19/06/2025
Dono do Telegram diz que vai deixar herança para seus mais de 100 filhos
Fundador do aplicativo, Pavel Durov diz que filhos concebidos naturalmente e por doação de esperma terão os mesmos direitos. Bilionário afirma patrimônio só será liberado em ao menos 30 anos. Pavel Durov, fundador do Telegram
Instagram/Reprodução
Pavel Durov, fundador e presidente-executivo do Telegram, afirmou que vai deixar sua herança para seus mais de 100 filhos. A lista inclui seis concebidos naturalmente e dezenas de outros nascidos por meio de doações de esperma.
Com uma fortuna estimada em US$ 17,1 bilhões (cerca de R$ 93 bilhões), segundo a Forbes, Durov diz que os recursos só serão liberados após pelo menos 30 anos.
Durov é um dos empresários mais reservados do setor de tecnologia. Russo de nascimento, ficou conhecido por fundar a rede social VKontakte (o "Facebook russo"), antes de se desentender com o governo de Vladimir Putin e se exilar do país. Desde então, comanda o Telegram de forma independente, fora de grandes centros de poder.
O Telegram é um aplicativos de mensagens com mais de 900 milhões de usuários no mundo, segundo estimativas do próprio Durov. A plataforma ganhou popularidade por oferecer criptografia, canais abertos e menos moderação ? fatores que a tornaram alvo de críticas de autoridades e governos.
"Quero que vivam como pessoas normais, que se construam sozinhos, que aprendam a confiar em si mesmos, que sejam capazes de criar, que não dependem da uma conta bancária", afirmou Durov em entrevista à revista francesa "Le Point".
Ele declarou que todos os filhos terão os mesmos direitos:
"Não faço distinção entre meus filhos: há aqueles que foram concebidos naturalmente e aqueles que vêm das minhas doações de esperma. São todos meus filhos e todos terão os mesmos direitos. Não quero que eles se separem depois da minha morte".
Segundo Durov, o testamento foi redigido recentemente devido aos riscos de seu trabalho à frente do Telegram. "Defender liberdades traz muitos inimigos, inclusive dentro de Estados poderosos", afirmou.
Ele disse não possuir "casa, iate ou jato particular", embora tenha admitido alugar esses bens eventualmente. A fortuna estimada entre US$ 15 bilhões e US$ 20 bilhões (entre R$ 82 bilhões e R$ 110 bilhões), segundo ele, está vinculada ao valor do Telegram. Ele disse que não pretende vender o aplicativo.
"Como não estou vendendo o Telegram, não importa. Não tenho esse dinheiro em uma conta bancária. Meus ativos líquidos são muitos menores, e eles não vêm do Telegram: vêm do meu investimento em bitcoin em 2013", afirmou.
O executivo afirmou ainda que, após sua morte, o Telegram será controlado por uma fundação sem fins lucrativos. "Quero que ela continue existindo de forma independente, respeitando a privacidade e a liberdade de expressão".
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Prisão na França
Na entrevista, Durov também falou sobre sua prisão na França em agosto de 2024. Ele é investigado por suposta cumplicidade em crimes como abuso sexual infantil e fraudes que estariam ocorrendo por meio do Telegram.
"Criminosos usarem nosso serviço de mensagens entre muitos outros não significa que aqueles que o administram sejam criminosos", afirmou. "Nada jamais foi provado mostrando que eu seja, nem por um segundo, culpado de qualquer coisa".
Ele contestou as acusações de que o Telegram não teria colaborado com as autoridades e criticou a proibição de deixar a França durante o processo judicial, afirmando que não pode estar presente para ajudar sua família.
"Fui interrogado implacavelmente nas dependências da alfândega judicial. Durante quatro dias, respondi a todas as perguntas", disse Durov sobre o período que ficou preso. "À noite, uma luz forte iluminava o quarto de 7 metros quadrados onde eu dormia em uma cama de concreto. Estava limpo, mas não havia travesseiro. E o colchão não era mais grosso sequer do que um tapete de ioga."
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Pavel Durov, fundador do aplicativo de mensagens Telegram
Reprodução/Instagram
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19/06/2025
Trump anuncia ter assinado decreto que estende prazo para fechamento do TikTok por 90 dias
Medida já havia sido anuncia na terça-feira e aguardava pela assinatura do presidente para sua efetivação. Donald Trump e TikTok
Jornal Nacional e AP.
O presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou nesta quinta-feira (19) que assinou uma ordem executiva que prorroga por mais 90 dias o prazo para que o TikTok encontre um comprador não chinês, a fim de evitar que o aplicativo seja banido nos Estados Unidos.
"Acabei de assinar a Ordem Executiva que prorroga o prazo para o fechamento do TikTok por 90 dias (17 de setembro de 2025)", disse ele em uma publicação no Truth Social.
A medida já havia sido anuncia na terça-feira e aguardava pela assinatura do presidente para sua efetivação.
Até a assinatura, o prazo para o encerramento do aplicativo no país era 19 de junho.
O republicano já havia adiado por duas vezes, por 75 dias cada, a entrada em vigor de uma lei aprovada em 2024 pelo Congresso, que obriga a empresa controladora da rede social, a ByteDance, a ceder o controle da operação nos EUA.
O objetivo é impedir que as autoridades chinesas tenham acesso aos dados pessoais dos usuários do TikTok nos Estados Unidos ou possam influenciar a opinião pública americana por meio do algoritmo da plataforma. Nunca foram apresentadas provas concretas que justificassem esses temores.
A venda precisa do aval da ByteDance e das autoridades chinesas, que até agora não deram sinal verde.
Segundo vários meios de comunicação americanos, havia sido encontrado um modelo de acordo no início de abril que previa a separação do TikTok US do grupo ByteDance, com uma reestruturação do capital.
As participações de investidores não chineses passariam de 60% para 80%, e a ByteDance manteria os 20% que atualmente possui.
O grupo de tecnologia Oracle, que já hospeda os dados do TikTok US em seus servidores nos Estados Unidos, ficaria no comando, acompanhado pela gestora de ativos Blackstone ou pelo empresário Michael Dell.
No entanto, o anúncio de tarifas impostas por Donald Trump a parceiros comerciais ? especialmente à China (que começaram em 54%, depois subiram para 145%, sendo posteriormente reduzidas) ? bloqueou a transação do lado chinês.
Trump, cuja campanha eleitoral de 2024 dependeu fortemente das redes sociais, já declarou anteriormente que gosta do aplicativo de vídeos.
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TikTok fora dos EUA?
O futuro do TikTok nos Estados Unidos é incerto desde que uma lei sancionada pelo Congresso em 2024 determinou que a chinesa ByteDance, proprietária do aplicativo, encontrasse um comprador para que ele continuasse funcionando no país.
O prazo inicial era 19 de janeiro, um dia antes de Donald Trump assumir a presidência. O TikTok chegou a suspender suas atividades nos Estados Unidos, mas voltou ao ar quando Trump decidiu adiar a aplicação da lei.
As negociações lideradas pela Casa Branca envolvem uma eventual redução da propriedade chinesa sobre o TikTok para menos de 20%, conforme exigido pela lei, de acordo com a Reuters.
Por que os EUA querem banir o TikTok?
O governo dos EUA alega que o TikTok coleta dados confidenciais de americanos e que isso representa um risco à segurança nacional. A ByteDance sempre negou essa acusação.
O argumento, no entanto, motivou a elaboração da legislação que baniria o aplicativo no país caso ele não fosse vendido.
Os EUA temem que a China use as informações de mais de 170 milhões de usuários americanos da plataforma para atividades de espionagem. A ByteDance, dona do TikTok, por sua vez, sempre negou a acusação.
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