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NOTICIA

14/01/2025

Veja quais xingamentos e ataques podem deixar de ser barrados no Facebook e no Instagram

Meta alterou política sobre conduta de ódio e passou a permitir comportamentos que eram proibidos, como publicar xingamentos em posts que discutam direitos de pessoas transgêneros ou associar o público LGBTQIA+ a doenças mentais. Facebook e Instagram AP Photo/Richard Drew A Meta mudou sua política sobre conduta de ódio na semana passada, permitindo agora vários comportamentos que antes eram proibidos no Facebook, no Instagram e no Threads. A mudança causou preocupação entre especialistas, que temem que as plataformas se tornem mais hostis para grupos vulneráveis. No Brasil, a Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra) é uma das organizações que criticaram a medida. A nova política foi divulgada no mesmo dia que Mark Zuckerberg anunciou o fim do programa de checagem de fatos nas plataformas. Importante: mesmo que as redes sociais da Meta fiquem mais permissivas com ofensas e condutas preconceituosas, quem comete racismo ou injúria racial pode ser denunciado e pegar de dois a cinco anos de prisão o Brasil. O mesmo vale para atos de homofobia e de transfobia. Todos esses crimes são inafiançáveis e não prescrevem. O que a Meta vai permitir nas suas redes sociais agora Chamar uma pessoa LGBTQIA+ de "doente mental", "anormal" ou "esquisito" [veja a diretriz original abaixo]. ?Permitimos alegações de doença mental ou anormalidade quando baseadas em gênero ou orientação sexual, considerando discursos políticos e religiosos sobre transgenerismo e homossexualidade, bem como o uso comum e não literal de termos como ?esquisito?.? Dizer que pessoas LGBTAQIA+ ou mulheres não podem praticar determinados esportes, participar de ligas esportivas ou frequentar determinados banheiros ou escolas [veja o original abaixo]. "[São proibidas publicações que contêm] Exclusão social, no sentido de negar acesso a espaços (físicos e online) e serviços sociais, com exceção de exclusões baseadas em sexo ou gênero em espaços geralmente restritos por essas categorias, como banheiros, esportes e ligas esportivas, grupos de saúde e apoio, e escolas específicas." Dizer que mulheres ou pessoas LGBTQIA+ não podem ocupar cargos militares ou trabalhar como policiais [veja o original abaixo]. A diretriz foi alterada após o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, prometer tirar pessoas transgêneros do Exército e de escolas em seu primeiro dia de governo. ?Permitimos conteúdo que defenda limitações baseadas em gênero para empregos militares, policiais e de ensino. Também permitimos conteúdo similar relacionado à orientação sexual, desde que fundamentado em crenças religiosas.? Xingar alguém no contexto de uma discussão sobre política, religião, direitos do público LGBTQIA+ ou imigração [veja o original abaixo]. No trecho, a Meta diz que as políticas permitem o uso de ofensas ou que o usuário se coloque contrário aos direitos desses grupos em postagens. "Às vezes, as pessoas usam linguagem específica de sexo ou gênero para discutir o acesso a espaços geralmente restritos por essas categorias, como banheiros, escolas, cargos militares, policiais ou de ensino, além de grupos de saúde ou apoio." ?Em outros casos, solicitam exclusão ou recorrem a linguagem ofensiva ao abordar tópicos políticos ou religiosos, como direitos de pessoas transgênero, imigração ou homossexualidade. [...] Nossas políticas foram criadas para dar espaço a esses tipos de discurso.? O que a Meta apagou da lista de "proibido" A Meta também apagou de sua lista de comportamentos proibidos alguns insultos ou condutas preconceituosas que se referiam a mulheres, pessoas LGBTQIA+, negros e muçulmanos. O g1 questionou a Meta para saber se a remoção dos termos implica que esses comportamentos serão permitidos a partir de agora. A empresa não respondeu diretamente, enviando um comunicado em que aborda genericamente as mudanças na moderação das plataformas. Alguns exemplos de proibições que foram apagadas: Comparar mulheres a ?objetos domésticos?, ?propriedade? ou ?objetos no geral?. Expressar que um gênero é superior a outro. Se declarar intolerante em relação a outros grupos. Nesse trecho, a política anterior da Meta proibia explicitamente que alguém se autodeclarasse como "homofóbico", "racista" ou "islamofóbico" - essa restrição também foi retirada. Dizer que uma pessoa ou um determinado grupo espalhou ou foi responsável pela existência do coronavírus. Na versão em inglês, foi retirado o trecho que proibia que o usuário se referisse a pessoas transgêneros ou não binárias pelo pronome ?it?, usado para objetos ou animais e pejorativo quando direcionado a alguém. Grupos LGBTQIA+ recomendam a utilização de pronomes que estejam de acordo com o gênero que a pessoa se identifica. LEIA TAMBÉM: Meta encerra programa interno de diversidade e inclusão Mudanças podem fazer Instagram e Facebook virarem novos 'X', dizem especialistas ?Energia masculina é boa e a cultura corporativa estava fugindo dela', diz Zuckerberg Meta, dona de Instagram e Facebook, encerrará sistema de checagem de fatos Empresa também encerrou programa de diversidade Além das alterações nas plataformas, a Meta também confirmou à agência Associated Press, no último dia 10, que está encerrando seu programa interno de diversidade, equidade e inclusão. Ele englobava contratação e treinamento de funcionários e seleção de fornecedores. Na prática, a Meta não terá mais uma equipe focada em diversidade e agora ?se concentrará em como aplicar práticas justas e consistentes que mitiguem o preconceito contra todos, não importando sua origem?, segundo um comunicado enviado aos funcionários. Fim da checagem de fatos e outras mudanças O fim da checagem dos posts por terceiros no Facebook, Instagram e Threads foi anunciado pelo presidente-executivo da Meta, Mark Zuckerberg, no último dia 7. Na publicação, ele disse que a empresa irá colaborar com Donald Trump para combater supostas tentativas de censura. Mark Zuckerberg anuncia que Meta vai encerrar sistema de checagem de fatos Principais mudanças anunciadas pela Meta: atualização de sua política de "conduta de ódio", removendo restrições a permitindo comentários discriminatórios contra determinados grupos. a Meta deixa de ter os parceiros de verificação de fatos ("fact checking", em inglês) que auxiliam na moderação de postagens, além da equipe interna dedicada a essa função; em vez de pegar qualquer violação à política do Instagram e do Facebook, os filtros de verificação passarão a focar em combater violações legais e de alta gravidade. para casos de menor gravidade, as plataformas dependerão de denúncias feitas por usuários, antes de qualquer ação ser tomada pela empresa; em casos de conteúdos considerados como de "menor gravidade", os próprios usuários poderão adicionar correções aos posts, como complemento ao conteúdo, de forma semelhante às "notas da comunidade" do X; Instagram e Facebook voltarão a recomendar mais conteúdo de política; a equipe de "confiança, segurança e moderação de conteúdo" deixará a Califórnia, e a de revisão dos conteúdos postados nos EUA será centralizada no Texas (EUA).

14/01/2025

Instagram encerra hoje filtros de Stories feitos por terceiros; entenda como fica a partir de agora

Meta está desativando a sua plataforma de criação e apenas filtros desenvolvidos pela própria empresa continuarão disponíveis. Mudança também vale para os Stories do Facebook e Messenger. Meta anuncia fim dos filtros de stories do Instagram criados por terceiros O Instagram encerra nesta terça-feira (14) os filtros de realidade aumentada (RA) para Stories criados por terceiros. A decisão, anunciada pela Meta, dona da rede social, ocorreu inicialmente em 27 de agosto de 2024. Com isso, a plataforma de criação desses efeitos, chamada de Meta Spark, também será finalizada. Apenas os filtros criados pela própria Meta estarão disponíveis para os usuários. A alteração também vale para Facebook e Messenger. "Após uma avaliação completa, tomamos a decisão de encerrar a plataforma de ferramentas e conteúdo de terceiros do Meta Spark. Isso significa que os efeitos de Realidade Aumentada (RA) criados por terceiros ? incluindo marcas e nossa comunidade mais ampla de criadores de RA ? não estarão mais disponíveis a partir desta data", disse a Meta em comunicado. "[A partir de 14 de janeiro] os usuários não verão mais efeitos RA de terceiros ao acessar a câmera do aplicativo]", afirma a empresa em seu FAQ sobre a mudança. Os criadores ainda podem baixar seus filtros no Meta Spark até hoje. Se o programa já estiver fora do ar para você, basta fazer o download pela Central de Contas (confira abaixo como fazer). Instagram encerra hoje filtros de Stories feitos por terceiros; veja como salvar seus efeitos criados no Meta Spark Reprodução/Instagram A big tech não deu muitos detalhes sobre a decisão, mas disse que ela é necessária para que eles possam priorizar outros produtos que "atenderão melhor às necessidades futuras de nossos consumidores e clientes empresariais". O Meta Spark foi lançado há sete anos e era usado por empresas e criadores de conteúdos para a criação de filtros personalizados de realidade aumentada que ficam disponíveis nas plataformas da Meta. Como baixar os seus filtros criados No Meta Spark Hub: Entre no Meta Spark Hub e faça login com a sua conta; Clique em "Efeitos"; Clique no efeito que deseja baixar; Clique em Arquivos e baixe. Na Central de Contas: Na Central de Contas, vá em "Suas informações e permissões" e "Baixar suas informações"; Clique em "Baixar ou transferir suas informações" ou "Solicitar um download"; Selecione a conta do Facebook ou Instagram que possui os efeitos criados; Selecione "Tipos específicos de informações"; Por fim, selecione "Meta Spark" e escolha como deseja baixar. LEIA TAMBÉM: Meta, dona de Facebook e Instagram, encerra programa interno de diversidade e inclusão Pela 1ª vez, tribunal da União Europeia multa a própria UE por violar sua lei de proteção de dados O que são as notas de comunidade que a Meta quer implementar? Meta, dona de Instagram e Facebook, encerrará sistema de checagem de fatos 89% dos brasileiros têm acesso à internet em casa, diz IBGE Como são os 'clones' de influenciadores que poderão interagir com fãs  Como o Instagram tem sido cada vez mais usado como Tinder

13/01/2025

Lula sanciona projeto que limita uso de celulares nas escolas; saiba o que muda com a nova norma

Texto aprovado pelo Congresso restringe o uso do celular para fins didáticos, de acessibilidade ou para a segurança do próprio aluno. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sancionou sem vetos o projeto que limita o uso de celulares nas escolas públicas e privadas de todo o país, nesta segunda-feira (13). A nova lei proíbe o uso dos smartphones durante a aula, mas também no recreio ou nos intervalos entre os cursos. O texto da lei determina que a regra vale para educação básica, que abrange pré-escola, ensino fundamental e ensino médio. Governo sanciona hoje projeto que limita o uso de celulares em escolas públicas e privadas A sanção ocorreu em cerimônia fechada no Palácio do Planalto, com a presença do ministro da Educação, Camilo Santana, e de outros ministros, secretários e profissionais da área da educação, além da primeira-dama, Janja da Silva. "Os deputados que aprovaram essa lei, e os senadores, tiveram um ato de coragem como poucas vezes na história do Brasil" declarou o presidente Lula, durante a cerimônia. Ele explicou: "Eu, muitas vezes, imaginei que os deputados e as deputadas não iam ter coragem de aprovar esta lei, com medo da internet. Porque hoje o deputado e a deputada, para aprovar uma lei, ficam pensando quantos minutos eu vou apanhar na internet e quantas vão se engajar falando mal de mim". "Então, isso aqui foi um ato de coragem, de cidadania e um ato de respeito ao futuro desse país. Portanto, é com muito orgulho que eu vou sancionar a lei", prosseguiu. Lula sanciona projeto que proíbe uso dos celulares em escolas Ricardo Stuckert/PR Segundo o petista, a determinação não irá prejudicar a formação digital do estudante. Mas, proporcionar mais momentos de interação. "Nós vamos possibilitar que as crianças possam voltar a brincar, interagir entre si. Isso não vale só para a criança. Isso vale para muita gente. No meu gabinete, não entra ninguém com telefone celular", defendeu. Relator do projeto na Câmara, o deputado federal licenciado Renan Ferreirinha (PSD-RJ) defendeu que a proposta não condena o uso da tecnologia da educação, mas defende um uso "consciente e responsável, de forma orientada e com propósito pedagógico". "Do contrário, em vez de ser uma aliada, pode se tornar uma violadora do processo educacional. [...] A intenção é que os alunos consigam interagir de forma mais significativa, tanto nas aulas quanto no recreio", seguiu Ferreirinha. O que a lei determina? A nova lei permite que estudantes portem celulares nas escolas, mas o uso será restrito a situações excepcionais, como emergências, necessidade de saúde ou força maior. Entenda as normas previstas no projeto de lei que proíbe uso de celular nas escolas Aluno com celular. TV Globo / Reprodução O projeto aprovado também possibilita o uso de aparelhos eletrônicos pessoais em sala de aula para: ?fins estritamente pedagógicos ou didáticos, conforme orientação do professor; ?garantir a acessibilidade e a inclusão; ?atender às condições de saúde dos estudantes e assegurar "direitos fundamentais" dos alunos. Quando a medida começa a valer? Após a sanção de Lula, o projeto ainda precisa ser regulamentado. O ministro da Educação, Camilo Santana, informou que as orientações para aplicação da norma serão traçadas ainda neste mês, mas as escolas já poderão implementar as regras a partir de fevereiro, no início do próximo ano letivo. Também será definido um período para adaptação das redes de ensino. Como será feita a fiscalização? O ministro Camilo Santana explicou que detalhes operacionais, como o local de armazenamento dos celulares (mochilas ou áreas específicas), dependerão da estrutura e capacidade de fiscalização de cada escola. Ele destacou que a ideia é permitir o uso apenas para fins pedagógicos e evitar o uso individual fora das disciplinas escolares. Qual é a justificativa do projeto? O relator do projeto no Senado, Alessandro Vieira (MDB-SE), destacou estudos do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (PISA), que indicam os impactos negativos do uso excessivo de smartphones. Segundo o relatório de 2022, alunos que passam mais de cinco horas diárias conectados obtiveram, em média, 49 pontos a menos em matemática do que aqueles que utilizam os dispositivos por até uma hora. No Brasil, 80% dos estudantes relataram distrações durante as aulas, bem acima da média de outros países, como Japão (18%) e Coreia do Sul (32%). Além disso, Vieira apontou que o consumo excessivo de redes sociais está associado a transtornos de ansiedade, depressão e outros problemas de saúde mental entre jovens.

13/01/2025

Meta, dona de Facebook e Instagram, encerra programa interno de diversidade e inclusão

Decisão ocorre após a empresa anunciar o fim do seu programa de checagem de fatos e reduzir as políticas contra discurso de ódio e abuso nas redes. Mark Zuckerberg, presidente-executivo da Meta Getty Images via BBC A Meta Platforms Inc., empresa controladora do Facebook, Instagram e WhatsApp, está encerrando seu programa interno de diversidade, equidade e inclusão, confirmou um porta-voz da empresa à agência Associated Press na sexta-feira (10). O programa englobava contratação e treinamento de funcionários e seleção de fornecedores. A decisão, antecipada pelo site Axios, ocorre na esteira do anúncio da Meta de encerrar seu programa de checagem de fatos e reduzir as políticas contra discurso de ódio e abuso nas redes Facebook, Instagram e Threads. As alterações passam a permitir, por exemplo, que pessoas LGBTQIA+ sejam associadas a doenças mentais. Segundo o Axios, a empresa enviou um memorando interno informando os funcionários sobre a decisão. Na prática, a Meta não terá mais uma equipe focada em diversidade e agora ?se concentrará em como aplicar práticas justas e consistentes que mitiguem o preconceito contra todos, não importando sua origem?. A empresa também encerrará uma política nas contratações que estabelecia que um grupo diversificado de candidatos seria considerado para cada posição aberta. No memorando, a Meta alegou que a Suprema Corte dos Estados Unidos "tomou decisões recentes sinalizando uma mudança na forma como os tribunais abordarão a DEI [política de diversidade, equidade e inclusão].? ?O termo 'DEI' também se tornou carregado, em parte porque é entendido por alguns como uma prática que sugere tratamento preferencial de alguns grupos em detrimento de outros?, acrescenta o texto. Outras empresas que recentemente restringiram programas de diversidade nos EUA incluem o McDonald's e a montadora Ford, bem como o Walmart e a fabricante de equipamentos agrícolas John Deere. A Amazon também disse que está interrompendo alguns de seus programas DEI, mas não especificou quais. LEIA TAMBÉM:' Meta publica nova política que permite associar público LGBTQIA+ a doenças mentais Mudanças podem fazer Instagram e Facebook virarem novos 'X', dizem especialistas ?Energia masculina é boa e a cultura corporativa estava fugindo dela', diz Zuckerberg Meta, dona de Instagram e Facebook, encerrará sistema de checagem de fatos Mudanças na moderação de conteúdo O presidente-executivo da Meta, Mark Zuckerberg, anunciou na semana passada o fim da checagem dos posts por terceiros no Facebook, Instagram e Threads (assista abaixo). Em seu lugar, a empresa vai adotar as "notas de comunidade", em que os próprios usuários fazem correções ? recurso similar ao utilizado pelo X, de Elon Musk. Zuckerberg ainda afirmou que os verificadores ?tem sido muito tendenciosos politicamente e destruíram mais confiança do que criaram? e mostrou discurso alinhado com o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, que toma posse no próximo dia 20. No mesmo dia, a Meta atualizou a sua política contra os discursos de ódio, liberando diversos comportamentos que antes eram proibidos nas plataformas. As diretrizes, que também valem para o Brasil, passaram a permitir, entre outros pontos, que termos referentes a doenças mentais sejam associados a gênero ou orientação sexual. "Nós permitimos alegações de doença mental ou anormalidade quando baseadas em gênero ou orientação sexual, dado o discurso político e religioso sobre transgenerismo e homossexualidade", diz o texto com as novas diretrizes. Outro ponto que passa a ser permitido é dizer que pessoas LGBTAQIA+ ou mulheres não podem praticar determinados esportes, participar de ligas esportivas ou frequentar determinados banheiros ou escolas. ?[São proibidas publicações que contêm] Exclusão social, no sentido de negar acesso a espaços (físicos e online) e serviços sociais, com exceção de exclusões baseadas em sexo ou gênero em espaços geralmente restritos por essas categorias, como banheiros, esportes e ligas esportivas, grupos de saúde e apoio, e escolas específicas?, afirma o texto. A atitude da Meta repercutiu em grupos como a Associac?a?o Nacional de Travestis e Transexuais (Antra), que protocolou uma representação no Ministe?rio Pu?blico Federal (MPF) contra a empresa. ?Essa medida representa um grave retrocesso, violando direitos fundamentais e fortalecendo a transfobia e o ódio online?, disse a Antra. A Advocacia-Geral da União (AGU) também reagiu, ingressando com notificação extrajudicial para que a Meta informe, até esta segunda-feira (13), como garantirá o cumprimento legal da obrigação de combater crimes como racismo e homofobia em suas plataformas. Principais mudanças anunciadas pela Meta: a Meta deixa de ter os parceiros de verificação de fatos ("fact checking", em inglês) que auxiliam na moderação de postagens, além da equipe interna dedicada a essa função; em vez de pegar qualquer violação à política do Instagram e do Facebook, os filtros de verificação passarão a focar em combater violações legais e de alta gravidade. para casos de menor gravidade, as plataformas dependerão de denúncias feitas por usuários, antes de qualquer ação ser tomada pela empresa; em casos de conteúdos considerados como de "menor gravidade", os próprios usuários poderão adicionar correções aos posts, como complemento ao conteúdo, de forma semelhante às "notas da comunidade" do X; Instagram e Facebook voltarão a recomendar mais conteúdo de política; a equipe de "confiança, segurança e moderação de conteúdo" deixará a Califórnia, e a de revisão dos conteúdos postados nos EUA será centralizada no Texas (EUA). Mark Zuckerberg anuncia que Meta vai encerrar sistema de checagem de fatos

13/01/2025

Filtros de Stories criados por terceiros serão encerrados pelo Instagram nesta terça; veja como salvar seus efeitos

A partir de 14 de janeiro de 2025, a plataforma de criação Meta Spark será desativada, e apenas filtros desenvolvidos pela própria big tech continuarão disponíveis. Instagram encerra hoje filtros de Stories feitos por terceiros; veja como salvar seus efeitos criados no Meta Spark Reprodução/Instagram O Instagram encerrará oficialmente, nesta terça-feira (14), os filtros de realidade aumentada (RA) para Stories criados por terceiros na plataforma. A decisão foi anunciada inicialmente em 27 de agosto de 2024. A empresa diz que também está encerrando a plataforma Meta Spark e apenas os filtros criados pela própria Meta, dona da rede social, estarão disponíveis. A mudança também vale para os Stories do Facebook e do Messenger. Os criadores ainda podem baixar seus filtros no Meta Spark. Mesmo após o encerramento do programa, será possível fazer o download pela Central de Contas da Meta (confira abaixo como fazer). "Após uma avaliação completa, tomamos a decisão de encerrar a plataforma de ferramentas e conteúdo de terceiros do Meta Spark. Isso significa que os efeitos de Realidade Aumentada (RA) criados por terceiros ? incluindo marcas e nossa comunidade mais ampla de criadores de RA ? não estarão mais disponíveis a partir desta data", disse a Meta em comunicado. Filtros de RA do Instagram Reprodução/Meta A big tech não deu muitos detalhes sobre a decisão, mas disse que ela é necessária para que eles possam priorizar outros produtos que "atenderão melhor às necessidades futuras de nossos consumidores e clientes empresariais". O Meta Spark foi lançado há sete anos e era usado por empresas e criadores de conteúdos para a criação de filtros personalizados de realidade aumentada que ficam disponíveis nas plataformas da Meta. Em 2022, eles premiaram 10 pessoas negras em um projeto para estimular a diversidade na criação de experiências em RA. Os vencedores foram escolhidos a partir de suas propostas de filtros para o Instagram. O desafio RAP (Realidade Aumentada na Pele), como é chamado, foi criado pela companhia exclusivamente para o Brasil. Como baixar os seus filtros criados No Meta Spark Hub: Entre no Meta Spark Hub e faça login com a sua conta; Clique em "Efeitos"; Clique no efeito que deseja baixar; Clique em Arquivos e baixe. Na Central de Contas: Na Central de Contas, vá em "Suas informações e permissões" e "Baixar suas informações"; Clique em "Baixar ou transferir suas informações" ou "Solicitar um download"; Selecione a conta do Facebook ou Instagram que possui os efeitos criados; Selecione "Tipos específicos de informações"; Por fim, selecione "Meta Spark" e escolha como deseja baixar. LEIA TAMBÉM: CEO do Telegram é suspeito de 12 crimes ligados ao app de mensagens, diz promotoria Você conhece as principais gírias das redes sociais? Faça o quiz e descubra 'Já rolou até sexo': como o Instagram tem sido cada vez mais usado como Tinder Meta, dona de Instagram e Facebook, encerrará sistema de checagem de fatos 89% dos brasileiros têm acesso à internet em casa, diz IBGE Como são os 'clones' de influenciadores que poderão interagir com fãs  Como o Instagram tem sido cada vez mais usado como Tinder

11/01/2025

?Acho que a energia masculina é boa e a cultura corporativa estava fugindo dela?, diz Mark Zuckerberg

Mark Zuckerberg, CEO da Meta, empresa responsável pelo Facebook, WhatsApp e Instagram, também elogiou a agressividade para gerenciar as empresas. Mark Zuckerberg, CEO da Meta Reuters Mark Zuckerberg, CEO da Meta, comentou em um podcast que sente falta de ?energia masculina? em uma sociedade que ficou ?neutra?. Executivo também criticou o que chamou de censura pelo governo de Joe Biden. A entrevista aconteceu na noite da última sexta-feira (10), no podcast Joe Rogan Experience. Durante os primeiros minutos da conversa, Mark Zuckerberg comentou que a mudança recente na política de checagem de fatos do Facebook, Instagram e Threads, aconteceu por discordar de atitudes do governo do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden. ?Isso [o programa de checagem de fatos] está destruindo tanta confiança, especialmente nos Estados Unidos, com este programa. Nos anos mais recentes passei a pensar que deveríamos mudar o programa?, disse Zuckerberg. LEIA MAIS Meta, dona de Instagram e Facebook, encerrará sistema de checagem de fatos para adotar 'notas de comunidade' como no X 'Mudança radical': por que fim de checagem de fake news no Facebook e Instagram aproxima Zuckerberg ainda mais de Trump Mudanças podem fazer Instagram e Facebook virarem novos 'X' e até inibir liberdade de expressão, dizem especialistas Meta, dona de Instagram e Facebook, encerrará sistema de checagem de fatos O CEO apontou para a pandemia de Covid-19 como divisor de águas, quando preferia manter publicadas informações sobre efeitos colaterais das vacinas. ?A administração Biden nos pressionou muito para apagar conteúdos, que eram, honestamente, verdadeiros?, disse o executivo. Em outro momento, Mark Zuckerberg comenta que acha a sociedade muito culturalmente neutra. Para o executivo, falta ?energia masculina? e ele associou os benefícios da agressividade dos treinos de luta estilo MMA e Jiu-jítsu com ?saber que posso matar uma pessoa? em alguns ambientes, incluindo em empresas. "Energia masculina, eu acho que é boa, e obviamente a sociedade tem bastante disso, mas acho que a cultura corporativa estava realmente tentando se afastar disso", comentou. ?Acho que tudo isso é bom. Mas acho que a cultura corporativa meio que se inclinou para ser essa coisa um pouco mais neutra?, disse Zuckerberg no podcast. ?Se você é uma mulher entrando em uma empresa, provavelmente sente que é muito masculina. Não há energia suficiente que você possa naturalmente ter?, complementou o CEO da Meta, sobre a chamada ?energia masculina?. Menos transparência Ao anunciar o fim do programa de checagem de fatos, Zuckerberg disse que os moderadores independentes, que exerciam essa função, são "muito tendenciosos politicamente". Mas, os checadores não tinham poder de derrubar conteúdo, apenas sinalizavam o que consideravam potencialmente falso para a plataforma, segundo Yasmin Curzi, pesquisadora do Karsh Institute of Democracy da Universidade de Virgínia (EUA). Os checadores atuam a partir de uma série de critérios, como identificação de fatos e dados oficiais, eles são essenciais para reduzir o grau de incerteza das ações de verificação e moderação da plataforma, argumenta Helena Martins, professora da Universidade Federal do Ceará (UFC) e integrante da Coalizão Direitos na Rede. Além disso, como o programa de checagem de fatos funcionava através de organizações externas à Meta, ele tinha um papel essencial de possibilitar uma governança mais democrática, plural dos e transparente dos conteúdos, segundo Clara Iglesias Keller, líder de pesquisa em tecnologia, poder e dominação no Instituto Weizenbaum, na Alemanha. Mudanças anunciadas pela Meta: a Meta deixa de ter os parceiros de verificação de fatos ("fact checking", em inglês) que auxiliam na moderação de postagens, além da equipe interna dedicada a essa função; em vez de pegar qualquer violação à política do Instagram e do Facebook, os filtros de verificação passarão a focar em combater violações legais e de alta gravidade. para casos de menor gravidade, as plataformas dependerão de denúncias feitas por usuários, antes de qualquer ação ser tomada pela empresa; em casos de conteúdos considerados como de "menor gravidade", os próprios usuários poderão adicionar correções aos posts, como complemento ao conteúdo, de forma semelhante às "notas da comunidade" do X; Instagram e Facebook voltarão a recomendar mais conteúdo de política; a equipe de "confiança, segurança e moderação de conteúdo" deixará a Califórnia, e a de revisão dos conteúdos postados nos EUA será centralizada no Texas (EUA). Como era o serviço de checagem da Meta e quais tipos de postagens eram barradas que agora podem aparecer

11/01/2025

Aspirador que recolhe suas bagunças, anel com 'ChatGPT' integrado e mais: as inovações que marcaram a CES 2025

Maior feira anual de eletrônicos de consumo do mundo teve ainda aspirador-robô que organiza objetos, óculos com tela embutida, e tecnologia para acalmar bebês. Aspirador que recolhe suas bagunças, anel com 'ChatGPT' integrado e mais: as inovações que marcaram a CES 2025 Reprodução A CES 2025 (Consumer Electronics Show) encerrou oficialmente nesta sexta-feira (10). O evento, considerado o maior do mundo no setor de tecnologia, revelou diversas inovações ao longo de quatro dias em Las Vegas, nos Estados Unidos. Entre os destaques deste ano, estava o aspirador-robô da Roborock, equipado com um braço mecânico capaz de recolher objetos do chão. Outra novidade foi uma "torradeira" que promete carregar celulares em poucos segundos. Chamou atenção também um pequeno robô em formato de gatinho, desenvolvido pela Yukai Engineering, que pode esfriar alimentos e bebidas. Além disso, foi apresentado um anel smart com inteligência artificial para responder dúvidas sobre saúde. Confira abaixo alguns dos dispositivos mais inovadores da CES 2025: Aspirador-robô multitarefa (literalmente) Apitador-robô multitarefa apresentado na CES 2025 Reprodução/SwitchBot Um dos principais destaques da feira em 2025 foi o K20 Plus Pro, da SwitchBot. Trata-se de um aspirador-robô que não apenas limpa a casa, mas também funciona como um assistente, capaz de "transportar" itens de um lugar para outro. Por exemplo, ele pode carregar uma câmera de segurança para monitorar diferentes cômodos da casa. Também é possível acoplar um purificador de ar, permitindo que o dispositivo melhore o ar do ambiente enquanto aspira. Outra funcionalidade apresentada pela empresa é a capacidade do K20 Plus Pro de, com o auxílio de um tripé, carregar um tablet ou celular. Essa função pode ser especialmente útil durante a preparação de receitas na cozinha, permitindo apoiar o aparelho para leitura enquanto você cozinha. Bebê conforto tecnológico Bebe conforto tecnológico da Evenflo Divulgação/Evenflo A Evenflo apresentou na CES o SensorySoothe, um bebê conforto inovador projetado para ajudar a acalmar os pequenos. Segundo a agência AP, o equipamento oferece combinações ilimitadas de luzes, sons e músicas envolventes, criadas para tranquilizar e entreter as crianças. A tecnologia avançada permite que os pais personalizem o ambiente para criar uma atmosfera relaxante. O SensorySoothe pode ser controlado pelo aplicativo da Evenflo, por comandos de voz com Siri (Apple) e Google. "Qualquer pai já passou por isso ? preso em um carro, restaurante ou local público, mãos ocupadas com um bebê chorando e aquela sensação de desamparo. Essa nova tecnologia busca aliviar o estresse em momentos como esse", disse Sharon Ruggieri, diretora sênior de gerenciamento de produtos da Evenflo. Óculos com tela Óculos com tela da Rokid Divulgação/Rokid Óculos inteligentes não são novidade, mas com tela embutida, sim. Foi exatamente isso que a empresa Rokid apresentou. De acordo com o portal The Verge, esses dispositivos possuem uma tela discreta, quase invisível, integrada à lente. A tecnologia pode ser útil para traduzir informações em tempo real ou auxiliar no enquadramento de fotos. Além disso, os óculos contam com uma luz verde monocromática, que melhora a visibilidade em ambientes muito claros. Os usuários também podem utilizar comandos de voz para realizar tarefas como pedir comida, chamar um carro de aplicativo ou fazer compras diretamente pelos óculos. Robô que 'assopra' e esfria comidas e bebidas Robô Nékojita FuFu, que 'sopra' para que alimentos esfriem Divulgação/Yukai Engineering A startup japonesa Yukai Engineering apresentou um robô portátil que resfria comidas e bebidas quentes para você. Chamado de Nékojita FuFu, o robô foi desenvolvido para ajudar pessoas com alta sensibilidade ao calor, segundo a empresa. Ele tem formato de gato e, por ser portátil, pode ser usado tanto em casa quanto fora, como em restaurantes. Os testes feitos pela própria Yukai mostram que o dispositivo reduz a temperatura de água quente de 88°C para 71°C em até 5 minutos. Aspirador-robô que 'pega suas bagunças' do chão Aspirador-robô que 'pega suas bagunças' do chão Reprodução/Roborock A empresa Roborock chamou a atenção na CES 2025 ao apresentar um aspirador-robô inovador com braço mecânico para retirar objetos do chão. Batizado de Saros Z70, o dispositivo usa inteligência artificial para identificar itens no caminho, removê-los do espaço e continuar a limpeza. Entre os exemplos citados pela Roborock, o robô é capaz de pegar meias, sapatos e lenços, devolvendo-os aos locais designados. O usuário pode configurar onde o robô deve deixar cada item, segundo a empresa. Para identificar os objetos no ambiente, o robô utiliza uma câmera instalada no braço mecânico e outra posicionada na lateral do equipamento. Ao todo, o Saros Z70 é capaz de reconhecer 108 obstáculos diferentes. Anel com 'ChatGPT' integrado Anel com 'ChatGPT integrado Reprodução/Instagram Evie Ring Já pensou em um anel com o ChatGPT integrado? Essa é a mais ou menos a proposta do EvieAI, um dispositivo com chatbot integrado que promete monitorar e auxiliar sua saúde, mas sem oferecer qualquer informação disponível na internet. De acordo com a Movano, empresa responsável pelo anel, o EvieAI foi treinado com mais de 100 mil revistas médicas escritas por profissionais da área. Assim, todas as informações fornecidas pelo dispositivo vêm dessas fontes especializadas. Segundo o site The Verge, o CEO da Movano, John Mastrototaro, disse que se você perguntar algo sobre eleições, o anel não irá responder. "[Ele] não vai te dizer porque não tem nenhuma informação sobre isso", disse. Tecnologia vestível: g1 testa anel, óculos e relógio que fazem mais do que aparentam Cadeira gamer com aquecimento e resfriamento Project Arielle, cadeira com resfriamento e aquecimento da Razer Divulgação/Razer A fabricante de produtos gamer Razer apresentou o Project Arielle, a primeira cadeira gamer do mundo com recursos de aquecimento e resfriamento. A cadeira possui botões integrados que permitem ajustar a velocidade do ventilador e ativar ou desativar o aquecedor. "Com três velocidades de ventoinha ajustáveis para resfriamento personalizado, o fluxo de ar do Project Arielle melhora a dissipação de calor e pode reduzir a temperatura em 2°C a 5°C em ambientes secos, mantendo você fresco, confortável e focado durante sessões de jogo", afirmou a empresa. 'Torradeira' que aumenta a bateria do celular em segundos Swippitt Hub Reprodução/Swippitt O Swippitt Hub é um carregador em formato de torradeira, que promete dar bateria para o celular em segundos. Ao inserir o aparelho no dispositivo, ele substitui a bateria descarregada por uma já carregada, enquanto dá carga a primeira. Apesar de lembrar uma torradeira, vale destacar que o dispositivo não tem essa função. O Swippitt Hub é compatível com qualquer celular, desde que ele utilize uma capa projetada especialmente para dispositivo. g1 testou: tecnologia para vestir O que é o 5G puro? Pesquisadores criam roda flexível que se adapta a pisos acidentados

10/01/2025

Lula e Macron conversam por telefone sobre mudanças na política de checagem da Meta

Segundo o Planalto, líderes entendem que 'liberdade de expressão não significa liberdade de espalhar mentiras' AGU notificou Meta, que terá 72 horas para informar quais mudanças promoverá no Brasil. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) conversou por telefone nesta sexta-feira (10) com o presidente da França, Emmanuel Macron, a respeito do anúncio da empresa Meta, que decidiu mudar sua política de moderação de conteúdo nas plataformas. Segundo nota divulgada pelo Palácio do Planalto, os dois chefes de Estado "concordaram que liberdade de expressão não significa liberdade de espalhar mentiras, preconceitos e ofensas". AGU dá 72 h para Meta explicar como cobrirá direitos legais no Brasil Lula e Macron, ainda de acordo com a nota, aprovam que Brasil e Europa mantenham o trabalho conjunto para tentar "impedir que a disseminação de ?fake news? coloque em risco a soberania dos países, a democracia e os direitos fundamentais de seus cidadãos". Nesta sexta, a Advocacia-Geral da União notificou a Meta, dona do Instagram e do Facebook, a fim de que seja esclarecido o que mudará na política de moderação no Brasil. A gigante da tecnologia terá 72 horas para responder. A Meta anunciou na terça-feira (7) que está encerrando o seu programa de verificação de fatos, começando pelos Estados Unidos. A empresa vai adotar as "notas de comunidade", em que os próprios usuários fazem correções ? um recurso similar ao implementado pelo X, de Elon Musk. As principais mudanças anunciadas pela Meta são: a Meta deixa de ter os parceiros de verificação de fatos ("fact checking", em inglês) que auxiliam na moderação de postagens, além da equipe interna dedicada a essa função; em vez de pegar qualquer violação à política do Instagram e do Facebook, os filtros de verificação passarão a focar em combater violações legais e de alta gravidade. para casos de menor gravidade, as plataformas dependerão de denúncias feitas por usuários, antes de qualquer ação ser tomada pela empresa; em casos de conteúdos considerados como de "menor gravidade", os próprios usuários poderão adicionar correções aos posts, como complemento ao conteúdo, de forma semelhante às "notas da comunidade" do X; Instagram e Facebook voltarão a recomendar mais conteúdo de política; a equipe de "confiança, segurança e moderação de conteúdo" deixará a Califórnia, e a de revisão dos conteúdos postados nos EUA será centralizada no Texas (EUA).

10/01/2025

ONU critica Meta por afrouxar políticas contra discurso de ódio: 'Regular esse conteúdo não é censura'

Na terça-feira (7), a Meta anunciou que vai suspender seu programa de verificação de fatos e mudou sua política contra conteúdos prejudiciais. Empresa passou a permitir, por exemplo, que público termos relacionados a doenças mentais sejam associados a gênero ou orientação sexual. Mark Zuckerberg anuncia que Meta vai encerrar sistema de checagem de fatos Regulamentar discurso de ódio na internet "não é censura", disse o alto comissário da ONU para os direitos humanos, Volker Türk. A declaração foi feita nesta sexta-feira (10), três dias após a Meta anunciar que vai suspender seu programa de verificação de fatos. A empresa também alterou sua política contra discurso de ódio em posts no Facebook, no Instagram e no Threads. As diretrizes passaram a permitir, por exemplo, que termos referentes a doenças mentais sejam associados a gênero ou orientação sexual. "Autorizar discursos de ódio e conteúdos prejudiciais na internet tem consequências no mundo real. Regular esse conteúdo não é censura", disse Türk, na rede social X, cujo proprietário, Elon Musk, acusou os programas de verificação de informações de censurar vozes conservadoras. O alto comissário também fez um apelo à "responsabilidade e governança no espaço digital, em conformidade com os direitos humanos". Mudanças podem fazer Instagram e Facebook virarem novos 'X', dizem especialistas Volker Türk, alto comissário da ONU para os direitos humanos, em foto de 9 de setembro de 2024 Fabrice Coffrini/AFP Na terça-feira (7), a Meta afirmou que seu programa de verificação de fatos será substituído por um sistema de notas da comunidade semelhante ao usado pelo X, em que os próprios usuários fazem correções ao conteúdo de postagens. A mudança começará pelos Estados Unidos. Como argumento para sua decisão drástica, o fundador do Meta, Mark Zuckerberg, afirmou que os verificadores de fatos "estão muito politizados e contribuíram para reduzir a confiança em vez de melhorá-la, especialmente nos Estados Unidos". Segundo ele, a Meta busca "restaurar a liberdade de expressão em suas plataformas". O anúncio da Meta ocorre após republicanos dos EUA como o empresário Musk, que é próximo do presidente eleito Donald Trump e fará parte do governo americano, reclamarem nos últimos anos sobre os programas de verificação de fatos, considerando-os uma forma de "censura". O programa de verificação de conteúdo inclui parcerias com veículos jornalísticos. A Meta paga para usar verificações de cerca de 80 organizações ao redor do mundo no Instagram, no Facebook e no WhatsApp. Como era o serviço de checagem da Meta e quais tipos de postagens eram barradas Por que fim de checagem aproxima Zuckerberg ainda mais de Trump Musk elogia decisão da Meta de dar fim ao serviço de checagem de posts Mark Zuckerberg, CEO da Meta Drew Angerer / AFP Questionada sobre a presença da ONU nas redes X e Meta, Michele Zaccheo, oficial de comunicações da ONU em Genebra, disse que as Nações Unidas "monitoram e avaliam constantemente" esses espaços online. "É importante que estejamos presentes com informações baseadas em fatos, e é isso que defendemos", acrescentou. "Ainda não sabemos como isso vai evoluir", mas "neste momento continuamos pensando que é importante estar presente nessas plataformas, apresentar as informações baseadas em evidências", disse. A porta-voz da Organização Mundial da Saúde (OMS), Margaret Harris, presente na coletiva de imprensa, acrescentou que o papel dessas redes para a organização "é fornecer boa informação científica sobre saúde e devemos fazê-lo onde as pessoas procuram, portanto estaremos presentes em todas as plataformas, na medida do possível". 'Fiquei preocupado com essa decisão', diz Marcelo Lins sobre encerramento de programa de verificação de fatos da Meta

10/01/2025

Suprema Corte dos EUA sinaliza que vai manter lei que obriga TikTok a vender ou encerrar operação no país

Maioria dos juízes parece decidida a manter a validade da lei aprovada pelo presidente americano Joe Biden. Norma dá até 19 de janeiro para a chinesa ByteDance, encontrar um novo dono para a operação da plataforma nos EUA. Por que o TikTok pode ser banido dos Estados Unidos? A Suprema Corte dos Estados Unidos ouviu nesta sexta-feira (10) argumentos a favor e contra a lei que força o TikTok a vender ou encerrar sua operação no país até 19 de janeiro. A maioria dos juízes parece decidida a manter a validade da lei, segundo o New York Times e a CNN. O caso foi colocado em uma espécie de regime de urgência e deve ser decidido até a próxima semana, de acordo com o New York Times. A maioria dos juízes avaliou que a lei não descumpre a Primeira Emenda da Constituição dos EUA, que garante liberdade de expressão. Em meio a uma disputa entre os EUA e a China, o presidente americano Joe Biden sancionou em abril de 2024 uma lei que já tinha passado pelo Congresso americano. A norma dá até o próximo dia 19 para a ByteDance vender a operação do aplicativo nos EUA para outra empresa. O governo dos EUA alega que o TikTok é um risco à segurança nacional porque permite à China coletar dados e espionar usuários, além de ser um meio de divulgação de propaganda. A China e a ByteDance negam veementemente as alegações. O TikTok, a ByteDance e várias organizações alegam que a lei viola a Primeira Emenda da Constituição americana. É sobre isso que os nove juízes da Suprema Corte se debruçarão. No Instagram e no Facebook, mudanças podem inibir liberdade de expressão, dizem especialistas "Acreditamos que o tribunal considerará a proibição do TikTok inconstitucional para que os mais de 170 milhões de americanos em nossa plataforma possam continuar a exercer seus direitos de liberdade de expressão", disse um porta-voz do TikTok. Em um processo na Suprema Corte, o TikTok argumentou que "o Congresso promulgou uma restrição maciça e sem precedentes à liberdade de expressão" que "fecharia uma das plataformas de vídeo mais populares" do país. "Isso, por sua vez, silenciará o discurso dos autores da ação e de muitos americanos que usam a plataforma para se comunicar sobre política, comércio, artes e outros assuntos de interesse público", acrescentou. A possível proibição pode prejudicar as relações entre os EUA e a China no momento em que Donald Trump se prepara para assumir a presidência em 20 de janeiro. Trump, com 14,7 milhões de seguidores no TikTok, tornou-se um aliado da plataforma, em forte contraste com seu primeiro mandato, quando o candidato republicano tentou banir o aplicativo, alegando preocupações com a segurança nacional. O advogado de Trump, John Sauer, entrou com um pedido na Suprema Corte no mês passado para suspender a lei. Sauer "solicita respeitosamente que o tribunal considere a suspensão do prazo de 19 de janeiro" para que "o novo governo do presidente Trump [tenha] a oportunidade de buscar uma solução política para as questões em jogo". Ilustração com o logo do TikTok sobre a bandeira dos Estados Unidos. Dado Ruvic/Reuters Saiba mais: Quais dados o TikTok diz coletar e como ele se compara com Instagram e Facebook Quem é o dono do TikTok e por que a rede desperta desconfiança de políticos nos EUA Donald Trump se reuniu com o presidente-executivo do TikTok, Shou Zi Chew, em sua residência em Mar-a-Lago, na Flórida, em dezembro. Trump disse recentemente à Bloomberg que mudou de ideia sobre o aplicativo. "Agora que penso sobre isso, sou a favor do TikTok porque você precisa de concorrência", disse ele. Uma coalizão de grupos de liberdade de expressão, incluindo a influente União Americana de Liberdades Civis (ACLU), entrou com uma petição separada na Suprema Corte, opondo-se à lei, temendo que ela se tornasse uma censura. A AFP, assim como mais de uma dúzia de outras organizações de verificação de fatos, verifica vídeos no aplicativo que potencialmente contêm informações falsas e é paga para fazer isso. Veja também: Depois de Meta e Amazon, Google e Microsoft doam US$ 1 milhão cada para posse de Trump, diz agência Mudanças podem fazer Instagram e Facebook virarem novos 'X' e até inibir liberdade de expressão, dizem especialistas Meta, dona de Instagram e Facebook, encerrará sistema de checagem de fatos Veja os memes que os brasileiros buscaram no Google em 2024

10/01/2025

Governo cobra explicações da Meta sobre mudanças na política de moderação de plataformas no Brasil

AGU fará notificação extrajudicial à gigante da tecnologia, que terá 72 horas para informar quais mudanças promoverá no Brasil. Lula reuniu ministros para tratar do tema. Lula e ministros durante reunião no Palácio do Planalto sobre mudanças anunciadas pela Meta Ricardo Stuckert/Presidência da República O ministro Rui Costa, da Casa Civil, afirmou nesta sexta-feira (10) que o governo brasileiro notificou a Meta para ter explicações sobre mudanças, no Brasil, na política de moderação nas plataformas da empresa, como o Instagram e o Facebook. Segundo Rui Costa, a Advocacia-Geral da União (AGU) fez uma interpelação extrajudicial à gigante da tecnologia. Jorge Messias, ministro da AGU, disse que, nessa notificação, o governo brasileiro pergunta como a empresa vai proteger crianças, adolescentes, mulheres e comerciantes após a implementação das mudanças. De acordo com Messias, a empresa terá 72 horas, a partir do recebimento da notificação, para informar o Brasil sobre qual política de tratamento de conteúdos postados nas plataformas será adotada para o país. "A nossa preocupação neste momento é que a empresa venha a público ? já que ela não foi transparente em momento algum ? [para explicar] qual a política que ela vai adotar a partir de uma notificação extrajudicial que a AGU protocolará nesta sexta. Para que a empresa explique categoricamente às autoridades brasileiras como é que ela vai proteger as crianças e adolescentes, mulheres e pequenos comerciantes que usam a plataforma como meio de negócio", disse Messias. Meta elimina checagem de fatos "Em razão da ausência de transparência dessa empresa, nós apresentaremos uma notificação extrajudicial, e a empresa terá 72 horas para informar o governo brasileiro qual é, de fato, a sua política para o Brasil, completou o ministro. Jorge Messias afirmou que, se a Meta não responder à interpelação no prazo de 72 horas, o governo poderá tomar medidas judiciais, mas não detalhou quais. Questionado se uma alternativa seria suspender as redes da empresa, o ministro disse que "isso não está em discussão neste momento". Os ministros Rui Costa, Jorge Messias e Juscelino Filho (Comunicações) participaram nesta sexta de uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre a Meta. Nesta quinta, Lula classificou como "grave" o anúncio feito pela Meta. Em uma postagem após a reunião desta sexta, o presidente afirmou que "todas as empresas que atuam no país precisam respeitar a legislação e a jurisdição brasileiras". A Meta, dona do Instagram e do Facebook, anunciou na terça-feira (7) que está encerrando o seu programa de verificação de fatos, começando pelos Estados Unidos. A empresa vai adotar as "notas de comunidade", em que os próprios usuários fazem correções ? um recurso similar ao implementado pelo X, de Elon Musk (veja as principais mudanças aqui). Na última quarta-feira (8), o Ministério Público Federal também cobrou explicações da Meta sobre a postura que a empresa adotará em relação ao Brasil. Projeto de regulação das redes sociais Lula manda recado a Zuckerberg e convoca reunião sobre a Meta Na entrevista desta sexta, Rui Costa disse que a regulamentação das redes sociais está na agenda do governo para este ano de 2025. Ele lembrou que há uma proposta nesse sentido em tramitação na Câmara dos Deputados. O projeto, no entanto, está parado por falta de consenso entre os parlamentares. Rui Costa informou que será criado um grupo de trabalho entre ministros para dialogar com parlamentares e entidades da sociedade a fim de tentar aperfeiçoar as leis brasileiras na área. Conforme o chefe da Casa Civil, o grupo de trabalho discutirá, também, eventuais medidas com impacto econômico nas empresas. Segundo o ministro, o governo tentará "afunilar" uma posição até a retomada das sessões da Câmara e do Senado. Se houver acordo, o governo aceita aproveitar projetos que já estão em tramitação no Congresso. Mudanças no Instagram e Facebook O anúncio foi feito pelo próprio presidente-executivo da empresa, Mark Zuckerberg, que afirmou que os verificadores "tem sido muito tendenciosos politicamente e destruíram mais confiança do que criaram". E assumiu que, com o fim da verificação por terceiros, "menos coisas ruins serão percebidas" pela plataforma. "Mas também vai cair a quantidade de posts e contas de pessoas inocentes que, acidentalmente, derrubamos." Em vídeo no Instagram, Zuckerberg também disse que a empresa vai trabalhar com Donald Trump, que assume a presidência dos Estados Unidos no próximo dia 20. As principais mudanças anunciadas pela Meta são: a Meta deixa de ter os parceiros de verificação de fatos ("fact checking", em inglês) que auxiliam na moderação de postagens, além da equipe interna dedicada a essa função; em vez de pegar qualquer violação à política do Instagram e do Facebook, os filtros de verificação passarão a focar em combater violações legais e de alta gravidade. para casos de menor gravidade, as plataformas dependerão de denúncias feitas por usuários, antes de qualquer ação ser tomada pela empresa; em casos de conteúdos considerados como de "menor gravidade", os próprios usuários poderão adicionar correções aos posts, como complemento ao conteúdo, de forma semelhante às "notas da comunidade" do X; Instagram e Facebook voltarão a recomendar mais conteúdo de política; a equipe de "confiança, segurança e moderação de conteúdo" deixará a Califórnia, e a de revisão dos conteúdos postados nos EUA será centralizada no Texas (EUA).

10/01/2025

Depois de Meta e Amazon, Google e Microsoft doam US$ 1 milhão cada para posse de Trump, diz agência

As principais empresas de tecnologia, incluindo OpenAI e Apple, têm intensificado sua relação com Donald Trump, por meio de contribuições financeiras para a sua cerimônia de posse e declarações de apoio. Prática é comum no país. Presidente eleito dos EUA, Donald Trump, dá coletiva de imprensa em Mar-a-Lago em 7 de janeiro de 2025. REUTERS/Carlos Barria As big techs Google e Microsoft doaram US$ 1 milhão cada para a cerimônia de posse do presidente eleito dos EUA, Donald Trump, que será realizada no dia 20 deste mês. O Google confirmou a doação na última segunda-feira (6), enquanto a Microsoft informou que realizou o envio do valor na quinta-feira (9), segundo informações da agência Reuters a partir da TV norte-americana CNBC. "O Google tem o prazer de apoiar a inauguração de 2025 com uma transmissão ao vivo no YouTube e um link direto em nossa página inicial [para a posse]. Também estamos doando para o comitê inaugural [de Trump]?, afirmou Karan Bhatia, chefe global de assuntos governamentais e políticas públicas do Google, em comunicado à CNBC. A TV americana lembra que a Microsoft também doou US$ 500 mil para a posse de Donald Trump em 2016 e destinou o mesmo valor para a cerimônia de posse do presidente Joe Biden, em 2021. Outras empresas de tecnologia também contribuíram para a posse de Donald Trump. Entre elas estão Meta (dona do Facebook, Instagram e WhatsApp), Amazon, Apple e OpenAI, dona do ChatGPT. Elon Musk, dono do X (antigo Twitter), tem atuado como conselheiro de Donald Trump enquanto o presidente eleito se prepara para retornar à Casa Branca. Musk também participou ativamente da campanha de Trump e foi nomeado para um cargo no futuro governo. As principais big techs têm sinalizado a intenção de se aproximar de Trump. Além das doações, os CEOs dessas empresas parabenizaram publicamente o presidente eleito após o resultado das eleições americanas de 2024. Nesta semana, após anunciar o fim do programa de checagem de fatos da empresa, o CEO da Meta afirmou que este é o momento de a companhia "retornar às nossas raízes em torno da liberdade de expressão". Ele também declarou que a Meta trabalhará com Donald Trump para combater a "censura" de outros países contra empresas americanas. Meta, dona de Instagram e Facebook, encerrará sistema de checagem de fatos Doações para posses presidenciais são comuns As empresas representam uma grande parcela dos doadores para posses presidenciais, com exceção de 2009, quando o então presidente eleito Barack Obama se recusou a aceitar doações corporativas. Ele reverteu essa decisão em sua segunda posse, em 2013, segundo a agência Associated Press. O Facebook não fez doações para a posse de Biden em 2021 nem para a posse de Trump em 2017. Facebook, Apple, Google e Microsoft Montagem/Reuters O Google doou US$ 285 mil para a primeira posse de Trump e para a posse de Biden, de acordo com os registros da Comissão Eleitoral Federal. Os comitês inaugurais são obrigados a divulgar a fonte de sua arrecadação de fundos, mas não a forma como gastam o dinheiro. A Microsoft doou US$ 1 milhão para a segunda posse de Obama, mas apenas US$ 500 mil para as posses de Trump, em 2017, e de Biden, em 2021. A Amazon doou cerca de US$ 58 mil para a posse de Trump em 2017, muito menos do que US$ 1 milhão doado agora. LEIA TAMBÉM: Mudanças podem fazer Instagram e Facebook virarem novos 'X' e até inibir liberdade de expressão, dizem especialistas Irmã de Sam Altman, da OpenAI, diz que foi abusada sexualmente por ele quando era criança; executivo nega acusação Pela 1ª vez, tribunal da União Europeia multa a própria UE por violar sua lei de proteção de dados Menores desdenham da educação e dizem ganhar muito dinheiro vendendo cursos Golpe da CNH: como se proteger de mensagens falsas sobre suspensão da habilitação Por que os jovens estão deixando de usar aplicativos de relacionamento?

10/01/2025

Mudanças podem fazer Instagram e Facebook virarem novos 'X' e até inibir liberdade de expressão, dizem especialistas

Seguindo caminho da rede social de Elon Musk, dona do Instagram e do Facebook vai trocar programa profissional de verificação de fatos por denúncias feitas por usuários, além de permitir mais discursos ofensivos. Estudiosos falam em menos transparência, ambiente tóxico e futuro incerto. Meta, dona de Instagram e Facebook, encerrará sistema de checagem de fatos As recentes mudanças anunciadas pela Meta na moderação de conteúdo, que a empresa diz que servirão para aumentar a liberdade de expressão, podem ter um efeito contrário, causando desconforto e inibindo alguns usuários. ?Um ambiente mais violento, por exemplo, onde circule mais discurso de ódio, pode ser mais hostil para determinada participação política, o que, no limite, pode prejudicar a liberdade de expressão", explica Francisco Brito Cruz, diretor do Internet Lab. "Algumas pessoas que vão pensar: 'Poxa, por que eu vou falar nessa plataforma e receber uma chuva de comentários ofensivos que a plataforma diz que é liberdade de expressão? Melhor eu não falar nada'", exemplifica. Ao anunciar as mudanças, o presidente-executivo da big tech, Mark Zuckerberg , disse que esse é o momento de a empresa "voltar às raízes em torno da liberdade de expressão". A decisão foi celebrada por Elon Musk, dono do X, e pelo presidente eleito Donald Trump. Cruz e outros especialistas ouvidos pelo g1 entendem que o fim do sistema terceirizado de verificação de fatos, a redução dos temas que podem ser alvo de filtros de conteúdo e uma permissividade para discursos ofensivos vão prejudicar os usuários. Para David Nemer, professor nos departamentos de Estudos de Mídia e Antropologia na Universidade da Virginia, nos EUA, essa mudança de rota leva o Facebook e o Instagram para o caminho do X. E isso não é bom. Em 2022, já sob a gestão de Musk, o então Twitter intensificou o uso das "notas da comunidade", onde cabe aos usuários ? e não a checadores especializados ? denunciar conteúdos falsos, ofensivos ou problemáticos. Esse mesmo sistema será seguido agora pela Meta nas suas plataformas, que também incluem o Threads. "O número de ataques antissemitas e racistas cresceu exponencialmente no X. Então, é possível esperar que isso se repita na Meta", diz Nemer. Para Pablo Ortellado, professor de gestão de políticas públicas da Universidade de São Paulo (USP), a moderação de conteúdo é indispensável para o funcionamento das mídias digitais. "Caso contrário, elas seriam rapidamente inundadas por spam, pornografia e propaganda ilícita", exemplificou no podcast O Assunto (ouça abaixo). Em nota assinada por mais de 70 entidades, incluindo o Instituto de Defesa de Consumidor (Idec), divulgada nesta quarta-feira (8), as organizações fazem um alerta no mesmo sentido. ?Sob o pretexto de ?restaurar a liberdade de expressão?, as propostas delineadas não apenas colocam em risco grupos vulnerabilizados que usam esses serviços, mas também enfraquecem anos de esforços globais para promover um espaço digital um pouco mais seguro, inclusivo e democrático?, diz o texto. Como era o serviço de checagem da Meta e quais tipos de postagens eram barradas que agora podem aparecer Menos transparência Ao anunciar o fim do programa de checagem de fatos, Zuckerberg disse que os moderadores independentes, que exerciam essa função, são "muito tendenciosos politicamente". Mas, os checadores não tinham poder de derrubar conteúdo, apenas sinalizavam o que consideravam potencialmente falso para a plataforma, segundo Yasmin Curzi, pesquisadora do Karsh Institute of Democracy da Universidade de Virgínia (EUA). Os checadores atuam a partir de uma série de critérios, como identificação de fatos e dados oficiais, eles são essenciais para reduzir o grau de incerteza das ações de verificação e moderação da plataforma, argumenta Helena Martins, professora da Universidade Federal do Ceará (UFC) e integrante da Coalizão Direitos na Rede. Além disso, como o programa de checagem de fatos funcionava através de organizações externas à Meta, ele tinha um papel essencial de possibilitar uma governança mais democrática, plural dos e transparente dos conteúdos, segundo Clara Iglesias Keller, líder de pesquisa em tecnologia, poder e dominação no Instituto Weizenbaum, na Alemanha. 'Nova era': entenda o vai e vem na relação de Zuckerberg e Trump Afrouxamento do 'coração' da moderação de conteúdo A Meta anunciou também "afrouxamento" dos filtros de verificação, ferramentas de moderação de conteúdos programadas por inteligência artificial para analisar se as publicações estão dentro das regras da plataforma. Para Cruz, esse sistema de filtro é o "coração da máquina de moderação de conteúdo" e mudanças nele têm potencial de influência muito grande no que circula nas redes. "Esses sistemas automatizados não checam um ou dois posts, mas atuam no sistema todo. Um afrouxamento no seu controle de regras pode significar um aumento significativo na circulação de conteúdos que não seguem as regras da plataforma e, eventualmente, contêm discursos de ódio e desinformação", descreve. Uma das principais críticas da Meta em relação a esse sistema é que ele erra e acaba denunciando e removendo conteúdos que estão de acordo com as regras da plataforma, o que era amenizado pelos checadores independentes, segundo Yasmin Curzi. "As parcerias com agências de checagem sempre foram uma recomendação para evitar a remoção arbitrária de conteúdo", descreve. Mudanças anunciadas pela Meta: a Meta deixa de ter os parceiros de verificação de fatos ("fact checking", em inglês) que auxiliam na moderação de postagens, além da equipe interna dedicada a essa função; em vez de pegar qualquer violação à política do Instagram e do Facebook, os filtros de verificação passarão a focar em combater violações legais e de alta gravidade. para casos de menor gravidade, as plataformas dependerão de denúncias feitas por usuários, antes de qualquer ação ser tomada pela empresa; em casos de conteúdos considerados como de "menor gravidade", os próprios usuários poderão adicionar correções aos posts, como complemento ao conteúdo, de forma semelhante às "notas da comunidade" do X; Instagram e Facebook voltarão a recomendar mais conteúdo de política; a equipe de "confiança, segurança e moderação de conteúdo" deixará a Califórnia, e a de revisão dos conteúdos postados nos EUA será centralizada no Texas (EUA). Como era o serviço de checagem da Meta e quais tipos de postagens eram barradas que agora podem aparecer Mark Zuckerberg anuncia que Meta vai encerrar sistema de checagem de fatos Logo da Meta, controladora do Facebook, em foto tirada em 28 de outubro de 2021 Justin Sullivan / Getty Images North America / Getty Images via AFP

10/01/2025

Lula reúne ministros para debater decisão da Meta e regulação das redes nesta sexta

Presidente defendeu que redes sociais não podem ferir a 'soberania' de países, e lembrou que o universo digital demanda normas semelhantes às do mundo offline. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vai reunir ministros no Palácio do Planalto nesta sexta-feira (10) para discutir a decisão da Meta de desativar o serviço de checagem de fatos em suas redes sociais. A Meta, uma das Big Techs do Vale do Silício, na Califórnia, é dona, por exemplo, do Facebook, Instagram e WhatsApp. A reunião de Lula com os ministros vai debater também o projeto de regulação das redes sociais, uma iniciativa considerada prioritária pelo governo. Na agenda do presidente, a reunião está marcada para 10h. Está prevista a participação dos ministros Rui Costa (Casa Civil), Juscelino Filho (Comunicações), Manoel Carlos de Almeida (substituto do Ministério da Justiça) e do futuro ministro da Secretaria de Comunicação da Presidência, o publicitário Sidônio Palmeira. Essa será a primeira reunião de Sidônio com outros ministros. Lula critica medidas anunciadas pela gigante de tecnologia Meta Nesta semana, a Meta anunciou que está encerrando o seu programa de verificação de fatos, começando pelos Estados Unidos. A empresa vai adotar as chamadas "notas de comunidade", em que os próprios usuários fazem correções ? um recurso similar ao implementado pelo X, de Elon Musk (leia as principais mudanças aqui). LEIA TAMBÉM MPF cobra explicações da Meta sobre mudanças nas políticas de moderação de plataformas O que são as notas de comunidade que a Meta quer implementar? 'Não pode um, dois, três cidadãos acharem que podem ferir a soberania de uma nação', diz Lula ao ser questionado sobre Meta Críticas de Lula Questionado sobre a decisão, Lula criticou as mudanças anunciadas pela empresa sobre o tratamento de conteúdos postados na plataforma, e afirmou que os países devem ter suas soberanias "resguardadas" (veja no vídeo acima). "Nós queremos, na verdade, é que cada país tenha a sua soberania resguardada. Não pode um cidadão, não pode dois cidadãos, não pode três cidadãos, acharem que podem ferir a soberania de uma nação", afirmou Lula. Na fala, o presidente também defendeu uma regulamentação das redes que estabeleça regras e respeito à legislação semelhantes entre o contexto offline e o universo digital. "Eu acho que é extremamente grave as pessoas quererem que a comunicação digital não tenha mesma responsabilidade de um cara que comete um crime na imprensa escrita", completou Lula. Novas regras para a Meta A medida foi anunciada em vídeo postado no Instagram pelo CEO da empresa, Mark Zuckerberg. ElE afirmou que os verificadores "têm sido muito tendenciosos politicamente e destruíram mais confiança do que criaram". Zuckerberg também assumiu que, com o fim da verificação por terceiros, "menos coisas ruins serão percebidas" pela plataforma. "Mas também vai cair a quantidade de posts e contas de pessoas inocentes que, acidentalmente, derrubamos." Meta elimina checagem de fatos Além disso, o CEO da Meta afirmou, sem apresentar provas, que "tribunais secretos" da América Latina "ordenam remoção silenciosa de conteúdos" em redes sociais. A fala foi interpretada por integrantes do governo Lula como uma indireta ao Supremo, que recentemente travou embates judiciais com o proprietário do X, Elon Musk. Zuckerberg também fez elogios ao presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, indicando que pode se aliar ao político do partido Republicano, de direita. Embate com o STF Em pronunciamento esta semana, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes também afirmou que redes sociais só poderão operar no Brasil se respeitarem a legislação brasileira. O ministro condenou o que chamou de "bravatas de dirigentes irresponsáveis", e afirmou que a Corte e as demais instituições do país não pretendem permitir que as plataformas contribuam para disseminar conteúdos criminosos. Vale lembrar que Moraes determinou a suspensão do acesso à rede social X no Brasil em em agosto de 2024, após a rede social do bilionário Elon Musk descumprir uma série de determinações judiciais brasileiras. Em outubro, a plataforma cumpriu as normas e voltou a operar no país.

09/01/2025

Meta publica em português nova política que permite associar público LGBTQIA+ a doenças mentais

Alteração nas políticas de discurso de ódio ocorreu na terça-feira (7), mesmo dia em que empresa anunciou fim do sistema de checagem de fatos. Versão em português para o Brasil foi atualizada nesta quinta (9). Meta, dona de Instagram e Facebook, encerrará sistema de checagem de fatos Após divulgar a versão inicial em inglês, a Meta publicou nesta quinta-feira (9) uma atualização em português de sua política de "Conduta de ódio". As diretrizes agora permitem, entre outros pontos, a associação de termos relacionados a doenças mentais a gênero ou orientação sexual. As regras se aplicam a todas as plataformas da empresa, como Facebook, Instagram e Threads. "Permitimos alegações de doença mental ou anormalidade quando baseadas em gênero ou orientação sexual, considerando discursos políticos e religiosos sobre transgenerismo e homossexualidade, bem como o uso comum e não literal de termos como ?esquisito?, diz o texto com as novas diretrizes. Inicialmente, a atualização ocorreu para locais como Estados Unidos e Reino Unido e foi divulgada no mesmo dia que Mark Zuckerberg anunciou que a empresa está encerrando o programa de verificação de fatos. Ao selecionar a página em português do Brasil, a versão que aparecia era a de 10 meses atrás, sem essas alterações. A Associac?a?o Nacional de Travestis e Transexuais (Antra) protocolou uma representac?a?o no Ministe?rio Pu?blico Federal (MPF) contra a Meta, pedindo provide?ncias sobre a decisa?o. A entidade citou uma disputa anterior contra o X (antigo Twitter) em que o MPF também foi acionado; segundo a Antra, a ação obrigou a rede social a restabelecer medidas de protec?a?o a? comunidade trans no Brasil Ofensas durante 'discussões' políticas e religiosas A nova versão abre espaço, por exemplo, para que usuários utilizem discursos com ?linguagem insultuosa no contexto de discussão de tópicos políticos ou religiosos, como ao discutir direitos transgêneros, imigração ou homossexualidade?. Ao mesmo tempo, a Meta retirou algumas restrições da política de uso das plataformas. Uma delas, por exemplo, proibia explicitamente a ?autoadmissão de intolerância com base em características protegidas [de discriminação], incluindo, mas não se limitando a homofóbica, islamofóbica, racista?. Em um trecho que foi mantido, as diretrizes da Meta continuam barrando conteúdos que ataquem ?conceitos, instituições, ideias, práticas ou crenças associadas a características protegidas, que provavelmente contribuirão para danos físicos iminentes, intimidação ou discriminação contra as pessoas associadas a essa característica protegida?. Saiba mais sobre as mudanças aqui. Alinhamento com Trump O presidente-executivo da Meta, Mark Zuckerberg, divulgou um vídeo nesta terça para anunciar o fim da checagem dos posts por terceiros (assista abaixo). Na publicação, ele disse que a empresa trabalhará com o presidente eleito Donald Trump, que tomará posse no próximo dia 20, para combater supostas tentativas de censura. O republicano prometeu "deter a loucura transgênero" em seu primeiro dia de governo. Trump também pretende expurgar as Forças Armadas dos militares considerados "woke" (termo ligado a pessoas focadas em justiça racial e social, que é usado de forma depreciativa pelos conservadores). Mark Zuckerberg anuncia que Meta vai encerrar sistema de checagem de fatos Veja quais trechos foram incluídos na nova versão - eles estão destacados abaixo: [Na introdução] Às vezes, as pessoas usam linguagem exclusiva de sexo ou gênero ao discutir acesso a espaços frequentemente limitados por sexo ou gênero, como acesso a banheiros, escolas específicas, funções militares, policiais ou de ensino específicas e grupos de saúde ou apoio. Outras vezes, elas pedem exclusão ou usam linguagem insultuosa no contexto de discussão de tópicos políticos ou religiosos, como ao discutir direitos transgêneros, imigração ou homossexualidade. Finalmente, às vezes as pessoas xingam um gênero no contexto de um rompimento romântico. Nossas políticas são projetadas para permitir espaço para esses tipos de discurso. [No trecho que cita quais tipos de conteúdos não devem ser postados] [Publicações que contêm] Exclusão econômica, o que significa negar acesso a direitos econômicos e limitar a participação no mercado de trabalho. Nós permitimos conteúdo que defenda limitações de gênero em empregos militares, policiais e de ensino. Também permitimos o mesmo conteúdo com base na orientação sexual, quando o conteúdo é baseado em crenças religiosas. [Publicações que contêm] Exclusão social, o que significa coisas como negar acesso a espaços (físicos e online) e serviços sociais, exceto para exclusão baseada em sexo ou gênero de espaços comumente limitados por sexo ou gênero, como banheiros, esportes e ligas esportivas, grupos de saúde e apoio e escolas específicas. [Publicações que contêm] Características mentais, incluindo, mas não se limitando a alegações de estupidez, capacidade intelectual e doença mental, e comparações sem suporte entre grupos de PC com base na capacidade intelectual inerente. Nós permitimos alegações de doença mental ou anormalidade quando baseadas em gênero ou orientação sexual, dado o discurso político e religioso sobre transgenerismo e homossexualidade e o uso comum, não sério, de palavras como "esquisito". Veja quais trechos foram retirados na nova versão - eles estão destacados abaixo: [Na introdução] Acreditamos que as pessoas usam suas vozes e se conectam mais livremente quando não se sentem atacadas com base em quem são. É por isso que não permitimos condutas de ódio no Facebook, Instagram ou Threads. Isso cria um ambiente de intimidação e exclusão e, em alguns casos, pode promover violência offline. [No trecho que cita quais tipos de conteúdos não devem ser postados] [Publicações que contêm] Autoadmissão de intolerância com base em características protegidas, incluindo, mas não se limitando a: homofóbica, islamofóbica, racista. Conteúdo direcionado a uma pessoa ou grupo de pessoas com base em suas características protegidas, com alegações de que elas têm ou espalham o novo coronavírus, são responsáveis pela existência do novo coronavírus ou estão espalhando deliberadamente o novo coronavírus. LEIA TAMBÉM: O que são as notas de comunidade que a Meta quer implementar? Por que fim de checagem aproxima Zuckerberg ainda mais de Trump Secretário do governo Lula critica Meta e aponta indireta ao STF Traduzir, criar imagens e mais: quais tarefas do dia a dia o Meta AI no WhatsApp consegue

09/01/2025

Irmã de Sam Altman, da OpenAI, diz que foi abusada sexualmente por ele quando era criança; executivo nega acusação

Ann Altman acusou o chefe da empresa que criou o ChatGPT de ter cometido vários atos de estupro e agressão sexual desde quando ela tinha 3 anos de idade. Em carta assinada com mãe e irmãos, ele diz que Ann enfrenta 'desafios de saúde mental'. Sam Altman JN A irmã de Sam Altman, presidente-executivo da OpenAI, acusou o executivo de ter cometido abuso sexual contra ela regularmente entre 1997 e 2006. O líder da empresa que criou o ChatGPT negou a alegação em carta assinada por ele e outros membros de sua família. O processo foi aberto na última segunda-feira (6) no tribunal federal de Saint Louis, em Missouri, nos Estados Unidos. Na ação, Ann Altman afirma que os abusos aconteceram na casa da família, no subúrbio da cidade de Clayton, no Missouri. Hoje com 30 anos de idade, Ann diz que os crimes começaram quando ela tinha 3 anos e Sam, 12. Ela afirma que os abusos incluíram "numerosos atos" de estupro e agressão sexual até ela alcançar 11 ou 12 anos de idade. Na ação, ela reivindica US$ 75 mil (cerca de R$ 450 mil), mais punições por transtorno de estresse pós-traumático, sofrimento emocional severo, angústia mental e depressão. Sam Altman negou as acusações em uma carta assinada por ele, sua mãe Connie e seus irmãos Max e Jack. No documento, eles afirmam que Ann, também chamada de Annie, "enfrenta desafios de saúde mental" e exige dinheiro apesar de receber um apoio financeiro mensal da família. "Annie fez alegações profundamente dolorosas e totalmente falsas sobre nossa família, especialmente Sam. Escolhemos não responder publicamente, por respeito à privacidade dela e nossa. No entanto, ela agora entrou com uma ação legal contra Sam, e sentimos que não temos escolha a não ser resolver isso", disse o comunicado. "Todas essas alegações são completamente falsas. Essa situação causa imensa dor a toda a nossa família. É especialmente doloroso quando ela recusa o tratamento convencional e ataca os membros da família que estão genuinamente tentando ajudar". LEIA TAMBÉM: Como era o serviço de checagem que a Meta vai encerrar Como aumentar a segurança da conta gov.br O que mudou no WhatsApp (e talvez você não saiba) Por que Zuckerberg se dobrou para Trump

09/01/2025

Pela 1ª vez, tribunal da União Europeia multa a própria UE por violar sua lei de proteção de dados

Decisão ocorre após a transferência de dados pessoais de um cidadão alemão para os Estados Unidos sem as devidas salvaguardas, violando o Regulamento Geral de Proteção de Dados (GDPR). Bandeiras da Alemanha e da União Europeia são vistas em frente à Catedral de colônia nesta sexta-feira (17) Ina Fassbender/Reuters O Tribunal Geral da União Europeia determinou nesta quarta-feira (8) que a Comissão Europeia deve indenizar um cidadão alemão por descumprir seus próprios regulamentos de proteção de dados. É a primeira vez na história do bloco que a Comissão é condenada a pagar indenização por esse motivo. O tribunal concluiu que a Comissão Europeia transferiu os dados pessoais do cidadão europeu para os Estados Unidos sem as devidas salvaguardas e determinou o pagamento de 400 euros (algo em torno de R$ 2.500) em indenização. A pessoa utilizou a opção "Entrar com o Facebook" na página de login da União Europeia para se registrar em uma conferência. O tribunal, responsável por julgar ações contra instituições da UE, concluiu que a transferência do endereço IP do usuário para a Meta, dona de Facebook, WhatsApp e Instagram, com sede nos EUA, violou as regras de proteção de dados da UE. O Regulamento Geral de Proteção de Dados (GDPR, na sigla em inglês) é reconhecido como uma das legislações de privacidade de dados mais abrangentes e rigorosas do mundo. Grandes empresas como Meta e LinkedIn, entre outras, enfrentaram multas significativas da UE por não conformidade. LEIA TAMBÉM: União Europeia reage a Zuckerberg e diz não censurar as redes sociais Como era o serviço de checagem da Meta e quais tipos de postagens eram barradas que agora podem aparecer Telegram permite que contas oficiais concedam selo de verificação a terceiros para combater golpes Meta, dona de Instagram e Facebook, encerrará sistema de checagem de fatos O fim da 'salada de cabos' Quais foram os youtubers que mais cresceram no Brasil em 2024?

08/01/2025

União Europeia reage a Zuckerberg e diz não censurar as redes sociais

Segundo a Comissão Europeia, a Lei de Serviços Digitais do território não forçou ou solicitou que as plataformas removessem conteúdo legal. União Europeia reage a Zuckerberg e diz não censurar as redes sociais A Comissão Europeia rebateu nesta quarta-feira (8) a afirmação do presidente-executivo da Meta, Mark Zuckerberg, de que as leis de dados da União Europeia censuram as redes sociais. Segundo a Comissão, que é o órgão executivo da UE, a Lei de Serviços Digitais do território não forçou ou solicitou que as plataformas removessem conteúdo legal, mas apenas que elas retirassem conteúdo que pudesse ser prejudicial, por exemplo, para crianças ou para as democracias europeias. "Rejeitamos categoricamente qualquer acusação de censura da nossa parte", disse a porta-voz da Comissão, Paula Pinho. A Meta anunciou, por meio de Zuckerberg, o fim dos programas de checagem de fatos no Facebook, Instagram e Threads, começando pelos Estados Unidos. O dono da Meta também disse que trabalhará com o presidente eleito dos EUA, Donald Trump, para combater a censura em todo o mundo. "A Europa tem um número cada vez maior de leis que institucionalizam a censura e dificultam a criação de algo inovador lá", disse Zuckerberg. Em sua fala, ele ainda citou "tribunais secretos" de países latino-americanos que ordenam "retirar coisas silenciosamente". François Lenoir/Reuters Para substituir o programa de checagem de fatos, a Meta anunciou que utilizará "notas da comunidade", como faz o X. A plataforma de Elon Musk permite que usuários colaboradores escrevam uma nota em uma publicação que acreditam ser enganosa. A nota é tornada pública se um número suficiente de colaboradores de diferentes pontos de vista a classificarem como útil. Segundo um porta-voz da Comissão Europeia, citado pela Reuters, a União Europeia não recomendou formatos específicos de moderação de conteúdo, e as notas da comunidade poderiam ser uma possibilidade. De acordo com ele, o modelo utilizado precisa ser eficaz. *Com Reuters LEIA TAMBÉM Como era o serviço de checagem da Meta e quais tipos de postagens eram barradas Meta passa a permitir que público LGBTQIA+ seja associado a doenças mentais 'Nova era': entenda o vai e vem na relação de Zuckerberg e Trump Mark Zuckerberg anuncia que Meta vai encerrar sistema de checagem de fatos

08/01/2025

MPF cobra explicações da Meta sobre mudanças nas políticas de moderação de plataformas

O Ministério Público Federal quer saber detalhes da alteração, anunciada pela empresa dona do Instagram e do Facebook, e avaliar de que forma elas poderão, eventualmente, afetar os usuários brasileiros. O Ministério Público Federal em São Paulo notificou nesta quarta-feira (8) a empresa Meta para que informe se as mudanças nas políticas de moderação de conteúdo em suas plataformas digitais, nos Estados Unidos, também serão aplicadas no Brasil. A Meta, dona do Instagram e do Facebook, anunciou na terça-feira (7) que está encerrando o seu programa de verificação de fatos, começando pelos Estados Unidos. A empresa vai adotar as "notas de comunidade", em que os próprios usuários fazem correções ? um recurso similar ao implementado pelo X, de Elon Musk (entenda mais no vídeo abaixo). Meta elimina checagem de fatos Diante das mudanças, o MPF quer saber detalhes da alteração e avaliar de que forma poderão, eventualmente, afetar os usuários brasileiros. Na avaliação dos procuradores, algumas das mudanças anunciadas ?alteram radicalmente? uma parte substantiva do que foi informado pelos responsáveis pelas plataformas Facebook/Meta e Instagram como providências que seriam adotadas para enfrentar a ?desinformação organizada socialmente danosa e violência no mundo digital?. ?Nesse cenário, o que se tem, portanto, é o anúncio de mudanças que alteram, de modo substantivo, o conjunto de providências que, perante o Ministério Público Federal, foram indicadas pelos responsáveis pelas plataformas Facebook/Meta e Instagram como determinantes "para coibir a desinformação e promover um ambiente seguro e saudável em seus serviços", diz o MPF. Meta, dona do Instagram e do Facebook, anuncia fim do sistema de checagem de fatos nos EUA Reprodução/TV Globo Segundo o documento, ?é absolutamente relevante, diante disso, provocar a empresa Meta para que detalhe tais mudanças, sobretudo em relação a seus eventuais impactos para as políticas de moderação de conteúdos até agora desenhadas e aplicadas no Brasil". "Afinal, compreender se e como tais mudanças impactarão o ambiente experienciado pelos usuários brasileiros destas plataformas é um passo indispensável para, no escopo do presente Inquérito, avaliar a compatibilidade de tais providências com o ordenamento jurídico hoje em vigor em nosso país?, prossegue. A determinação para que a Meta apresente as informações é um desdobramento de um inquérito civil da Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão que investiga a conduta de plataformas digitais no enfrentamento à desinformação e à violência no mundo digital no Brasil. ?O caso foi aberto em 2021. O MPF/SP cobra melhorias das plataformas para identificar e combater ações como a produção de conteúdos falsos, o disparo de mensagens em massa e o uso de robôs e perfis fictícios. Mudanças no Instagram e Facebook O anúncio foi feito pelo próprio presidente-executivo da empresa, Mark Zuckerberg, que afirmou que os verificadores "tem sido muito tendenciosos politicamente e destruíram mais confiança do que criaram". E assumiu que, com o fim da verificação por terceiros, "menos coisas ruins serão percebidas" pela plataforma. "Mas também vai cair a quantidade de posts e contas de pessoas inocentes que, acidentalmente, derrubamos." Em vídeo no Instagram, Zuckerberg também disse que a empresa vai trabalhar com Donald Trump, que assume a presidência dos Estados Unidos no próximo dia 20. As principais mudanças anunciadas pela Meta são: a Meta deixa de ter os parceiros de verificação de fatos ("fact checking", em inglês) que auxiliam na moderação de postagens, além da equipe interna dedicada a essa função; em vez de pegar qualquer violação à política do Instagram e do Facebook, os filtros de verificação passarão a focar em combater violações legais e de alta gravidade. para casos de menor gravidade, as plataformas dependerão de denúncias feitas por usuários, antes de qualquer ação ser tomada pela empresa; em casos de conteúdos considerados como de "menor gravidade", os próprios usuários poderão adicionar correções aos posts, como complemento ao conteúdo, de forma semelhante às "notas da comunidade" do X; Instagram e Facebook voltarão a recomendar mais conteúdo de política; a equipe de "confiança, segurança e moderação de conteúdo" deixará a Califórnia, e a de revisão dos conteúdos postados nos EUA será centralizada no Texas (EUA).

08/01/2025

Como era o serviço de checagem da Meta e quais tipos de postagens eram barradas que agora podem aparecer

Meta encerrou o programa de verificação de fatos, permitindo que conteúdos considerados problemáticos sejam 'corrigidos' pelos próprios usuários. Especialistas alertam que postagens de 'menor gravidade' poderão permanecer no ar sem verificação, estimulando desinformação e discursos de ódio. Meta, dona de Instagram e Facebook, encerrará sistema de checagem de fatos A Meta, dona do Instagram e do Facebook, decidiu encerrar seu programa de verificação de fatos para concentrar esforços apenas em conteúdos considerados de "alta gravidade". A mudança, que começa pelos Estados Unidos, foi anunciada pelo "chefão" da empresa Mark Zuckerberg em um vídeo de 5 minutos publicado no Instagram na última terça-feira (7). Na publicação, Zuckerberg disse ainda que suas plataformas passarão a recomendar mais conteúdo político e que a equipe de "confiança, segurança e moderação de conteúdo", que revisa posts de usuários dos EUA, deixará a Califórnia, um estado considerado progressista, e será realocada no Texas, governado por conservadores do Partido Republicano, o mesmo do presidente eleito Donald Trump. Especialistas consultados pelo g1 alertam que a alteração na moderação de conteúdo permitirá que posts considerados problemáticos apareçam com mais frequência e permaneçam no ar sem a verificação da empresa, como desinformação sobre vacinas, Covid e eleições. Nesta reportagem, você vai saber: Como funcionava o sistema de checagem E como fica a partir de agora? Postagens antes barradas agora podem aparecer Como funcionava o sistema de checagem Instagram mostrou, em 2019, como seriam os avisos feitos por checadores independentes em posts conteúdo que tivessem alguma desinformação Reprodução/Instagram A moderação de conteúdo da Meta começou em 2016, após a vitória de Donald Trump nas eleições dos EUA. Na época, o Facebook foi acusado de ajudar a eleger Trump ao permitir que uma empresa usasse dados da base de usuários da rede social para espalhar notícias falsas. O caso ficou conhecido pelo nome da companhia, Cambridge Analytica e chegou a gerar prejuízos financeiros para a plataforma de Zuckerberg. além de uma intenção pressão pública e até de funcionários do Facebook pelo combate à desinformação. ENTENDA: o vai e vem na relação de Zuckerberg e Trump De acordo com especialistas, para combater as fake news, a empresa criou a biblioteca de anúncios, estabeleceu um conselho com participação social e implementou o programa terceirizado de checagem de fatos, com organizações de fora da Meta, visando aumentar a transparência com seus usuários. Quem eram os checadores - para fazer parte do programa da Meta, todos os checadores precisavam ser certificados e seguir os princípios da International Fact-Checking Network (IFCN), uma aliança global de checagem de fatos do Instituto Poynter, baseado nos EUA. Desde 2016, mais de 80 organizações, atuando em mais de 60 idiomas, colaboravam com a empresa de Mark Zuckerberg. As agências de notícias Reuters, France Presse e Associated Press eram alguns desses parceiros. No Brasil, a Meta conta com o apoio de cinco parceiros de checagem de fatos. Esses parceiros podiam analisar materiais publicados no Instagram e no Facebook, abrangendo vídeos, imagens, links e textos. Os parceiros de verificação tinham autonomia para identificar conteúdos suspeitos, mas, antes disso, equipes da própria Meta identificavam postagens virais com potencial de conter informações imprecisas. Os checadores independentes avaliavam a precisão das publicações por meio de entrevistas com fontes primárias, análise de dados públicos e verificação de fotos e vídeos, segundo a própria Meta. Os checadores que atuavam em parceria com a Meta não tinham autoridade para remover conteúdos, segundo Yasmin Curzi, pesquisadora do Karsh Institute of Democracy da Universidade de Virgínia (EUA). Após a apuração, os parceiros notificavam a Meta sobre o problema no conteúdo. A big tech, então, decidia entre tirar a postagem do ar, reduzir o alcance ? fazendo com que menos pessoas a vissem ? ou exibir rótulos para alertar que havia algo errado naquele post, como nos exemplos abaixo. Post de Trump no Facebook, em 2020, quando ele questionava o resultado da eleição de Joe Biden, recebeu aviso da Meta com a confirmação de quem tinha sido o vencedor das eleições Reprodução/Facebook "Existe ainda outro grupo de parceiros chamado 'Trusted Flagger' (sinalizadores de confiança). No entanto, esses participantes também não têm autoridade para remover conteúdos. Eles possuem maior capacidade de diálogo com a Meta, permitindo acelerar o processo de verificação", explica Yasmin. Também há um comitê de supervisão da Meta, chamado de Oversight Board, um órgão independente, que funciona como uma espécie de alta corte em que usuários podem apelar sobre a remoção ou recolocação de conteúdo no Facebook e no Instagram (não vale para o WhatsApp, pois as mensagens trocadas são criptografadas). LEIA TAMBÉM: O que são as notas de comunidade que a Meta quer implementar? Meta passa a permitir que público LGBTQIA+ seja associado a doenças mentais E como fica a partir de agora? Exemplo de notas da comunidade do X Reprodução/X Com o fim das parcerias de verificação de fatos, em conteúdos de "menor gravidade" os próprios usuários poderão adicionar correções aos posts, como complemento ao conteúdo, de forma semelhante ao que é feito no X (veja exemplo acima). Em vez de pegar qualquer violação à política do Instagram e do Facebook, os filtros de verificação passarão a focar em combater violações legais e de alta gravidade. Para casos de menor gravidade, as plataformas dependerão de denúncias feitas por usuários, antes de qualquer ação ser tomada pela empresa. Em casos de conteúdos considerados como de "menor gravidade", os próprios usuários poderão adicionar correções aos posts, como complemento ao conteúdo. Zuckerberg também anunciou que os filtros de verificação serão ajustados e aprimorados para se tornarem mais eficientes e precisos na análise antes de decidir pela remoção de um conteúdo. É #FAKE que spray de alga trate ou previna disfunção erétil Postagens antes barradas agora podem aparecer Para Yasmin Curzi, da Universidade de Virgínia (EUA), todos os conteúdos que não podem ser compreendidos como "explicitamente ilegais e violações de alta severidade" poderão aparecer, "compreendendo não só desinformação, mas também racismo e homotransfobia", diz. "Pelo comunicado do Zuckerberg, apenas tipos muito específicos, como pornografia infantil, seguirão sendo objeto de ações de contenção de desinformação", diz Helena Martins, professora da Universidade Federal do Ceará (UFC) e integrante da Coalizão Direitos na Rede. A Meta contribuiu com a Organização Mundial da Saúde durante a pandemia de Covid, na luta contra a desinformação. No fim de 2021, a empresa divulgou que tinha removido 1 milhão de postagens no Brasil por desinformação sobre a Covid, desde o início da pandemia, em março de 2020. A plataforma avaliava esses conteúdos pelo potencial de risco à saúde. Em 2022, durante a campanha eleitoral, a empresa fez acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para combater notícias falsas. Entre agosto e outubro, relatou ter derrubado 600 mil conteúdos por violência e discurso de ódio. Entre as postagens estavam as que informavam horários e locais errados para votação até as que tentavam convencer pessoas a irem votar armadas. E também ofensas contra nordestinos. Yasmin afirma que, com as mudanças anunciadas na última terça, desinformações sobre vacinas, Covid, eleições, ataques à democracia e instituições, além daquelas que atacam pessoas LGBTQIA+ e mulheres (teorias misóginas de inferiorização de gênero ou de medicalização desses grupos) também deverão ter mais espaço no Instagram, Facebook e Threads. No mesmo dia em que avisou sobre o fim da checagem, a Meta alterou a política contra discurso de ódio de Instagram, Facebook e Threads, permitindo que orientação sexual e gênero sejam associados a doenças mentais. E liberando ofensas "no contexto de discussão de tópicos políticos ou religiosos, como ao discutir direitos transgêneros, imigração ou homossexualidade?. "Estamos testemunhando o fim de um avanço significativo", diz Clara Iglesias Keller, líder de pesquisa em tecnologia, poder e dominação no Instituto Weizenbaum, na Alemanha. "As notas da comunidade podem ser importantes em algum grau, mas, ao excluir os checadores de fato do processo, a pouca influência externa que havia também é eliminada, o que pode reduzir ainda mais a transparência", disse. Mark Zuckerberg anuncia que Meta vai encerrar sistema de checagem de fatos Mark Zuckerberg, CEO da Meta Drew Angerer / AFP WhatsApp começa a liberar recurso que converte áudios em textos; veja como usar iPhone 16 é lançado com novo botão para controlar a câmera; veja preços no Brasil

08/01/2025

'Meta mudou para direita, seguindo ventos políticos nos EUA': as reações da imprensa internacional ao fim da checagem no Facebook e Instagram

Jornais no mundo todo repercutiram a decisão de abandonar o uso de checagem independente de fatos no Facebook e no Instagram. Mark Zuckerberg anunciou o fim da checagem independente de fatos no Facebook e Instagram. Reuters via BBC Jornais no mundo todo repercutiram a decisão de abandonar o uso de checagem independente de fatos no Facebook e no Instagram, substituindo-os por "notas da comunidade", em um modelo semelhante ao do X, em que comentários sobre a precisão do conteúdo das postagens são deixados a cargo dos próprios usuários. Em vídeo publicado no blog da empresa na terça-feira (7/1), o presidente-executivo da empresa, Mark Zuckerberg, disse que os moderadores profissionais são "muito tendenciosos politicamente" e que era "hora de voltar às nossas raízes, em torno da liberdade de expressão". ? Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp Uma análise publicada no jornal britânico The Guardian afirma que a decisão de Zuckerberg inaugura uma fase de "política partidária da gigante de redes sociais", com o seu CEO "perseguindo o apoio de Trump". "A Meta está mudando para a direita, seguindo os ventos políticos predominantes que sopram nos Estados Unidos. Uma era mais partidária agora se aproxima para a gigante da mídia social e seus líderes corporativos, embora o próprio Mark Zuckerberg tenha poucas políticas pessoais além da ambição", afirma uma análise do editor de tecnologia do Guardian, Blake Montgomery. "O CEO Zuckerberg anunciou as mudanças enquanto tenta ganhar aprovação do novo governo de Donald Trump, demonstrando até onde ele está disposto a ir para ganhar a aprovação do presidente eleito", diz a análise. "Zuckerberg acredita que Trump está ditando os termos do discurso dominante em 2025." "O Facebook e o Instagram são tão grandes que seus termos de serviço definem, na prática, a janela de Overton [espectro de ideias toleradas na sociedade em determinado momento] para conversas online em todo o mundo." O Guardian também publicou um artigo de opinião do jornalista Chris Stokel-Walker, autor de livros sobre o YouTube e o TikTok, intitulado: "Uma nova era de mentiras: Mark Zuckerberg acaba de inaugurar um evento de extinção da verdade nas redes sociais". "O comentário mais 'apito de cachorro' [mensagem cifrada enviada a grupos políticas ? nesse caso, aos eleitores de Trump] foi uma observação de que a Meta estaria movendo o que restava de suas equipes de confiança, segurança e moderação de conteúdo para fora da Califórnia liberal e sua moderação de conteúdo dos EUA agora seria baseada no Texas, um Estado republicano ferrenho", diz Stokel-Walker. 'Nova era': entenda o vai e vem na relação de Zuckerberg e Trump "Só faltou no vídeo Zuckerberg usar um boné MAGA (sigla em inglês para "torne a América grande de novo", o slogan de Trump) e portar uma espingarda", diz o texto. "De certa forma, você não pode culpar Zuckerberg por se curvar para Donald Trump. O problema é que sua decisão tem enormes ramificações", diz o artigo. "Este é um evento de nível de extinção para a ideia de verdade objetiva nas mídias sociais ? um organismo que já estava em sistema de suporte de vida, mas sobrevivia em parte porque a Meta estava disposta a financiar organizações independentes de verificação de fatos para tentar manter algum elemento de veracidade, livre de viés político." Mark Zuckerberg anuncia que Meta vai encerrar sistema de checagem de fatos 'Repensando obediência à esquerda democrata' Em editorial na quarta-feira (8/1), o jornal Wall Street Journal elogiou a decisão de Zuckerberg. "Um resultado da vitória de Donald Trump é que os CEOs das empresas estão repensando sua obediência à esquerda democrata. O exemplo mais recente é a decisão bem-vinda da Meta esta semana de abandonar seu regime de censura", afirma o jornal no editorial intitulado "O mea culpa sobre liberdade de expressão de Mark Zuckerberg". "Em um mea culpa para entrar para história, o CEO Mark Zuckerberg retirou na terça-feira a maioria dos controles de liberdade de expressão da plataforma." O Wall Street Journal lembra que, nos últimos anos, a Meta adotou políticas de checagem de informação. O jornal afirma que isso foi feito para agradar políticos democratas. "Zuckerberg está redescobrindo a coragem de suas convicções de liberdade de expressão. Em seus primeiros anos, o Facebook adotou uma abordagem de não intervenção na moderação de conteúdo. Mas após a eleição de 2016, os democratas criticaram a plataforma por não fazer mais para remover a desinformação russa, que eles alegaram ter ajudado Trump a vencer." O jornal critica o modelo de moderação implementado pela Meta ? e que será abandonado após o anúncio de Zuckerberg feito na terça-feira (8/1). "O Facebook então estabeleceu um sistema obscuro no qual parceiros terceirizados certificados, como veículos de comunicação e organizações sem fins lucrativos, checavam os fatos das postagens. As postagens classificadas como enganosas ou falsas eram rebaixadas nos feeds de usuários. O viés de esquerda nas checagens de fatos estimulou uma reação conservadora e pressão para emendar a Seção 230 para limitar as proteções de responsabilidade para plataformas online." O jornal sugere que a estratégia da Meta é se aproximar de Trump e dos republicanos ? e também do eleitorado americano. "Essas mudanças podem ser motivadas em parte pelo desejo da Meta de reparar a relação com os republicanos que em breve controlarão Washington e evitarão mais regulamentação [das Big Techs]. Mas Zuckerberg sem dúvida também está respondendo à mensagem que os eleitores enviaram ao eleger Trump: interrompam o imperialismo progressista." "Alguns conservadores pediram maior regulamentação das plataformas de mídia social sob a justificativa de que elas são praças públicas de fato. Mas Musk e Zuckerberg estão mostrando como os mercados, incluindo os mercados políticos, estão resolvendo o problema da censura. Mais controle do discurso do governo tornaria isso pior." O New York Times afirma que a moderação de conteúdo nas redes sociais é retirada das mãos das plataformas e colocadas nas mãos dos usuários. "A Meta gostaria de apresentar seu próximo verificador de fatos ? aquele que identificará falsidades, escreverá correções convincentes e alertará outros sobre conteúdo enganoso. É você." Diz, ainda, que "uma reviravolta assim teria sido inimaginável após as eleições presidenciais de 2016 ou mesmo de 2020, quando as empresas de mídia social se viam como guerreiras involuntárias na linha de frente de uma guerra de desinformação". "Mentiras generalizadas durante a eleição presidencial de 2016 desencadearam reação pública e debate interno nas empresas de mídia social sobre seu papel na disseminação das notícias falsas. As empresas responderam investindo milhões em esforços de moderação de conteúdo, pagando verificadores de fatos terceirizados, criando algoritmos complexos para restringir conteúdo tóxico e lançando uma enxurrada de rótulos de advertência para retardar a disseminação de falsidades ? movimentos vistos como necessários para restaurar a confiança pública."

08/01/2025

O Assunto #1380: O cavalo de pau de Zuckerberg em direção ao trumpismo

Em anúncio, o CEO da Meta acenou a Donald Trump e afirmou que os verificadores 'têm sido muito tendenciosos politicamente e destruíram mais confiança do que criaram'. Você pode ouvir O Assunto no g1, no GloboPlay, no Spotify, no Castbox, no Apple Podcasts, na Deezer, na Amazon Music, no Hello You ou na sua plataforma de áudio preferida. Assine ou siga O Assunto, para ser avisado sempre que tiver novo episódio. De supetão, o CEO da Meta apareceu em suas redes sociais com um anúncio de peso histórico: a empresa que controla Facebook, Instagram e WhatsApp vai se livrar dos checadores de fatos e vai colocar a moderação nas mãos dos usuários, em um modelo parecido como faz o X, a rede social de Elon Musk. No vídeo, Mark Zuckerberg disse que se trata de "um momento de voltar às nossas origens em torno da liberdade de expressão" e falou em pressionar governos que, segundo ele, perseguem empresas americanas para implementar mais censura ? num esforço conjunto com Donald Trump, que assume a presidência dos Estados Unidos no próximo dia 20. O empresário criticou nominalmente a legislação para redes sociais da União Europeia, que, segundo ele, ?institucionaliza a censura?, e os supostos ?tribunais secretos? de países latino-americanos, que estariam ordenando ?retirar coisas silenciosamente? das plataformas. Para explicar a maior mudança nas políticas de moderação na história das redes sociais, Natuza Nery conversa com Pablo Ortellado, professor de gestão de políticas públicas da USP e colunista do jornal O Globo. Na entrevista, Ortellado também analisa a aproximação de Zuckerberg a Trump e como as novas medidas respingam no Brasil. O que você precisa saber: Meta, dona de Instagram e Facebook, encerrará sistema de checagem de fatos para adotar 'notas de comunidade' como no X 'Mudança radical': por que mudanças no Facebook e no Instagram aproximam Zuckerberg ainda mais de Trump Secretário do governo Lula critica Meta e aponta indireta ao STF em fala de Zuckerberg sobre 'tribunais secretos' na América Latina MARCELO LINS: Discurso mostra guinada radical da Meta Mark Zuckerberg, CEO da Meta AP Photo/David Zalubowski Por que Zuckerberg se dobrou para Trump

08/01/2025

'Nova era': entenda o vai e vem na relação de Zuckerberg e Trump

Chefão da Meta, dona do Instagram e do Facebook, disse que empresa vai acabar com sistemas de checadores de fatos e afrouxar moderação. Mesmo após receber ataques na campanha eleitoral, o empresário se reaproximou de Trump após a eleição. Meta, dona de Instagram e Facebook, encerrará sistema de checagem de fatos A decisão da Meta de dispensar checadores de fatos no Instagram e no Facebook é mais um passo na reaproximação da empresa de Mark Zuckerberg com Donald Trump, que assumirá um novo mandato como presidente dos Estados Unidos no próximo dia 20. A Meta deixará de contar com jornalistas para usar um sistema em que o conteúdo é revisado pelos próprios usuários. O modelo é parecido com as Notas da Comunidade do X, plataforma de Elon Musk, apoiador e integrante do novo governo de Trump. O chefão da Meta disse na terça-feira (7) que esse é o momento da Meta "voltar às nossas raízes em torno da liberdade de expressão" e que a empresa vai trabalhar com Trump para impedir a "censura" de outros países contra companhias americanas. Ele também declarou que o Instagram e o Facebook vão sugerir mais conteúdo político aos usuários. "Parece que estamos em uma nova era agora. E estamos começando a receber feedback de que as pessoas querem ver esse conteúdo novamente", afirmou. O anúncio desta terça indica que a Meta vai: Substituir checadores de fatos por Notas da Comunidade, em que o conteúdo é analisado pelos usuários, e não por jornalistas; Reduzir a moderação em postagens sobre temas como imigração e gênero ? a empresa vai permitir relacionar orientação sexual a doença mental, por exemplo; Afrouxar filtros de moderação para focar apenas no que a Meta considera como violações graves ou severas ? no caso de violações leves, a empresa só vai analisar se alguém denunciar o conteúdo; Mostrar mais conteúdo político novamente, depois de reduzir sugestões desse tipo de conteúdo no passado; Transferir sua equipe de moderação de conteúdo da Califórnia para o Texas, em uma tentativa de reduzir as preocupações com o viés político de seus moderadores. Mark Zuckerberg anuncia que Meta vai encerrar sistema de checagem de fatos A relação entre Zuckerberg e Trump Trump foi eleito para seu primeiro mandato como presidente dos EUA em 2016. A disputa foi marcada pelo uso indevido de dados de milhões de usuários do Facebook para direcionar publicidade política, no que ficou conhecido como o escândalo Cambridge Analytica. Zuckerberg admitiu em 2020 que sua empresa estava atrasada na luta contra desinformação. Após falas controversas de Trump e pressão de funcionários, o empresário disse que suas plataformas passariam a moderar mensagens do político. Em janeiro de 2021, o Instagram e o Facebook suspenderam os perfis de Trump por entenderam que o político estimulou a invasão ao Congresso dos EUA por apoiadores que não concordaram com a vitória de Joe Biden na eleição de 2020. "Acreditamos que os riscos de permitir que o presidente continue usando os nossos serviços durante esse período são simplesmente muito grandes", disse Zuckerberg, ao anunciar a decisão, que também foi tomada por outras plataformas. No fim daquele ano, Trump revelou planos de criar sua própria rede social, a Truth Social. Segundo ele, o objetivo era "enfrentar a tirania das 'gigantes da tecnologia'" que o tinham silenciado na internet. As contas de Trump no Instagram e no Facebook foram desbloqueadas em janeiro de 2023, seguindo a medida tomada semanas antes pelo X (então Twitter), que já estava sob o controle de Musk. Mark Zuckerberg e Donald Trump AP Foto/Godofredo A. Vásquez; AP Photo/Evan Vucci Em sua campanha para a eleição de 2024, Trump atacou o presidente da Meta várias vezes. "Semana passada, o esquisito ? ele é um esquisito ? do Mark Zuckerberg veio à Casa Branca, puxou meu saco a noite inteira", disse o republicano em julho de 2022, um ano e meio após ele ter deixado a presidência. Em 2024, o político chamou Zuckerberg de "inimigo do povo" e disse que o executivo "passaria o resto de sua vida na prisão" se tentasse interferir na eleição. Depois, suavizou e agradeceu o empresário por não se envolver na disputa. Após a vitória de Trump, os dois se reuniram para um jantar em Mar-a-Lago, onde o republicano tem residência. O movimento também foi feito por empresários como Jeff Bezos, da Amazon, Tim Cook, da Apple, e Sam Altman, da OpenAI. Em dezembro, a Meta doou US$ 1 milhão para o fundo de posse de Trump, numa tentativa de melhorar o relacionamento com o presidente eleito. A empresa também anunciou Joel Kaplan, ex-integrante do governo do republicano George W. Bush como vice-presidente de assuntos globais, e Dana White, apoiador de Trump, como integrante de seu conselho administrativo. Na terça-feira, após o anúncio de Zuckerberg, Trump foi questionado sobre as mudanças. O presidente eleito dos EUA admitiu que suas ameaças "provavelmente" influenciaram os planos da Meta. LEIA TAMBÉM: Musk elogia decisão da Meta de dar fim ao serviço de checagem de posts Decisão da Meta de encerrar sistema de checagem 'preocupa', diz Haddad 'Fiquei preocupado com essa decisão', diz Marcelo Lins sobre encerramento de programa de verificação de fatos da Meta

07/01/2025

Meta passa a permitir que público LGBTQIA+ seja associado a doenças mentais no Facebook, Instagram e Threads

Alteração nas políticas de discurso de ódio foi publicada nesta terça-feira (7), mesmo dia em que empresa anunciou fim do sistema de checagem de fatos. Meta, dona de Instagram e Facebook, encerrará sistema de checagem de fatos A Meta alterou nesta terça-feira (7) a política contra discurso de ódio em posts no Facebook, Instagram e Threads. As diretrizes passaram a permitir, entre outros pontos, que termos referentes a doenças mentais sejam associados a gênero ou orientação sexual. "Nós permitimos alegações de doença mental ou anormalidade quando baseadas em gênero ou orientação sexual, dado o discurso político e religioso sobre transgenerismo e homossexualidade", diz o texto com as novas diretrizes. A política tem texto mais curto do que a versão anterior, de 29 de fevereiro de 2024. A atualização ocorreu inicialmente para locais como Estados Unidos e Reino Unido e foi divulgada no mesmo dia que Mark Zuckerberg anunciou que a empresa está encerrando o programa de verificação de fatos. A versão em português foi atualizada no dia 9. A Associac?a?o Nacional de Travestis e Transexuais (Antra) protocolou uma representac?a?o no Ministe?rio Pu?blico Federal (MPF) contra a Meta, pedindo provide?ncias sobre a decisa?o. A entidade diz que fez o mesmo quando o X adotou medida semelhante. Ofensas durante 'discussões' políticas e religiosas A nova versão abre espaço, por exemplo, para que usuários utilizem discursos com ?linguagem insultuosa no contexto de discussão de tópicos políticos ou religiosos, como ao discutir direitos transgêneros, imigração ou homossexualidade?. Ao mesmo tempo, a Meta retirou algumas restrições da política de uso das plataformas. Uma delas, por exemplo, proibia explicitamente a ?autoadmissão de intolerância com base em características protegidas [de discriminação], incluindo, mas não se limitando a homofóbica, islamofóbica, racista?. Em um trecho que foi mantido, as diretrizes da Meta continuam barrando conteúdos que ataquem ?conceitos, instituições, ideias, práticas ou crenças associadas a características protegidas, que provavelmente contribuirão para danos físicos iminentes, intimidação ou discriminação contra as pessoas associadas a essa característica protegida?. Saiba mais sobre as mudanças aqui. Alinhamento com Trump O presidente-executivo da Meta, Mark Zuckerberg, divulgou um vídeo nesta terça para anunciar o fim da checagem dos posts por terceiros (assista abaixo). Na publicação, ele disse que a empresa trabalhará com o presidente eleito Donald Trump, que tomará posse no próximo dia 20, para combater supostas tentativas de censura. O republicano prometeu "deter a loucura transgênero" em seu primeiro dia de governo. Trump também pretende expurgar as Forças Armadas dos militares considerados "woke" (termo ligado a pessoas focadas em justiça racial e social, que é usado de forma depreciativa pelos conservadores). Mark Zuckerberg anuncia que Meta vai encerrar sistema de checagem de fatos Veja quais trechos foram incluídos na nova versão - eles estão destacados abaixo: [Na introdução] Às vezes, as pessoas usam linguagem exclusiva de sexo ou gênero ao discutir acesso a espaços frequentemente limitados por sexo ou gênero, como acesso a banheiros, escolas específicas, funções militares, policiais ou de ensino específicas e grupos de saúde ou apoio. Outras vezes, elas pedem exclusão ou usam linguagem insultuosa no contexto de discussão de tópicos políticos ou religiosos, como ao discutir direitos transgêneros, imigração ou homossexualidade. Finalmente, às vezes as pessoas xingam um gênero no contexto de um rompimento romântico. Nossas políticas são projetadas para permitir espaço para esses tipos de discurso. [No trecho que cita quais tipos de conteúdos não devem ser postados] [Publicações que contêm] Exclusão econômica, o que significa negar acesso a direitos econômicos e limitar a participação no mercado de trabalho. Nós permitimos conteúdo que defenda limitações de gênero em empregos militares, policiais e de ensino. Também permitimos o mesmo conteúdo com base na orientação sexual, quando o conteúdo é baseado em crenças religiosas. [Publicações que contêm] Exclusão social, o que significa coisas como negar acesso a espaços (físicos e online) e serviços sociais, exceto para exclusão baseada em sexo ou gênero de espaços comumente limitados por sexo ou gênero, como banheiros, esportes e ligas esportivas, grupos de saúde e apoio e escolas específicas. [Publicações que contêm] Características mentais, incluindo, mas não se limitando a alegações de estupidez, capacidade intelectual e doença mental, e comparações sem suporte entre grupos de PC com base na capacidade intelectual inerente. Nós permitimos alegações de doença mental ou anormalidade quando baseadas em gênero ou orientação sexual, dado o discurso político e religioso sobre transgenerismo e homossexualidade e o uso comum, não sério, de palavras como "esquisito". Veja quais trechos foram retirados na nova versão - eles estão destacados abaixo: [Na introdução] Acreditamos que as pessoas usam suas vozes e se conectam mais livremente quando não se sentem atacadas com base em quem são. É por isso que não permitimos condutas de ódio no Facebook, Instagram ou Threads. Isso cria um ambiente de intimidação e exclusão e, em alguns casos, pode promover violência offline. [No trecho que cita quais tipos de conteúdos não devem ser postados] [Publicações que contêm] Autoadmissão de intolerância com base em características protegidas, incluindo, mas não se limitando a: homofóbica, islamofóbica, racista. Conteúdo direcionado a uma pessoa ou grupo de pessoas com base em suas características protegidas, com alegações de que elas têm ou espalham o novo coronavírus, são responsáveis pela existência do novo coronavírus ou estão espalhando deliberadamente o novo coronavírus. LEIA TAMBÉM: O que são as notas de comunidade que a Meta quer implementar? Por que fim de checagem aproxima Zuckerberg ainda mais de Trump Secretário do governo Lula critica Meta e aponta indireta ao STF Traduzir, criar imagens e mais: quais tarefas do dia a dia o Meta AI no WhatsApp consegue

07/01/2025

O que são as notas de comunidade que a Meta quer implementar?

Nesta terça-feira (7), a Big Tech anunciou que vai substituir o sistema de checagem pelo de notas de comunidade; funcionamento do novo mecanismo é semelhante ao da Wikipédia. Mark Zuckerberg anuncia que Meta vai encerrar sistema de checagem de fatos A Meta anunciou que encerrará seu programa de verificação digital nos Estados Unidos para substituí-lo por um sistema de notas de comunidade, semelhante ao utilizado pela rede social X, nesta terça-feira (7). Mark Zuckerberg, CEO da Meta, anunciou a mudança por meio de um comunicado em vídeo (veja acima). Como funcionam as notas de comunidade? As notas de comunidade são uma ferramenta de moderação coletiva de conteúdos. Elas aparecem abaixo de algumas publicações potencialmente enganosas. O X (antigo Twitter) as utiliza desde 2021 e, em 2022, elas foram amplamente implementadas na rede social, comprada pelo bilionário Elon Musk e renomeada como X. As notas são propostas e redigidas por usuários voluntários, que precisam se inscrever previamente, e não são editadas pelas equipes do X. Depois, "outros usuários avaliam se a nota é útil ou não, com base em critérios como a pertinência das fontes e a clareza das informações", explicou à AFP Lionel Kaplan, presidente da agência de criação de conteúdos em redes sociais Dicenda. "Se houver avaliações positivas suficientes, a nota aparecerá abaixo do post, fornecendo informações adicionais", detalhou. As avaliações "levam em conta não apenas o número de colaboradores que classificaram uma publicação como útil ou inútil, mas também se as pessoas que a avaliaram parecem pertencer a diferentes esferas", explica o X em seu site oficial. O princípio é semelhante ao da Wikipédia. "Nós nos baseamos nos usuários mais ativos de uma rede social ou plataforma para aumentar a qualidade dos conteúdos", acrescentou Kaplan. A Meta, que anunciou que seu programa de notas será similar ao da X, considera o sistema "menos parcial" do que o fact-checking. 'Mudança radical': por que fim de checagem de fake news no Facebook e Instagram aproxima Zuckerberg ainda mais de Trump Quais são os riscos? O Facebook possui um programa de fact-checking em mais de 26 idiomas que remunera mais de 80 organizações de mídia em todo o mundo, incluindo a AFP, para usar suas verificações de fatos em suas plataformas, como WhatsApp e Instagram. Com as avaliações, "o problema é que a verificação depende da multidão", aponta Christine Balagué, professora do Instituto Mines-Télécom e fundadora da rede de pesquisa "Good in Tech", que trabalha com desinformação. "A multidão pode dizer o certo, mas também pode haver pessoas mal-intencionadas que estão ali para disseminar informações erradas", alerta. "Essa decisão afetará os usuários que buscam informações precisas e confiáveis", comentou no X Angie Drobnic Holan, diretora americana da Rede Internacional de Fact-Checking (IFCN, na sigla em inglês). "Os checadores nunca demonstraram parcialidade em seu trabalho, e essas críticas vêm de pessoas que acreditam que podem exagerar os fatos e mentir sem serem refutadas ou contraditadas", acrescentou, destacando o clima de pressão política nos Estados Unidos às vésperas da posse do presidente eleito Donald Trump. Bill Adair, cofundador da IFCN, afirmou que é "preocupante ver Mark Zuckerberg ecoar os ataques políticos aos checadores, já que ele sabe que os participantes de seu programa assinaram uma carta de princípios que exige transparência e imparcialidade". Trump, que foi especialmente crítico em relação à Meta e ao seu CEO nos últimos anos, acusando a empresa de viés progressista, declarou que "provavelmente" influenciou a decisão. Decisão da Meta de encerrar sistema de checagem 'preocupa', diz Haddad As avaliações são eficazes contra a desinformação? Pesquisadores mostraram que as notas de contexto "reduzem a disseminação de desinformação em cerca de 20%" no X, admitiu Balagué. E, embora esse sistema "não seja 100% confiável", Kaplan acredita que as notas de contexto são eficazes. Ele considera que permitem processar um maior volume de informações do que o fact-checking, que é "complicado de aplicar". Também destaca o funcionamento "democrático", que permite "ter e confrontar diferentes pontos de vista". O X, no entanto, é frequentemente acusado de permitir a difusão de informações falsas desde que Musk reduziu drasticamente as equipes de moderação. Mas, segundo o especialista, isso se deve principalmente ao fato de que "o X incentiva o radicalismo", tornando os conteúdos falsos mais visíveis do que em outras plataformas. A Meta informou que os usuários poderão começar a se inscrever a partir de segunda-feira para escrever notas assim que o programa for lançado, mas não forneceu detalhes sobre os critérios de participação. A empresa também anunciou que dará aos usuários mais controle sobre a quantidade de conteúdo político que desejam ver no Facebook, Instagram ou Threads. Resta saber se esse sistema aumentará a disseminação de informações falsas. De acordo com Kaplan, a Meta não tem necessariamente interesse em destacar conteúdos controversos, pois isso poderia desagradar os anunciantes. Veja mais: Musk elogia decisão da Meta de dar fim ao serviço de checagem de posts Traduzir, criar imagens e mais: quais tarefas do dia a dia o Meta AI no WhatsApp consegue

07/01/2025

Decisão da Meta de encerrar sistema de checagem 'preocupa', diz Haddad

Mark Zuckerberg anunciou que a empresa está encerrando o seu programa de verificação de fatos para adotar as "notas de comunidade", em que os próprios usuários fazem correções. Decisão da Meta de encerrar sistema de checagem 'preocupa', diz Haddad O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou em entrevista à GloboNews nesta terça-feira (7) que a decisão da Meta, empresa dona do Instagram e do Facebook, de encerrar o sistema de checagem de fatos "preocupa" o governo brasileiro. "Tivemos hoje um anúncio de uma importante organização de comunicação mundial, global dizendo que vai retirar dos seus controles os filtros de fake news, aderindo um pouco a mentalidade de que liberdade de expressão inclui calúnia, mentira, difamação e tudo mais, o que nos preocupa". Haddad citou a disseminação de conteúdos falsos nas eleições presidenciais de 2018 e 2022 no Brasil. "Nos preocupa, nós vimos o que aconteceu em 2018 e em 2022. Estamos em um mundo mais complicado. Temos que cuidar da nossa democracia, da integridade das pessoas, das instituições e das informações", disse Haddad. Fim do sistema de checagem Mark Zuckerberg anuncia que Meta vai encerrar sistema de checagem de fatos A Meta anunciou nesta terça que está encerrando o seu programa de verificação de fatos para adotar as "notas de comunidade", um recurso similar ao implementado pela plataforma X, de Elon Musk. O anúncio da mudança foi feito por Mark Zuckerberg, em uma publicação no Instagram. "Vamos nos livrar dos verificadores de fatos e substituí-los por Notas da Comunidade, semelhantes ao X, começando nos EUA", disse Zuckerberg. "Isso significa que identificaremos menos conteúdos problemáticos, mas também reduziremos a remoção acidental de postagens e contas de pessoas inocentes", completou o CEO da Meta. Procurada pelo g1, a Meta enviou um comunicado em que confirma as mudanças anunciadas pelo CEO. "Permitiremos que as pessoas se expressem mais, eliminando restrições sobre alguns assuntos que são parte de discussões na sociedade e focando a moderação de conteúdo em postagens ilegais e violações de alta severidade", disse Joel Kaplan, vice-presidente de assuntos globais a big tech.

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