviado pela BBC. A modelo de webcam colombiana Keiny se prepara para iniciar o streaming BBC Os espectadores 'gostam quando você parece jovem' Keiny tem agora 20 anos de idade e trabalha no quarto de casa em Medellín, na Colômbia. Ela produz streamings através de outro estúdio, que fornece acesso às grandes plataformas internacionais. Não fosse pelo equipamento de alta tecnologia ? vários anéis de luz, câmera e um grande monitor ?, o cenário poderia passar por um quarto de criança. Há cerca de uma dúzia de animais de pelúcia, unicórnios cor-de-rosa e ursos de brinquedo. Os espectadores "gostam muito quando você parece jovem", segundo ela. "Às vezes, acho isso problemático. Alguns clientes dizem que você age realmente como uma criança e isso não é bom." Keiny conta que começou a trabalhar no setor para ajudar financeiramente sua família, depois que seus pais decidiram se divorciar. Seu pai sabe o que ela faz e Keiny conta que ele a apoia. Analisando o que aconteceu, ela acredita que era jovem demais quando começou, aos 17 anos de idade. Mas, mesmo assim, ela não critica seus antigos empregadores. Na verdade, ela acredita que eles a ajudaram a conseguir um trabalho que, agora, rende para ela cerca de 2 mil dólares (cerca de R$ 11 mil por mês). O valor é muito superior ao salário mínimo colombiano, que é de cerca de 300 dólares (cerca de R$ 1,6 mil) mensais. "Graças a este trabalho, estou ajudando minha mãe, meu pai e minha irmã ? toda a minha família", ela conta. Seu ponto de vista coincide com o dos estúdios. Alguns deles são ávidos para demonstrar que cuidam das pessoas. Visitamos um dos maiores deles, a AJ Studios. Fomos apresentados a um psicólogo próprio, contratado para oferecer apoio à saúde mental das modelos. Também fomos levados a um spa, que oferece serviços de pedicure, massagens, botox e preenchimento labial com "desconto" ou como prêmio para as "funcionárias do mês" ? que podem ser pessoas com altos ganhos ou que colaboram e oferecem apoio às suas colegas. Multada por ir ao banheiro Mas, como destacou o presidente colombiano, nem todas elas são bem tratadas ou ganham muito dinheiro. E o setor aguarda para saber se a sua nova legislação trabalhista irá abrir o caminho para endurecer as regulamentações. Modelos e estúdios declararam à BBC que as plataformas de streaming costumam ficar com 50% dos valores pagos pelos espectadores. Os estúdios ficam com 20 a 30% e as modelos, com o restante. Isso significa que, se uma apresentação render 100 dólares (R$ 550), a modelo normalmente irá ganhar entre 20 e 30 dólares (R$ 110 a R$ 165). Mas elas afirmam que estúdios inescrupulosos costumam ganhar muito mais. As modelos contam que houve ocasiões em que elas se logaram para sessões de até oito horas e ganharam 5 dólares (cerca de R$ 27). Isso pode acontecer se uma apresentação não tiver muitos espectadores. Outras afirmam que foram pressionadas a permanecer no streaming por até 18 horas sem intervalos e foram multadas quando pararam para comer ou ir ao banheiro. Estes relatos coincidem com um relatório do grupo ativista Human Rights Watch, publicado em dezembro de 2024. Sua autora, Erin Kilbride, participou das pesquisas para a elaboração desta reportagem. Ela encontrou pessoas sendo filmadas em cubículos minúsculos e sujos, infestados de percevejos e baratas. Elas sofriam coerção para realizar atos sexuais que consideravam dolorosos e degradantes. Sofi conta que trabalhou para um estúdio que a pressionava para realizar atos sexuais que ela não queria fazer Jorge Calle / BBC Sofi, de Medellín, tem dois filhos. Ela foi garçonete em uma casa noturna. Cansada de ser insultada pelos clientes, ela deixou o emprego para ser modelo de webcam. A jovem de 26 anos conta que trabalhou para um estúdio que a pressionava para realizar atos sexuais dolorosos e degradantes, incluindo uma apresentação com três outras meninas. Ela explica que os clientes faziam esses pedidos, que eram aceitos pelos monitores do estúdio ? funcionários empregados para agir como intermediários entre as modelos e os espectadores. Sofi conta ter dito ao estúdio que não queria praticar esses atos, "mas eles responderam que eu não tinha escolha". "Por fim, precisei fazer porque era aquilo, ou eles cancelariam minha conta", ou seja, sua conta seria efetivamente fechada, explica ela. Sofi continua trabalhando em estúdios de webcam porque, segundo ela, o salário normal na Colômbia não seria suficiente para seu sustento e dos seus dois filhos. Agora, ela está economizando para entrar na faculdade de Direito. Sofi conta que seu trabalho no setor de sexcams permite que ela sustente seus dois filhos e economize para estudar Direito BBC Erin Kilbride ressalta que a Colômbia não é o único país a enfrentar estas questões. Ela descobriu que, somadas, as quatro grandes plataformas de streaming também transmitem material de estúdios localizados em 10 outros países: África do Sul, Bulgária, Canadá, Estados Unidos, Hungria, Índia, República Checa, Romênia, Rússia e Ucrânia. Ela conta ter identificado "lacunas nas políticas e protocolos das plataformas que possibilitam ou exacerbam abusos dos direitos humanos". A BBC questionou as plataformas sobre as condições nos estúdios fornecedores de conteúdo. Miley Achinte, da plataforma BongaCams, respondeu que faz parte de uma equipe de oito mulheres que visita alguns estúdios na Colômbia, "para garantir que as modelos sejam pagas, que os quartos sejam limpos e que elas não estejam sendo violentadas". O StripChat e o Chaturbate não visitam os estúdios. Eles disseram que não são empregadores diretos das modelos e, por isso, não intervêm nas condições definidas entre elas e os estúdios. Mas as duas plataformas declararam seu compromisso com um ambiente de trabalho seguro. O StripChat destacou que espera que os estúdios garantam "condições de trabalho confortáveis e respeitosas". As plataformas BongaCams, StripChat e Chaturbate responderam que dispõem de equipes para intervir, se acreditarem que uma modelo esteja sendo forçada ou sofrendo coerção para fazer alguma coisa. 'Eles me enganaram' Depois de dois meses acordando às cinco da manhã para conciliar o streaming, a escola e os cuidados com o filho, Isabella conta que estava ansiosa para receber seu primeiro pagamento. Depois que a plataforma e o estúdio deduziram a parte deles, ela explica que recebeu apenas 174 mil pesos colombianos (42 dólares, cerca de R$ 230), muito menos do que ela esperava. Isabella acredita que o estúdio tenha pagado a ela um percentual muito abaixo do combinado e roubado a maior parte dos seus ganhos. Ela diz que o pagamento foi uma ninharia e que usou parte dele para comprar leite e fraldas. "Eles me enganaram", segundo ela. Isabella segue na escola. Ela trabalhou como modelo de webcam apenas por alguns meses e pediu demissão. O tratamento que ela afirma ter recebido com tão pouca idade a deixou profundamente traumatizada. Ela não conseguia parar de chorar e, por isso, sua mãe providenciou para que ela consultasse um psicólogo. Isabella e mais seis ex-funcionárias do estúdio se reuniram para entrar com uma queixa oficial junto à Procuradoria do Estado. Coletivamente, elas acusaram o estúdio de exploração de menores, exploração trabalhista e abuso do poder econômico. "Existem gravações de vídeo minhas online, quando era menor de idade", ela conta. Isabella diz que se sente impotente quando tenta remover os vídeos. "Me afetou muito e não quero mais pensar nisso." Veja também: Redes sociais não serão responsabilizadas por todos os posts criminosos, mesmo após decisão do STF, dizem especialistas IA vira aliada de pastor para criar sermões e ampliar missão da igreja Com colaboração de Woody Morris. Ouça no site BBC Sounds o documentário radiofônico do Serviço Mundial da BBC e assista no YouTube ao documentário em vídeo, que deram origem a esta reportagem (ambos em inglês). Veja também: ?Violentada a cada clique?, vítimas contam consequências da pornografia de revanche 'Deepfake ao vivo': tecnologia que muda rosto e voz em videochamada já existe na vida real

28/06/2025

Casamento de Bezos gera protestos em Veneza; moradores dizem que cidade virou 'parque dos ricos'

Na manifestação, há cartazes e notas falsas de dólar com o rosto do fundador da Amazon e uma faixa que diz 'Sem espaço para Bezos'. ''Sem espaço para Bezos', diz faixa de protesto em Veneza no sábado (28) Manuel Silvestri/Reuters Neste sábado (28), o casamento do fundador da Amazon, o bilionário Jeff Bezos, com a jornalista Lauren Sánchez gerou uma série de protestos em Veneza, na Itália. Manifestantes destacam que a cidade está sendo vista como "um cenário, um palco ou um parque de diversões". A cerimônia do matrimônio, iniciada na última quinta-feira (26), atraiu celebridades para o local, como a influenciadora e empresária Kim Kardashian, a apresentadora Oprah Winfrey e os atores Leonardo DiCaprio e Orlando Bloom. Moradores de Veneza reclamam que o evento transformou a cidade em um playground particular para os ricos. Nos protestos, há cartazes e notas falsas de dólar com o rosto de Bezos, uso de sinalizadores e uma faixa que diz "Sem espaço para Bezos". Os noivos, por exemplo, hospedaram-se no luxuoso hotel Aman, onde quartos com vista para o Grande Canal custam pelo menos 4.000 euros por noite. Apesar dos protestos, empresários e políticos venezianos elogiaram a escolha do local de casamento, por supostamente incentivar a economia local. Eles consideraram os manifestantes como uma "minoria marginal". Moradores de Veneza dizem que a cidade virou 'parque de diversão' para ricos Manuel Silvestri/Reuters Jeff Bezos e Lauren Sánchez Reuters/@laurensanchezbezos via Instagram Revolta da população Manifestantes protestam contra o casamento de Bezos Manuel Silvestri/Reuters O centro histórico de Veneza tem se despovoado rapidamente ? passou de 100.000 residentes há cerca de 50 anos para menos de 50.000 ?, em grande parte devido aos altos custos de vida. A estudante universitária Alice Bazzoli, de 24 anos, afirmou à Reuters que a postura de Bezos de doar 3 milhões de euros para instituições de Veneza é "hipócrita". "Eu adoraria que Veneza fosse feita para os cidadãos, com moradias acessíveis, e não para turistas?, diz. Segundo Andrea Segre, cineasta italiano de 49 anos nascido na cidade, os moradores comuns estão sendo expulsos. ?Pessoas entre 25 e 35 anos ? a faixa etária que começa a formar famílias ? não conseguem pagar para viver em Veneza. A consequência é a falta de diversidade e de vitalidade social?, afirmou. Quem é a mulher de Bezos: ela já foi apresentadora de TV e foi ao espaço com Katy Perry Foguete, jornal e IA: o que Jeff Bezos tem feito desde que deixou comando da Amazon Famosos deixam hotel em Veneza para o casamento de Jeff Bezos Jeff Bezos e Lauren Sánchez se beijam durante celebrações de casamento em Veneza AP Photo/Luca Bruno Jeff Bezos acena ao chegar à ilha de de San Giorgio, em frente à Praça de São Marcos, onde ocorreu a cerimônia de casamento em Veneza na sexta (27) Antonio Calanni/AP

28/06/2025

Bezos divulga foto de seu casamento milionário em Veneza; protestos continuam na cidade

Celebridades como Kim Kardashian e Leonardo Di Caprio participaram dos festejos, alvos de protestos na cidade italiana. Jeff Bezos e Lauren Sánchez Reuters/@laurensanchezbezos via Instagram O fundador da Amazon, Jeff Bezos, e a jornalista Lauren Sánchez se casaram em Veneza, na Itália, diante de convidados famosos como Kim Kardashian. A noiva divulgou uma foto da cerimônia principal nesta sexta (27), usando um vestido criado pela grife Dolce & Gabanna. Bezos, Sánchez e diversas celebridades circulam pela cidade desde quarta-feira (25). O casal se hospedou no luxuoso hotel Aman, onde quartos com vista para o Grande Canal custam pelo menos 4.000 euros por noite. Famosos deixam hotel em Veneza para o casamento de Jeff Bezos Alguns moradores locais e grupos reclamam que o evento transformou a cidade em um "parque de diversões particular" para os ricos. Cartazes e notas falsas de dólar com o rosto de Bezos foram usados em protestos contra o evento. No sábado (28), novos protestos ocorreram em Veneza contra a presença de Bezos. Manifestantes colocaram uma faixa escrito "Sem espaço para Bezos" na ponte Rialto e acenderam sinalizadores de fumaça. O casal Bezos e Sánchez apareceu em público para a última parte da festa na manhã do sábado, no Harry's Bar. "Sem espaço para Bezos", diz faixa de protesto em Veneza no sábado (28) Manuel Silvestri/Reuters Jeff Bezos e Lauren Sánchez se beijam durante celebrações de casamento em Veneza AP Photo/Luca Bruno Jeff Bezos acena ao chegar à ilha de de San Giorgio, em frente à Praça de São Marcos, onde ocorreu a cerimônia de casamento em Veneza na sexta (27) Antonio Calanni/AP Quem é a mulher de Bezos: ela já apresentou TV, pilota helicópteros e foi ao espaço com Katy Perry Foguete, jornal e IA: o que Jeff Bezos tem feito desde que deixou comando da Amazon Um sósia do bilionário também teve seus minutos de fama, confundindo fãs ao posar para fotos em Veneza. Jeff Bezos e Lauren Sánchez chegam ao Harry's Bar em Veneza neste sábado (28) Yara Nardi/Reuters Bill Gates, fundador da Microsoft, também foi convidado para o casamento de Jeff Bezos e Lauren Sánchez em Veneza. Luigi Costantini/AP Kim e Khloe Kardashian a caminho da festa de casamento de Bezos Manuel Silvestri/Reuters Leonardo DiCaprio sentado em um barco, antes do casamento do fundador da Amazon, Jeff Bezos , e da jornalista Lauren Sanchez, em Veneza, Itália. REUTERS/Guglielmo Mangiapane O estilista Domenico Dolce deixa o Palácio Gritti para o casamento de Jeff Bezos e Lauren Sánchez Manuel Silvestri/Reuters Kendall Jenner entra em um barco, antes do casamento de Jeff Bezos e Sanchez REUTERS/Guglielmo Mangiapane. A apresentadora Oprah Winfrey deixa o Palácio Gritti para o casamento de Jeff Bezos e Lauren Sánchez Manuel Silvestri/Reuters O estilista Tommy Hilfiger e o ex-jogador Tom Brady deixam o Palácio Gritti no segundo dia da festa de casamento de Jeff Bezos em Veneza Manuel Silvestri/Reuters Falsas notas de dólar com o rosto de Jeff Bezos são jogadas na praça de San Marco, em protesto contra o casamento do bilionário em Veneza Yara Nardi/Reuters

28/06/2025

IA vira aliada de pastor para criar sermões e ampliar missão da igreja

Igreja Adventista do Sétimo Dia investiu na criação de sua própria plataforma de IA e elaborou até um Código de Ética para definir os limites do uso da tecnologia. IA vira aliada de pastor para criar sermões e ampliar missão da igreja Com mais de 50 sermões para preparar por ano, o pastor Jorge Miguel Rampogna encontrou uma aliada para ajudar nessa missão: a inteligência artificial. Pastor adventista desde 2001, Rampogna já chegou a ter uma pasta com recortes de jornal onde guardava histórias que poderiam ajudar com as pregações. Hoje, é versado em prompts (comandos para a execução de tarefas pela IA). "Estou fazendo um doutorado em que a minha área de estudo está sendo justamente a aplicação da inteligência artificial na missão da igreja, que é compartilhar a palavra de Deus para mais pessoas?, contou o pastor. Com o objetivo de levar a mensagem da igreja a um público maior, a Igreja Adventista do Sétimo Dia investiu na criação de sua própria plataforma de IA e elaborou até um Código de Ética para definir os limites do uso da tecnologia. ?? Os adventistas são uma denominação evangélica presente em mais de 200 países, conhecida por pregar a iminente volta de Jesus ? o ?advento?, que dá nome ao grupo. Também são conhecidos por "guardar o sábado" como dia sagrado, reservado ao descanso e à adoração. A "IA Adventista" pretende: Responder perguntas sobre a Bíblia Auxiliar pastores com esboços de sermão Ajudar na consulta a manuais da igreja "A nossa IA vai começar a responder as perguntas da mesma forma que outras inteligências artificiais, só que a base de dados de conteúdo é cristã, e especificamente adventista, né?", explicou o pastor. A Igreja Adventista do Sétimo Dia investiu na criação de sua própria plataforma de IA e elaborou até um Código de Ética para definir os limites do uso da tecnologia. Reprodução 'Máquinas não podem substituir pensamento' Apesar do auxílio dado pelas ferramentas tecnológicas, o pastor disse que se preocupa com a substituição da autonomia do pensamento por respostas fabricadas. "Máquinas não podem substituir aquilo que é um dom sagrado do ser humano, que é a capacidade do pensamento", disse Rampogna. Assim, ele reforça que para fazer os sermões com a ajuda da IA, não abre mão da pesquisa feita à moda antiga. Veja o passo a passo ao preparar um sermão: A primeira etapa é a leitura da Bíblia; Em seguida, Jorge sublinha os trechos que gostaria de destacar e toma notas em um caderno físico.; Ele passa as anotações para uma plataforma de inteligência artificial, como o ChatGPT, e pergunta se a ferramenta tem mais referências ou livros sobre aquele assunto; Com a pesquisa completa, escreve o rascunho do sermão; Recorre à IA mais uma vez, desta vez para revisar o texto escrito. "Então, [a IA] me ajuda também na edição final desse conteúdo e, a partir disso, agora sim, eu já tenho o sermão escrito", contou o pastor. Criação de imagens de santos O uso de Inteligência Artificial em atividades religiosas também chegou às equipes de comunicação das igrejas. Entre os adventistas, por exemplo, Rampogna destaca a criação de campanhas em redes sociais por igrejas locais. Entre os católicos, a Congregação Copiosa Redenção, que ficou conhecida pelas freiras do beatbox, usa a IA para criação de imagens de santos ? já que são personalidades com pouco ou nenhum registro histórico. Em seu perfil nas redes sociais, a Copiosa Redenção já publicou imagens criadas digitalmente de São Matias e Santa Mônica, por exemplo. Imagem de Santa Mônica criada por inteligência artificial e divulgada pela Congregação Copiosa Redenção. Santos têm pouco ou nenhum registro histórico Reprodução/Instagram IA não deve ser 'divinizada', diz Vaticano Em um extenso texto de mais de 100 parágrafos, o Vaticano, em janeiro deste ano, falou sobre a relação entre a inteligência artificial e a inteligência humana. A Santa Sé entende a IA como algo funcional: executa tarefas de maneira eficaz sem compreender, sentir ou julgar moralmente. Já o ser humano é criado para a comunhão, não apenas para tarefas funcionais: isso o diferenciaria radicalmente da IA. O Vaticano afirmou ainda que a "idolatria tecnológica" é uma tentação moderna, mas que a tecnologia deve ser usada apenas como instrumento complementar à inteligência humana. "Não é a IA que será divinizada e adorada, mas sim o ser humano, que, dessa forma, torna-se escravo de sua própria criação", disse o texto. Brasileiros são pagos para treinar inteligência artificial a não sugerir 'beber até cair' e a falar corretamente sobre nazismo Primeira etapa para ciração de sermão é a leitura da Bíblia, diz pastor Rampogna. Inteligência artificial vem depois, como ferramenta complementar. Priscilla Du Preez via unsplash

28/06/2025

Terras raras: conheça os minerais pouco conhecidos que dão poder à China na era digital

Presentes em celulares, carros elétricos e armas militares, os elementos desses compostos são estratégicos ? e quase todos vêm do gigante asiático. Terras raras: o que são as matérias-primas do acordo comercial anunciado por Trump entre EUA e China As terras raras formam um grupo de 17 elementos químicos essenciais para o funcionamento de diversos produtos modernos ? de smartphones e televisores a câmeras digitais e LEDs. Apesar de usados em pequenas quantidades, são insubstituíveis. O uso mais importante dessas substâncias está na fabricação de ímãs permanentes. Potentes e duráveis, esses ímãs mantêm suas propriedades magnéticas por décadas. Com eles, é possível produzir peças menores e mais leves, algo essencial para turbinas eólicas e veículos elétricos. Esses elementos também são fundamentais para a indústria de defesa. Estão presentes em aviões de caça, submarinos e equipamentos com telêmetro a laser. Justamente por essa relevância estratégica, o valor comercial é elevado. O quilo de neodímio e praseodímio ? os mais usados na produção de ímãs ? custa cerca de 55 euros (R$ 353). Já o de térbio pode ultrapassar 850 euros (R$ 5.460). Para comparação, o minério de ferro custa cerca de R$ 0,60 o quilo. Apesar do nome, as terras raras não são exatamente raras. Estão espalhadas por todo o mundo, mas em concentrações muito pequenas. O desafio é encontrar depósitos onde a extração seja economicamente viável. Hoje, 70% da produção global vem da China, segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS). A principal mina é Bayan Obo, no norte do país. Ela reúne enormes quantidades de todos os elementos usados em ímãs permanentes e supera em larga escala depósitos como Monte Weld, na Austrália, e Kvanefjeld, na Groenlândia. 'Terras raras' são ponto-chave na geopolítica mundial, e Brasil tem potencial na área; entenda Áreas com minerais cobiçados e alvo de um acordo entre EUA e Ucrânia Monopólio chinês preocupa Ocidente Depois de extraídos, os elementos passam por processos complexos de separação e refino até se tornarem compostos utilizáveis. Essa etapa também é dominada pela China, que lidera a produção mundial de ímãs. O controle é ainda maior em relação a certos elementos. Os mais leves ? com exceção de neodímio e praseodímio ? são mais abundantes e fáceis de extrair. Mesmo assim, a União Europeia importa de 80% a 100% desse grupo da China. Para os elementos mais pesados, a dependência chega a 100%. Na última quinta (26), os Estados Unidos anunciaram um acordo com a China para acelerar a chegada de terras raras vindas do país asiático. O domínio chinês acendeu alertas no Ocidente. Nos últimos anos, EUA e UE começaram a formar reservas estratégicas de terras raras e outros materiais críticos. Em 2024, a União Europeia aprovou a Lei de Matérias-Primas Críticas, com metas não obrigatórias para aumentar a produção interna até 2030. O texto também cria a figura dos ?projetos estratégicos? ? dentro do bloco ou com aliados, como a Noruega ? para facilitar acesso a financiamento e acelerar processos de aprovação. Nos Estados Unidos, o Departamento de Defesa investe desde 2020 em empresas nacionais com o objetivo de criar, até 2027, uma cadeia de fornecimento completa ? da extração ao ímã final. Elementos como gálio, germânio e antimônio estão entre os mais relevantes para o país. UE e EUA também demonstram interesse em novas fontes desses minerais. Sob o governo Trump, a Ucrânia e a Groenlândia foram apontadas como potenciais fornecedoras. Ambas têm depósitos promissores, mas o acesso é difícil. Enquanto isso, o futuro do abastecimento de terras raras no Ocidente segue incerto ? e no centro de disputas geopolíticas e tecnológicas. As terras raras são minerais compõem um grupo de 17 elementos químicos encontrados na natureza, Reprodução/Jornal Nacional Veja mais: Musk diz que robotáxi pode chegar às ruas ainda em junho e promete carro que vai sozinho ao dono O lavador de pratos que criou a Nvidia, a empresa mais valiosa do mundo

28/06/2025

Quais crimes obrigam redes sociais a remover posts por conta própria

STF listou sete casos em que plataformas devem remover postagens sem precisar de ordem judicial. Elas serão responsabilizadas quando houver 'falha sistêmica' que permite circulação de conteúdo criminoso. STF amplia a responsabilidade das plataformas digitais pelo que publicam O Supremo Tribunal Federal (STF) listou na última quinta-feira (26) mais sete casos em que redes sociais devem derrubar posts criminosos por conta própria, isto é, sem precisar de ordem judicial. Até então, as plataformas só eram obrigadas a derrubar conteúdos sem ordem judicial em dois casos: posts com cenas de nudez ou atos sexuais divulgados sem autorização e violações de direitos autorais. Os ministros definiram que as plataformas serão responsabilizadas quando a Justiça entender que há uma "falha sistêmica" que permite a circulação de posts criminosos. Segundo o STF, será considerada falha sistêmica deixar de adotar medidas adequadas de prevenção e remoção de conteúdos que envolvam um dos crimes abaixo: condutas e atos antidemocráticos; crimes de terrorismo ou preparatórios de terrorismo; crimes de induzimento, instigação ou auxílio a suicídio ou a automutilação; incitação à discriminação em razão de raça, cor, etnia, religião, procedência nacional, sexualidade ou identidade de gênero (condutas homofóbicas e transfóbicas); crimes praticados contra a mulher em razão da condição do sexo feminino, inclusive conteúdos que propagam ódio ou aversão às mulheres; crimes sexuais contra pessoas vulneráveis, pornografia infantil e crimes graves contra crianças e adolescentes; tráfico de pessoas. As plataformas também serão responsabilizadas se não derrubarem conteúdos em casos de crime, atos ilícitos e contas inautênticas a partir de notificações extrajudiciais, aquelas enviadas antes da abertura de um processo formal. As determinações surgem após o STF considerar parcialmente inconstitucional o artigo 19 do Marco Civil da Internet. O trecho diz que redes sociais só são responsáveis pela postagem de um usuário se não atenderem ordem judicial que obrigue a derrubada do conteúdo. Mas os ministros concluíram que o artigo 19 gera um estado de omissão parcial porque não garante proteção suficiente a direitos fundamentais e à democracia. Veja perguntas e respostas sobre a decisão do STF O que dizem as redes sociais sobre novas regras Para quem vale essa regra? A medida vale para provedores de aplicações de internet, como redes sociais abertas, apenas nas situações citadas na lista acima. No caso de crimes contra a honra, continua valendo o que diz o artigo 19, isto é, a plataforma só será responsabilizada se não cumprir ordem judicial para remover o conteúdo. Mas elas poderão optar por derrubá-lo mediante notificação extrajudicial. As regras não valem para serviços de e-mail, serviços cuja função principal é realizar chamadas de vídeo ou voz e aplicativos de mensagens, que seguem com a regra do artigo 19. Plataformas que funcionam como marketplaces respondem de acordo com o Código de Defesa do Consumidor. Ícones do Facebook, Messenger, Instagram, WhatsApp e X Julian Christ/Unsplash Como vai funcionar? Se uma rede social for processada pela vítima de uma postagem criminosa, a Justiça vai analisar se a plataforma adotou medidas para derrubar o conteúdo. "Não é porque alguém foi vítima de um crime de ódio ou discriminação que a rede vai ser automaticamente responsabilizada, tem que haver uma falha sistêmica", explicou Álvaro Palma de Jorge, advogado constitucionalista e professor da FGV Direito Rio. Em alguns casos listados, pode ser mais difícil concluir se o conteúdo é criminoso ou não. Isso pode dar ainda mais poder às redes sociais, avaliou Demi Getschko, diretor-presidente do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br). "Isso parece um certo contrassenso. Para combater o poder delas, você dá a elas também o direito de decidir o que é e o que não é [crime], eu acho complicado". No caso de crimes que não são considerados graves, em que as plataformas serão responsabilizadas se não atenderem notificação extrajudicial, pode haver novos problemas, disse Carlos Affonso Souza, advogado e diretor do Instituto de Tecnologia e Sociedade do Rio (ITS). "Agora, praticamente todo o conteúdo ilícito foi jogado nessa prateleira. Isso pode levar à remoção excessiva de conteúdos lícitos, pois as plataformas vão preferir não correr riscos", afirmou. Sósia de Bezos posa para fotos em Veneza e confunde turistas

27/06/2025

Windows decreta fim da temida 'tela azul'; veja como será nova versão

Microsoft está atualizando a tela de erro para facilitar a recuperação do sistema e simplificar o alerta ao usuário. Windows decreta fim da temida 'tela azul'; veja como será nova versão Se você usa Windows, provavelmente já se deparou com a temida "tela azul da morte" (também conhecida como BSOD) ? um erro do sistema que faz o computador travar e reiniciar. Após 40 anos, esse aviso clássico está com os dias contados: a Microsoft vai mudar a forma como essa falha é exibida. A nova versão terá fundo preto e exibirá a mensagem: "Seu dispositivo apresentou um problema e precisa ser reiniciado". Com isso, a tela deixa de exibir o icônico "rostinho triste :(" e o QR Code que ajuda o usuário a identificar o problema (veja na imagem abaixo). A nova tela de reinicialização inesperada do Windows 11 Divulgação/Microsoft Segundo o site The Verge, a empresa anunciou a mudança no início do ano. Em um comunicado divulgado nesta quinta-feira (26), a Microsoft compartilhou mais detalhes sobre a alteração e informou que a nova versão será lançada neste "verão" dos EUA. "A interface atualizada melhora a legibilidade e se alinha melhor com os princípios de design do Windows 11, preservando as informações técnicas na tela para quando forem necessárias", explicou a empresa. A empresa explica que a mudança vai além da nova "tela preta" e afirma que a atualização permitirá recuperar o PC mais rapidamente. 'Tela azul da morte' do Windows. Reprodução/Microsoft Quando ocorre uma falha que impede o funcionamento correto dos dispositivos, a Microsoft pode enviar atualizações automáticas para corrigir o problema rapidamente, sem que o usuário ou a equipe de TI precise fazer nada manualmente, explicou em comunicado. As atualizações fazem parte dos esforços da Microsoft para aumentar a resiliência do Windows, principalmente após o incidente com o CrowdStrike no ano passado, que causou a queda de milhões de máquinas pelo mundo, segundo a agência Associated Press. LEIA TAMBÉM: Redes sociais não serão responsabilizadas por todos os posts criminosos, mesmo após decisão do STF, dizem especialistas Foguete, jornal e IA: o que Jeff Bezos tem feito desde que deixou comando da Amazon México promete processar SpaceX por poluição ligada a lançamentos de foguetes Tela azul no aeroporto de Newark, nos EUA, durante apagão cibernético Bing Guan/Reuters Por que o Brasil não foi tão afetado no apagão cibernético? VÍDEO: Windows 11 - O que há de novo no sistema da Microsoft Como criar uma senha forte, difícil de ser violada, e proteger suas contas

27/06/2025

Redes sociais não serão responsabilizadas por todos os posts criminosos, mesmo após decisão do STF, dizem especialistas

Advogados destacam que punição dependerá da constatação de falhas sistêmicas na moderação. STF amplia a responsabilidade das plataformas digitais pelo que publicam Redes sociais não serão responsabilizadas por todos os posts criminosos, mesmo depois de o Supremo Tribunal Federal (STF) determinar situações em que esses conteúdos devem ser derrubados sem ordem judicial, dizem especialistas ouvidos pelo g1. Até então, o Marco Civil, que rege a internet no Brasil, só previa isso em casos de posts com cenas de nudez ou de atos sexuais de caráter privado, sem a autorização dos participantes. Mas a mudança determinada pelo STF só valerá quando a Justiça entender que existiu falha sistêmica das plataformas, segundo advogados. "O caso individual, a princípio, serve para lançar luz sobre o tema, mas a responsabilização só ocorre se for identificado um problema maior, recorrente", disse Álvaro Palma, advogado constitucionalista e professor da FGV Direito Rio. O que dizem as redes sociais sobre decisão do STF O que o STF mudou em relação às redes O julgamento no STF sobre as redes foi encerrado nesta quinta (26), mas os ministros já tinham formado maioria no último dia 11. Além da conclusão dos votos, faltava que acertassem os detalhes sobre em quais casos se daria essa responsabilização das redes, o que também foi feito nesta quinta. O Supremo definiu três formas de atuação das redes sociais contra posts ilegais, conforme o tipo de crime encontrado: remoção proativa, sem necessidade de notificação/ordem judicial - para casos considerados graves, como discurso de ódio, racismo, pedofilia, pornografia infantil, incitação à violência, crimes contra a mulher, tráfico de pessoas e defesa de golpe de Estado; remoção após ordem judicial - para crimes contra a honra (como calúnia, injúria e difamação) remoção após notificação extrajudicial (pelo usuário ou advogados) - para "danos decorrentes de conteúdos gerados por terceiros em casos de crime ou atos ilícitos", ou seja, para os demais crimes. É o chamado "notice and action", que é aplicado na União Europeia. Quem decide se existe falha recorrente? Segundo o STF, conteúdos como discurso de ódio, racismo, pedofilia, incitação à violência e defesa de golpe de Estado devem ser removidos pelas plataformas de forma proativa e imediata ? mesmo sem notificação prévia ou decisão judicial. A responsabilidade civil, no entanto, só se aplica quando houver uma falha sistêmica, segundo Carlos Affonso Souza, advogado e diretor do Instituto de Tecnologia e Sociedade do Rio (ITS). Ele explica que não existe uma definição jurídica precisa do que é uma falha sistêmica, mas que, de forma geral, se refere a situações em que falhas recorrentes das plataformas permitem a disseminação massiva de conteúdos ilícitos, gerando impactos graves e coletivos à sociedade. Para Affonso, essa decisão do Supremo faz sentido, até porque as plataformas não teriam capacidade de monitorar tudo que circula nelas, mesmo com a ajuda de programas específicos. ?Não existe no mundo um software capaz de identificar com 100% de precisão, por exemplo, um ato antidemocrático.? Ele alerta ainda que, até agora, não está definido quem decidirá se houve falha recorrente nas plataformas. ?O Supremo incorporou a ideia de risco sistêmico, que veio do PL das Fake News, mas não explicou quem decide se o risco é sistêmico: se será um juiz, o Ministério Público ou algum novo órgão?, afirmou. O 'meio termo' que preocupa Já o cenário em que as plataformas poderão ser responsabilizadas se não removerem o conteúdo ilegal após uma notificação extrajudicial pode levar a novos problemas, na visão de Affonso. Isso porque, diferentemente dos casos graves, em que a remoção deve ser feita sem notificação, o STF não determinou quais crimes se enquadram nessa situação. ?Minha crítica é que, agora, praticamente todo o conteúdo ilícito foi jogado nessa prateleira. Isso pode levar à remoção excessiva de conteúdos lícitos, pois as plataformas vão preferir não correr riscos.? Para Álvaro Palma, da FGV Direito Rio, a ideia de que possa haver remoções desnecessárias não se sustenta. ?Já existe controle. Hoje, ele é feito com base nos termos e condições de uso das plataformas. O que o Estado está dizendo agora é que esses mecanismos são insuficientes?, avalia. Crimes contra a honra Para crimes contra a honra (como calúnia, injúria e difamação), o STF manteve a necessidade de ordem judicial prévia para a remoção do conteúdo. ?Você se sentiu injuriado? Só depois que sair a decisão judicial ? e se ela for descumprida ? é que a plataforma poderá ser responsabilizada. Isso não mudou?, explica Palma. Affonso concorda com a decisão do Supremo. ?Se (esses crimes) entrassem na lógica da notificação extrajudicial, isso poderia reduzir a visibilidade de denúncias, o que seria negativo?, afirma. O que muda com a decisão do STF sobre responsabilidade das redes Arte/g1 Redes sociais: Facebook, Instagram, Twitter, WhatsApp https://g1.globo.com/economia/agronegocios/noticia/2023/11/26/por-que-a-mosca-maldita-que-ameaca-as-frutas-no-brasil-e-uma-das-mais-perigosas-do-mundo.ghtml Veja mais: O desgastante trabalho humano por trás do ChatGPT: 'Não é tão emocionante quando descobrimos o que envolve' Vazamento de dados expõe 16 bilhões de senhas; veja como se proteger

27/06/2025

O que dizem as redes sociais sobre ampliação da responsabilidade sobre conteúdo publicado

STF decidiu que plataformas poderão ser punidas se não derrubarem posts criminosos ou ofensivos após notificação. Em casos mais graves, deve agir mesmo sem ordem judicial. Ícones do Facebook, Messenger, Instagram, WhatsApp e X Julian Christ/Unsplash O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta quinta-feira (26) ampliar a responsabilidade das redes sociais sobre conteúdo publicado. Oito ministros votaram a favor e três, conta. As plataformas poderão ser punidas se não derrubarem alguns tipos de posts criminosos ou ofensivos após notificação. Em casos mais graves, deve agir mesmo sem ordem judicial, determinou o STF. Remoção 'proativa' de racismo, discurso de ódio: o que o STF decidiu sobre as redes O julgamento foi encerrado nesta quinta, mas o Supremo já tinha formado maioria no último dia 11. Além da conclusão dos votos, faltava também que os ministros acertassem os detalhes sobre em quais casos se daria essa responsabilização das redes. O g1 procurou as principais redes sociais após a conclusão do julgamento. A Meta, proprietária do Instagram e do Facebook, afirmou: "Estamos preocupados com as implicações da decisão do STF sobre a liberdade de expressão e as milhões de empresas que usam nossos aplicativos para crescer seus negócios e gerar empregos no Brasil". O Google, dono do YouTube, afirmou que analisa a decisão, "em especial a ampliação dos casos de remoção mediante notificação (previstos no Artigo 21), e os impactos em nossos produtos". STF amplia a responsabilidade das plataformas digitais pelo que publicam A big tech se refere a um dos artigos do Marco Civil, a lei que rege a internet, criada em 2014 e que estava no foco do julgamento do STF. O artigo 21 já previa a possibilidade de responsabilidade quando a plataforma digital não tomasse providências de retirada de conteúdo após uma notificação extrajudicial feita pela vítima ou advogado. Mas, até então, ele se aplicava a situações específicas, como a divulgação de cenas de nudez ou de atos sexuais de caráter privado, sem a autorização dos participantes. Os demais casos eram contemplados no artigo 19 do Marco Civil, que só responsabilizava as plataformas caso elas desrespeitassem uma decisão judicial de remover o conteúdo. Agora, o STF determina que as redes sociais não devem atuar somente depois de uma ordem da Justiça. Em alguns casos, a remoção deverá acontecer de forma imediata, mesmo sem notificação extrajudicial ou ordem judicial, e a omissão pode levar a plataforma a ser punida. O Google disse ainda que, ao longo dos últimos meses, vem manifestando suas "preocupações sobre mudanças que podem impactar a liberdade de expressão e a economia digital". Para a Meta, "enfraquecer o Artigo 19 do Marco Civil da Internet traz incertezas jurídicas e terá consequências para a liberdade de expressão, inovação e desenvolvimento econômico digital, aumentando significativamente o risco de fazer negócios no Brasil". A Câmara Brasileira da Economia Digital (camara-e.net), que tem entre seus associados TikTok, Google, Meta (dona de Instagram, Facebook e WhatsApp), entre outras plataformas, diz que segue avaliando os impactos da decisão e "reforça a importância de que as teses de aplicação da decisão garantam segurança jurídica, proporcionalidade e respeito à liberdade de expressão". O que muda com a decisão do STF sobre responsabilidade das redes Arte/g1

26/06/2025

Foguete, jornal e IA: o que Jeff Bezos tem feito desde que deixou comando da Amazon

Bilionário, que se casa pela segunda vez nesta semana, investe em exploração espacial, comanda o The Washington Post e ainda dedica boa parte do tempo à própria Amazon. Famosos vão a festa de pré-casamento de Jeff Bezos em Veneza O bilionário Jeff Bezos se casa pela segunda vez nesta semana, em Veneza, em mais um capítulo de mudanças na vida pessoal e profissional nos últimos anos. As celebrações do casal na cidade italiana acontecem entre esta quinta-feira (26) e sábado (28) Bezos e a jornalista Lauren Sánchez ficaram noivos em maio de 2023. Quatro anos antes, ele se separou de MacKenzie Scott, com quem ficou casado por 25 anos, em um divórcio que teria custado US$ 35 bilhões. Na trajetória profissional, o ponto de virada ocorreu em 2021, quando Bezos deixou o cargo de CEO da Amazon, que fundou em 1994. Desde então, ele segue como presidente do conselho, mas tem se dedicado mais a outros projetos. FOTOS: Kardashians e famosos vão a festa de pré-casamento de Bezos em Veneza Noiva de Bezos já apresentou TV, pilota helicópteros e foi ao espaço com Katy Perry Jeff Bezos acena para fotógrafos na chegada a Veneza para seu casamento Guglielmo Mangiapane/Reuters Em seus 31 anos de história, a Amazon foi de uma pequena revendedora de livros online a uma empresa com valor de mercado de U$ 2 trilhões. Durante esse período, Bezos chegou a ser a pessoa mais rica do mundo e investiu em outros negócios. Hoje, ele ocupa o 4º lugar no ranking dos mais ricos do mundo, segundo a revista Forbes, com um patrimônio estimado em US$ 225 bilhões. A seguir, veja onde ele tem focado sua atenção: Quem é a ex-mulher bilionária de Bezos que já doou mais de US$ 19 bilhões Bezos e noiva chegam a Veneza para casamento milionário de três dias Blue Origin Ao deixar a presidência da Amazon, Bezos afirmou que gostaria de se dedicar mais à Blue Origin, empresa espacial que fundou em outubro de 2000. A primeira missão tripulada da Blue Origin foi em julho de 2021, com o próprio Bezos no voo. Em janeiro de 2025, a empresa conseguiu levar seu foguete, o New Glenn, à órbita terrestre pela primeira vez. Katy Perry no espaço: Blue Origin completa voo com 6 mulheres a bordo Meses depois, a empresa ganhou destaque ao lançar ao espaço a nave New Shepard, que levou seis mulheres, incluindo a noiva de Bezos, Lauren Sánchez, e a cantora Katy Perry. Hoje, a Blue Origin é uma das principais empresas espaciais privadas dos EUA e tenta competir com a SpaceX, de Elon Musk. The Washington Post Bezos comprou o The Washington Post, um dos principais jornais dos Estados Unidos, em julho de 2013. Sua gestão ganhou atenção quando o bilionário se aproximou de Donald Trump, de quem era crítico, a partir do ano passado. O jornal, que historicamente apoiou democratas, anunciou neutralidade nas eleições de 2024. A decisão fez o Washington Post perder cerca de 200 mil assinantes por não apoiar Kamala Harris contra Trump, segundo a Associated Press. Na época, Bezos disse que a decisão foi motivada por uma ?crise de credibilidade? enfrentada pela imprensa. Neste ano, Bezos informou que os editoriais do Washington Post não publicariam mais textos contrários às ?liberdades pessoais? e ao ?livre mercado?. Após a decisão, que rendeu críticas de jornalistas, o editor de opinião, David Shipley, deixou o cargo. LEIA TAMBÉM: Bezos mudou festa de casamento para local isolado em Veneza por medo de protestos Moradores de Veneza protestam contra a festa de casamento de Jeff Bezos Amazon Mesmo fora da presidência, Bezos afirmou, em dezembro, que ainda dedica boa parte do tempo à Amazon. Hoje, Bezos tem menos de 10% das ações da empresa, segundo a Forbes, e segue como presidente do conselho. Seu foco atual é apoiar os avanços da Amazon em inteligência artificial, segundo ele mesmo. ?Nunca vou esquecer a Amazon. Sempre estarei lá para ajudar, e estou dedicando boa parte do meu tempo a isso no momento?, disse ele em dezembro do ano passado, segundo a Business Insider. Bezos Expeditions Criada em 2005, a Bezos Expeditions é a empresa de investimentos do bilionário. Ela já financiou companhias como Uber, Airbnb e Twitter ? antes de a rede ser comprada por Elon Musk e virar X. Em maio, a Bezos Expeditions liderou um investimento de US$ 72 milhões na Toloka, empresa especializada em dados para inteligência artificial, segundo a agência Reuters. A Toloka ajuda a treinar e avaliar modelos de IA usando uma rede de especialistas e testadores humanos. Filantropia Além das empresas, Bezos também realizou ações filantrópicas. Em 2020, anunciou que doaria US$ 10 bilhões para combater a mudança climática por meio do Bezos Earth Fund. Até agora, segundo a Forbes, já destinou US$ 2 bilhões do total prometido. O bilionário já disse que pretende doar, ainda em vida, a maior parte de sua fortuna para causas filantrópicas. Sem citar valores específicos, Bezos disse, em entrevista à CNN em 2022, que ele e Lauren Sánchez estavam criando meios para conseguir doar o dinheiro. Jeff Bezos leva tombo no retorno do voo da Blue Origin

26/06/2025

STF define que redes podem ser responsabilizadas por postagens de terceiros após notificação extrajudicial

Corte considerou parcialmente inconstitucional o artigo 19 do Marco Civil da Internet, que exigia decisão judicial para remoção de conteúdos ofensivos. Dias Toffoli considera artigo 19 do Marco Civil da Internet parcialmente inconstitucional O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta quinta-feira (26), por 8 votos a 3, que o artigo 19 do Marco Civil da Internet ? o que trata de responsabilidade das redes sociais ? é parcialmente inconstitucional. Isso significa que as redes sociais deverão ser responsabilizadas por postagens criminosas ou ofensivas de seus usuários. O tribunal entendeu que as regras vigentes hoje ? remoção só com decisão judicial ? não são suficientes para preservar a dignidade das pessoas. O STF também definiu a tese para a aplicação desse entendimento. Ou seja, o tribunal estabeleceu como se dará essa responsabilização das redes. Uma das principais mudanças daqui para frente é que as redes deverão levar em conta a notificação extrajudicial para remover um conteúdo irregular. Se, após essa notificação, a rede não retirar a postagem e a Justiça considerar, mais adiante, que a postagem era irregular, a rede será punida. Plataformas estão sujeitas à responsabilização civil caso não removam conteúdo após notificação extrajudicial feita pela vítima ou seu advogado, decidiu o STF. Crimes contra a honra Em casos de crimes contra a honra ? por exemplo, difamação ? a tese fica como é hoje: Ou seja, as plataformas só são obrigadas a tirar conteúdo se a Justiça mandar. Não serão punidas se não excluírem o conteúdo só com a notificação extrajudicial. Essa é uma maneira que o STF buscou para preservar a liberdade de expressão. Remoção 'proativa' O entendimento da Corte também prevê que, em casos de discurso de ódio, racismo, pedofilia, incitação à violência ou a golpe de Estado, as plataformas devem agir de forma proativa para remover o conteúdo, mesmo sem notificação prévia. Nesses casos, se as redes não removerem o conteúdo e ele for considerado criminoso pela Justiça, as redes serão responsabilizadas. A decisão altera a lógica de funcionamento das redes no Brasil e deve levar as empresas de tecnologia a rever protocolos de denúncia e moderação de conteúdo, além de ampliar sua responsabilidade sobre o que circula em suas plataformas. O que muda com a decisão do STF sobre responsabilidade das redes Arte/g1

26/06/2025

Sósia de Jeff Bezos confunde turistas em Veneza às vésperas do casamento do verdadeiro dono da Amazon

Alemão parecido com o bilionário tira fotos com fãs e diz que vai entregar um uísque de presente ao casal. Casamento de Bezos e Lauren Sánchez deve durar três dias e custar até US$ 56 milhões. Sósia de Bezos posa para fotos em Veneza e confunde turistas Um sósia de Jeff Bezos tem chamado atenção em Veneza, onde o fundador da Amazon se casa nesta semana com a jornalista Lauren Sánchez. O alemão Cagdas Halicilar, que se parece com o bilionário, tem sido abordado por turistas curiosos enquanto circula por pontos famosos da cidade. "Não falo muito, tiro fotos com todos, agradeço e depois vou embora", contou Halicilar à agência Reuters. "Outro dia, tinha uns 30 ou 40 jovens aqui. Eles cantaram uma música para mim. Você não pode dizer 'Eu sou falso', eles vão ficar arrasados". Ele disse ter comprado um uísque de 30 anos como presente de casamento para o casal e pretende deixá-lo na recepção do hotel Aman Venice, onde os noivos estão hospedados. ?Coloquei um cartãozinho bonitinho dentro?, afirmou. No cartão, está escrito:"Para Jeff Bezos e Lauren Sánchez, da sósia de Jeff Bezos, com votos de um ótimo casamento." Sósia de Jeff Bezos Reprodução/Reuters A semelhança é tamanha que, ao chegar de táxi aquático ao hotel Gritti Palace, funcionários acreditaram que ele era o próprio Bezos e chegaram a acionar o gerente. "Então, desci, entrei no hotel e eles disseram diretamente: 'Jeff Bezos está aqui' e ligaram para o gerente. Eles não perceberam que eu não era o verdadeiro", contou. Nas ruas, alguns turistas pedem fotos animados, enquanto outros observam de longe, desconfiados da ausência de seguranças. Sósia do fundador da Amazon posa com turistas em Veneza Reprodução/Reuters Casamento de luxo agita Veneza e causa protestos Moradores de Veneza protestam contra a festa de casamento de Jeff Bezos O casamento de Bezos com Lauren Sánchez começa nesta quinta-feira (26) e vai até sábado (28). A série de eventos deve custar até US$ 56 milhões, segundo a Reuters. Celebridades como Kim Kardashian, Oprah e Tom Brady já chegaram à cidade. A celebração reforça o estilo de vida luxuoso de Bezos, atualmente o terceiro homem mais rico do mundo, de acordo com a Forbes. Kardashians e famosos chegam a Veneza para casamento de Bezos A festa também gerou protestos de moradores locais, contrários ao turismo em massa. Segundo a agência Reuters, as manifestações fizeram com que o bilionário e a noiva transferissem um dos locais utilizados para a festa para uma área isolada da cidade, por questões de segurança. Sósia de Jeff Bezos em Veneza, onde será o casamento do bilionário Marco Bertorello/ AFP Para Halicilar, no entanto, as críticas são "irrelevantes". ?Fui muito bem recebido aqui em Veneza. Como vocês podem ver, consigo circular livremente como se fosse o próprio Bezos, sem que nada aconteça?, disse ele. Bezos e noiva chegam a Veneza para casamento milionário de três dias

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